quarta-feira, 14 de abril de 2021

DEVE A CPI DO COVID 19 INCLUIR GOVERNADORES E PREFEITOS? O CASO DO PARÁ COMO EXEMPLO

 

Deverá iniciar em poucos dias, por determinação do STF, a CPI do Covid 19 no Senado Federal para investigar as ações do governo federal no enfrentamento da pandemia. Um tema que está permeando a sua instalação é se a investigação deve ser ampliada, incluindo governadores e prefeitos.

Vejamos o caso do estado do Pará como ilustração. De acordo com dados da Secretaria de Comunicação do governo federal, o Pará recebeu no ano de 2020 um montante expressivo de recursos e benefícios para o enfrentamento à pandemia. Algo em torno de R$ 39,5 bilhões: suspensão da dívida (R$ 539 milhões), benefícios aos cidadãos (R$ 15,5 bilhões), recursos transferidos para o Estado e municípios (R$ 20,1 bilhões) e recursos para a saúde (R$ 3,4 bilhões). Ao todo, os estados e municípios brasileiros receberam do governo federal cerca de R$ 420 bilhões de reais, algo sem precedentes em nosso federalismo.

Neste contexto, e em meio à pandemia, coube aos estados e municípios a realização de compras emergenciais com dispensa do processo licitatório padrão. A partir de então passamos assistir recorrentes denúncias contra prefeitos e governadores, sobretudo, sob a alegação de má versarão de recursos públicos. Muitas investigações passaram a ser realizadas, tendo inclusive alguns governadores e prefeitos se tornado alvos de indiciamentos e investigações, tanto pela Polícia Federal quanto pelo Ministério Público.

Indiscutivelmente estas denúncias precisam ser adequadamente apuradas. Porém, é necessário ter clareza de que maior do que o prejuízo ao erário público é a ineficiência da gestão decorrente da má aplicação dos recursos ao lado da consagração da prática da corrupção no país como sendo algo normal, aceitável, a “regra do jogo” do processo político e da gestão pública. Quantas vidas se perderam em decorrência dos recursos não terem sido aplicados com legalidade, impessoalidade, moralidade e economicidade? Quantas vidas se perderam por hospitais de campanha nunca terem entrado adequadamente em operação, ou terem entrado com significativo atraso? Quantas vidas se perderam pela falta de medicamento ou oxigênio? Quantas vidas se perderam por compras irregulares de respiradores? Infelizmente a população brasileira mesmo diante de uma tragédia social parece não aprender que a corrupção mata, e mata de uma forma impiedosa.

A CPI do Covid 19 pode se tornar pedagógica para a nossa sociedade, um aprendizado. Mas para isto precisa incluir governadores e prefeitos, expondo os meandros da gestão pública em tempos de pandemia. Com isto, quem sabe, aprendemos a exercer melhor o controle social e passemos a votar e escolher melhor os nossos representantes.

Em síntese, uma CPI que não inclua governadores e prefeitos em sua investigação, ao menos no que tange a gestão de recursos federais transferido, já nasce politicamente viesada e endereçada, deixando de ser um instrumento republicano de fortalecimento da nossa combalida democracia.  

A “RELIGIÃO LAICA” E A INQUISIÇÃO IDEOLÓGICA CONTEMPORÂNEA: DE QUE FORMA VOCÊ COMO EKKLESIA DE CRISTO ESTÁ SE POSICIONANDO?

 

É impressionante como determinadas correntes político-ideológicas, em especial as de linhagem marxista, apesar de terem ojeriza a tudo o que tem caráter religioso (afinal a religião é o “ópio do povo”), assumem paradoxalmente características de seitas com manifestações dogmáticas, fanáticas e, em muitos momentos, até mesmo irracionais. Cultuam homens e ideais revolucionários; e, a partir de sua ortodoxia dogmática, e por meio do incisivo patrulhamento ideológico, condenam a “fogueira da inquisição” (“cancelamento”) qualquer herético que ouse se posicionar contra os seus credos, profetas, partidos, ideais ou opiniões.

Os fundadores desta “religião laica” são alçados ao patamar de semideuses ou “messias”. Os seus escritos adquirem o caráter de documentos “infalíveis”, “inerrantes”, “imutáveis” e “proféticos”. Para ser aceito em seu meio social é imprescindível ler e conhecer o seu cânone. Toda a “verdade absoluta” emana dos escritos destes “iluminados”, que merecem serem lidos e relidos num exercício exegético interminável com objetivo de se encontrar “mensagens proféticas” deixadas, muitas das quais nas “entrelinhas”. Neste exercício religioso, como quem se dirige para o culto, carregam os seus “evangelhos” nos braços, em especial nos ambientes universitários e intelectuais, principalmente porque portar esses documentos é a chave para a aceitação social; é preciso ser cult. E se você quer mais do que aceitação, pretende lograr mobilidade social, é fundamental que você recite com frequência uma frase de efeito de seu intelectual preferido. A citação destes “versículos” causa um “êxtase espiritual” na “membresia” (militância) e se torna a chave para a aceitação do “líder congregacional” de plantão.

Nesta “religião” alçam a posição de “deuses iluminados” os seus profetas seminais. É a partir destes emergem a sua religiosidade, as suas crenças, a sua fé e as suas diversas dissidências por divergências “doutrinárias”: marxistas, marxianos, progressistas, leninistas, stalinistas, trotskistas, maoístas, gramiscitas, freireanos e por aí vai.

Sempre que possível aparece uma nova congregação nesta plêiade religiosa motivada por “divergências doutrinárias”, mas que mantém um sentido orgânico pela crença na sua “salvação”. Nesta crença, o homem adquire o status de redentor do próprio homem, senhor da sua história, uma história teleológica. Este homem elevado ao patamar de deus, por meio da luta de classes, da revolução e da implantação do comunismo irá construir o “paraíso na terra”; mesmo que para isso seja necessário debelar os direitos humanos fundamentais: liberdade, vida e propriedade (sic.)

