Divulgar e fortalecer a atuação profissional do economista na sociedade, além de promover um importante contexto de discussão sobre o desenvolvimento regional e nacional. Esses foram os principais objetivos do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA) ao realizar a Semana do Economista 2011, que este ano teve como tema “60 anos da profissão do economista no Brasil”.
No dia 10 de agosto (quarta-feira), o CORECON-PA realizou a Mesa-Redonda: Desafios da Formação Profissional do Economista no Estado do Pará. Em seu discurso, o moderador Hélio Mairata (SINDECON-PA) ressaltou a sua preocupação com a diminuição da demanda de alunos pelo curso de economia e a necessidade de mudança da legislação para ter um campo definido de atuação.
Dentre os debatedores estiveram: o Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFPA, Cléo Resque, que falou das competências e habilidades que deve ter um graduado, destacando o valor de um projeto pedagógico que vise transformar a sala de aula em um ambiente de aprendizado, com espaço para professores e alunos desenvolver projetos de ensino, pesquisa e extensão; o Coordenador do Curso de Economia da Faculdade Integrada do Tapajós (FIT), José Lima, que lembrou um pouco do histórico da Faculdade e sua estrutura, que recebe atualmente alunos de outros municípios do Estado; o Coordenador do Curso de Graduação em Economia da UNAMA, Kleber Mourão, que apontou os desafios a serem enfrentados e os fatores que envolvem a formação do profissional economista; o Professor do PPGE/UFPA, Sérgio Rivero, que afirmou ser a qualificação profissional, por meio da pós-graduação, o fator de grande potencial de desenvolvimento do Estado; e, o representante do CAECON/UFPA, Gedson Thiago, que ressaltou a importância do estudante de economia ter uma leitura mais forte e definida sobre o Estado do Pará e a adequação e inserção do profissional no mercado de trabalho, tendo em vista as suas constantes transformações.
Em seguida, o Vice-Presidente do CORECON-PA e Diretor do SINDECON-PA, Oberdan Duarte, fez a apresentação da Cartilha de Educação Financeira, novo serviço prestado pelo Conselho a comunidade, visando auxiliá-la para as mudanças nos padrões de consumo. Com uma linguagem acessível, a Cartilha aborda temas que fazem parte do dia-a-dia da sociedade paraense como os principais sintomas do endividamento e as dívidas mais comuns. Ela contempla ainda, um teste que analisa a capacidade de poupar, além de dicas de como economizar e evitar desperdícios.
A programação do dia 10 de agosto foi marcada com a Conferência Magna: “Economistas, Amazônia e Século XXI”, ministrada pelo Professor Doutor da Universidade do Pará, Armando Dias Mendes, fundador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA). Com um discurso poético e repleto de críticas, Armando Mendes afirmou ser o Norte, o grande “energético genérico” da economia nacional, graças às suas dotações naturais.
O professor concluiu o seu discurso indagando aos economistas da Amazônia e do resto do País se aos 60 anos da sua legalização, consolidaram ao mesmo tempo a sua legitimação. “Em causa, a legitimação para enfrentar o repto de suportar sustentabilidades na oca pátria: a ecológica mais debatida e a econômica e ecumênica, mais debatidas. Está em causa de juízo, para resumir que é um dos cômodos centrais do chão brasileiro e não só uma puxadinha mal enjambrada”.
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