A recuperação da agropecuária e o crescimento expressivo da indústria
extrativa em 2016 bem como a queda nos índices de volume de vendas e receitas
do comércio e demais serviços foram os principais fatores para a estimativa do
Produto Interno Bruto (PIB) do Pará apresentar resultado próximo à
estabilidade, com queda de -0,03% no ano passado. No entanto, o número é
considerado positivo mediante o resultado do Brasil, que apresentou -3,6 p.p. É
o que apontou a nota técnica com as estimativas e projeções atualizadas do PIB
paraense 2015-2020, que apresentamos nesta quarta-feira, 29, no auditório do
Banpará Umarizal, na 15ª reunião do Reunião do Grupo Interinstitucional de
Estudos e Análise Conjuntural (Geac).
De acordo com os dados do PIB apresentados pela Fapespa, o Pará
apresentou resultado próximo à estabilidade, com queda de -0,03 % no ano
passado. Apesar disso, o número é considerado positivo mediante o resultado do
Brasil com -3,6 p.p. Os principais fatores que contribuíram para o resultado
foram a recuperação da agropecuária e o crescimento expressivo da indústria
extrativa em 2016, bem como a queda nos índices de volume de vendas e receitas
do comércio e demais serviços.
Com relação ao desempenho da agropecuária, houve crescimento de 29% na
produção de mandioca, 27% na produção de soja e 11% na de pimenta do reino.
Além disso, a indústria paraense foi a única entre os estados estudados que
apresentou crescimento positivo, com acréscimo da indústria geral de 9,5%
decorrente, principalmente da indústria extrativa, que apontou aumento de
13,1%. Por outro lado, o Índice de Volume de atividade de Serviços, por
exemplo, apresentou queda de 5%, contribuindo, assim, para o resultado final do
PIB.
O setor do agronegócio paraense merece destaque nesse tipo de debate, já
que vem apresentando cada vez mais importância na economia local. O Pará tem
hoje um setor de grãos com uma participação crescente no PIB do estado,
principalmente com essa entrada da soja. Mas precisamos entender quais os
efeitos dessa expansão da soja, porque isso vai impactar na nossa economia de
várias óticas. Por exemplo, o aumento da produção de grãos e os impactos na
agricultura familiar. A variação de preço impacta a um valor adicionado no
setor.
Para 2017, o cenário paraense deve ser mais favorável com projeção de
crescimento de 2,1% no PIB paraense, influenciado especialmente pela melhoria
da expectativa do crescimento global, principalmente dos EUA e China, importantes
parceiros; da entrada da produção mineral do Projeto Ferro Carajás S11D e da
entrada em funcionamento das turbinas de Belo; o início de investimentos
decorrentes do Pará 2030, no valor de 127 bilhões, que serão aplicados no
período entre 2017 e 2020; e a expectativa de safra recorde na agricultura
nacional, com destaque regional para o prognóstico positivo do cultivo de soja
(17,8%).
Durante o evento, também foram divulgados o Índice de Preço ao
Consumidor (IPC) da região metropolitana de Belém referente ao mês de fevereiro
deste ano; os informes conjunturais da Fapespa; e os resultados de 2016 do
Banpará, apresentados pelo Diretor de Controladoria, Planejamento e Relações
com Investidores do banco, Braselino Silva.
Confira AQUI a nota técnica com as estimativas e projeções atualizadas do PIB
paraense 2015-2020 está disponível no site da Fapespa!
Confira AQUI o Informe IPC/FAPESPA - Fevereiro2017!
Confira AQUI todas as apresentações de slides desta 15ª reunião do GEAC também estão
disponíveis no site da Fapespa!
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