No curso deste processo, e no culto de seus ideólogos, os fins justificam os meios, o sacrifício humano é tolerado, a vida se torna relativa, o indivíduo é aniquilado em sua existência, a família destruída, e o Estado passa a ser idolatrado como instrumento de remissão dos “pecados sociais”. No mantra da busca pela igualdade social, todo poder ao Estado, e nenhuma autonomia ao indivíduo. Este Estado, instrumento da “revolução”, passa ter poder para deliberar sobre tudo, desde o que você pode comprar, quantos filhos pode ter (e o que deve ensinar aos mesmos); e até se tem ou não o direito de frequentar o templo de sua religião, o que pode ser ministrado nos púlpitos e em que você pode crer ou não.

A pesar de negarem o seu status religioso, muitos movimentos político-ideológicos acabam se tornando uma verdadeira religião. E nesta religião secular, como simulacro, levantam os seus “profetas”, “missionários”, “evangelistas”, “pastores”, “diáconos”, “presbíteros”, “obreiros”, todos a serviço de seu “ministério revolucionário”. E, em seus seminários, formam diuturnamente uma nova geração de intelectuais orgânicos e líderes revolucionários (mesmo que estes não saibam, agindo como inocentes úteis da causa), responsáveis por preparar o terreno para a revolução.

O que vou dizer não é nenhuma novidade. Mas me parece que estas seitas percebem isto mais do que os cristãos. O maior adversário do marxismo não é o liberalismo, o capitalismo ou o conservadorismo como alguns pensam, mas o cristianismo. É, por isso, que o cristianismo hoje se encontra na berlinda. É o principal adversário a ser debelado pelo movimento revolucionário.

Cabe uma única pergunta. E você como Ekklesia de Cristo, de que forma está se posicionando?  

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Deve o cristão se envolver com política?

 Este é um tema que tem gerado muita discussão no meio cristão contemporâneo.

Compartilho ministração feita na noite de ontem na Igreja Primeiro Amor em Belém do Pará na qual este assunto foi tratado a partir da cosmovisão bíblica.



sexta-feira, 9 de abril de 2021

Aula 5 - As Instituições como Marco Analítico da História Econômica

 Nesta aula abordamos fundamentalmente os elementos teóricos da Escola Histórica Alemã, Escola Institucionalista (Thorstein Veblen), Nova Economia Institucional (Douglass North) e Nova História Econômica Comparada (Daron Acemoglu e James Robinson).



Comentários sobre as Contas Públicas 2020 do Governo do Pará

 Compartilho um breve comentário sobre o Relatório de Desempenho das contas públicas do Governo do Estado do Pará referente ao exercício de 2020. Aproveite e se inscreva no canal do YouTube Professor Eduardo Costa.



quinta-feira, 8 de abril de 2021

Aula 4 - A História Econômica como disciplina acadêmica: origens e principais correntes (Parte I)

 Nesta aula, além do surgimento da História Econômica como disciplina, são abordados os fundamentos teóricos analíticos das escolas: Neoclássica, Nova História Econômica (Cliometria), Annales e Marxista.

Na próxima (Aula 5) apresentaremos aspectos gerais do bloco institucionalista: Escola Histórica Alemã, Escola Institucionalista Americana, Nova Economia Institucional e Nova História Econômica Comparada. 

Se inscreva no canal Professor Eduardo Costa para receber as notificações das próximas aulas e dos materiais produzidos. 



Aula 3 - O que é a história econômica?

 Após na aula anterior apresentarmos a diferença entre história e historiografia, nesta aula do curso História Econômica Geral apresentamos o conceito, abrangência e origem da disciplina história econômica.

Aproveite para se inscrever no canal Professor Eduardo Costa e ativar as notificações para ser avisado sempre que uma nova aula ou material for disponibilizado. 



Aula 2 - O Conceito de História e Historiografia

 Você sabe qual é a diferença entre história econômica e historiografia econômica? 


Esse é um ponto central para quem está se aventurando no estudo da história econômica e é o tema de nossa segunda aula da disciplina História Econômica Geral. Assista a aula, deixe o seu comentário e se inscreva no canal Professor Eduardo Costa para ser notificados sobre as próximas aulas e materiais disponibilizados. 

quarta-feira, 31 de março de 2021

ATENÇÃO ALUNOS DO ENSINO MÉDIO: DESAFIO QUERO SER ECONOMISTA

 

Vem aí à edição 2021 do Desafio Quero Ser Economista, um game online realizado pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon). O Desafio Quero ser economista é uma competição sobre conceitos básicos da Ciência Econômica destinado exclusivamente a estudantes de Ensino Médio.

As inscrições ocorrem de 5 de abril a 3 de maio de 2021 pelo site desafioquerosereconomista.org.br. Basta ter acesso à internet para participar do game, que será disputado de 3 a 28 de maio. Além de muito conhecimento, os vencedores ganham prêmios em dinheiro. O primeiro lugar receberá R$ 2 mil; o segundo, R$ 1,5 mil; e o terceiro, R$ 1 mil.

O jogo é disputado em um ambiente online, onde os participantes respondem a enigmas, assistem a vídeos interativos e são desafiados a cumprir missões, tudo de uma forma divertida, simples e dinâmica. Assim, o estudante tem a oportunidade de conhecer melhor as escolas de pensamento econômico, os economistas históricos e diversos conceitos básicos da Economia.

Mais informações em desafioquerosereconomista.org.br, no Facebook em @querosereconomista e no Instagram no perfil @querosereconomista_