Belém do Pará viveu no ultimo domingo dia 21 de agosto um momento democrático ímpar. A sociedade civil se mobilizou através de redes sociais e organizou a Primeira Marcha Contra o Separatismo. Ao todo mais de 5 mil pessoas estiveram na passeata, atendendo aos apelos dos estudantes que organizaram o evento, que partiu da Escadinha da Estação das Docas, seguindo pela avenida Presidente Vargas, Praça da República, Avenida Sezedelo Corrêa até a praça Batista Campos. Chamou-me a atenção o fato de que este evento aconteceu à parte dos partidos políticos.
Tradicionalmente quando são organizadas manifestações deste cunho é freqüente o uso político, a “politicagem” e a “invasão” de bandeiras político-partidárias. Não foi o caso da manifestação de ontem. Confesso que fiquei emocionado quando vi milhares de jovens, crianças e idosos empunhando com orgulho a bandeira do estado do Pará e cantando o nosso hino, muitos em meio a lágrimas dado o calor da emoção.
Não tenho dúvida de que este debate sobre o separatismo vai estimular o sentimento de pertencimento e o amor ao estado do Pará, mas espero que também sirva para sacudir a sociedade paraense para exercer um maior controle social junto aos nossos políticos. Ao lado da unidade territorial precisamos de uma gestão mais eficiente e acabar com a corrupção que impera na nossa classe política. Ou seja, precisamos de um novo modelo de desenvolvimento e de um “choque” de gestão pública e de moralidade. Precisamos de políticas públicas eficientes, eficazes e efetivas. E elas precisam chegar a quem realmente necessita. Não vejo alternativa se não mudar o nosso já arcaico modelo de gestão pública e implantarmos efetivamente uma estratégia de descentralização de políticas públicas.
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