segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

2016 e os três ajustes fundamentais


O ano de 2016 se apresenta para a sociedade brasileira como sendo um momento estratégico para a construção da trajetória econômica futura do país. Dependendo do sucesso dos ajustes econômicos a serem adotados e da superação da crise política, que contamina indiscutivelmente o ambiente econômico, o país poderá reverter o quadro de recessão econômica ou aprofundar ainda mais a crise atual. Há um relativo consenso de que três ajustes macroeconômicos são fundamentais para a superação da crise e retomada de uma trajetória sustentada de crescimento econômico com inclusão social: redução dos déficits em transações correntes, contenção da inflação e equilíbrio das contas públicas. Resta saber se o ambiente político, a “baixa politicagem” e as questões “ideológicas fundamentalistas” permitirão que as medidas necessárias sejam efetivamente adotadas. Em jogo, os próximos anos de nosso país e a qualidade de vida dos brasileiros!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Déficit Primário 2015



A Casa Civil da Presidência da República já estima um déficit primário de R$ 50 bilhões em 2015, levando em consideração que a prática de “pedaladas fiscais” está “proibida” no governo federal por possibilitar abertura de processo de impedimento político da presidente Dilma Rousseff.

Desemprego


De acordo com o IBRE/FGV entre 2014 e 2016 4,7 milhões de brasileiros ficarão desempregados. De acordo com a PNAD, em 2014 estavam desempregados 6,7 milhões de brasileiros. O dado atual é de 8,6 milhões de desempregados. A estimativa do IBRE/FGV é que o número de desempregados avance para 11,4 milhões em 2016.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

TCU REJEITA AS CONTAS DO GOVERNO DE 2014

Ontem o Brasil viveu mais um triste capítulo da sua história republicana recente. Por decisão unanime da Corte de Contas (TCU), pela primeira vez desde 1937 a conta de um Presidente da República é reprovada. Conforme o relatório apresentado pelo Ministro Augusto Nardes as irregularidades chegam ao montante de R$ 106 bilhões. Dentre os principais aspectos questionados pelo relatório destaca-se: a) Pedaladas fiscais (R$ 40 bilhões) – manobra que consiste no atraso do repasse do Tesouro Nacional aos bancos públicos para pagamento de despesas de programas sociais obrigatórios (Operação de Crédito irregular – Art. 36 da LRF); b) Descumprimento da obrigação de contingenciar R$ 28 bilhões em despesas em 2014; c) Edição em ano eleitoral créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional.
Em seu pronunciamento o Relator afirmou que o país vive um momento de “desgovernança fiscal”. Segundo Augusto Nardes em seu voto: “... o que se observou foi uma política expansiva de gastos sem sustentabilidade fiscal e sem a devida transparência.”
Como desenlace o relatório aprovado por unanimidade pelo TCU irá para análise pela Comissão Mista do Orçamento, e em seguida para o Plenário da Câmara dos Deputados para aprovar ou não o parecer do TCU.  A aprovação do relatório pela Câmara dos Deputados por criar o fato jurídico necessário para embasar a abertura do processo de impeachment da Presidente.

Cabe lembrar que por diversas vezes o ex-secretário do tesouro Arno Augustin e o ex-ministro Guido Mantega foram questionados sobre as práticas irregulares na contabilidade pública, e muitos passaram a classificar a contabilidade praticada como “contabilidade criativa”. 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Síntese de indicadores sobre a economia do estado do Pará no primeiro semestre de 2015


A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Estado do Pará (FAPESPA), desde janeiro, vem realizando um amplo esforço institucional de produzir dados e informações sobre os estado do Pará, nos aspectos econômicos e socioambientais, com o objetivo de instrumentalizar o processo de planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas.

Dentre os vários produtos lançados, os boletins analíticos conjunturais procuram sistematizar e publicizar dados, além de oferecer uma análise técnica capaz de explicar o comportamento das variáveis além de traçar uma perspectiva de cenários futuros.

Nas últimas semanas divulgamos os boletins do comércio exterior e trabalho e renda. Ontem divulgamos o boletim do comércio varejista e amanhã lançaremos o da indústria. Com este conjunto de estudos estamos oferecendo à sociedade paraense como um todo um amplo espectro do comportamento da economia do estado do Pará.

Os boletins conjunturais elaborados pela FAPESPA têm apresentado um cenário econômico paraense que vem sendo influenciado pela conjuntura nacional, entretanto, em alguns casos, apresentando uma dinâmica produtiva particular reveladora de bons resultados.

Em linhas gerais os nossos boletins apresentam os aspectos gerais: 

Comércio Exterior:

1.      No primeiro semestre de 2015 o saldo comercial totalizou US$ 4,5 bilhões, com as exportações contabilizando US$ 5,1 bilhões (Boletim do Comércio exterior 1º Semestre);

2.      Em julho, o saldo da balança comercial paraense atingiu US$ 1 bilhão (Informe Técnico do Comércio Exterior Julho/2015).

Indústria:

1.      O desempenho das exportações impactou diretamente na Indústria Extrativa, segmento industrial que teve o nível de atividade produtiva elevado em 8,9%, no primeiro semestre de 2015, contribuindo para o crescimento da Indústria Geral paraense em 6,8%, mesmo com o recuo de 0,5% do segmento da Indústria de Transformação;

2.      Com esse resultado o Pará obteve o segundo melhor desempenho entre os estados, atrás somente de Espírito Santo. Enquanto a indústria brasileira apresentou variação negativa em todos os meses de 2015, a paraense cresceu (Boletim da Indústria Paraense 1º Semestre 2015 – No prelo, que será lançado amanhã).


Trabalho e Renda:

1.      No Mercado de Trabalho, o Pará encerrou o mês de julho com saldo positivo de 2.634 vínculos trabalhistas, crescimento de 0,33% no estoque de trabalhadores formais. Com esse resultado o estado liderou a geração de emprego no Brasil. Dos oito setores produtivos paraenses, levantados pelo MTE, cinco obtiveram saldos positivos, com destaque para Construção Civil que abriu 2.131 novas vagas de emprego, seguido pela Indústria de Transformação com 456 novos vínculos (Informe de Julho de 2015 – No prelo);

2.      Esse bom resultado no mercado de trabalho formal foi oposto ao cenário apresentado no primeiro semestre de 2015, no qual o Pará encerrou o semestre com saldo negativo de 11.234. A realidade paraense foi comum a 20 unidades da federação, contribuindo assim para o fechamento de 345.417 vagas de empregos no país nos seis primeiros meses de 2015, uma redução de 0,84% do estoque de empregos nacional (Boletim do Trabalho e Renda 1º Semestre de 2015).


Comércio Varejista:

 
1.      A economia paraense absorveu os efeitos da conjuntura econômica nacional, na qual o consumo reduziu e, como consequência o Comércio Varejista teve o volume de vendas retraído. Nos seis primeiros meses de 2015, o segmento varejista do estado obteve recuo de 1,4% nas vendas, enquanto que a receita nominal cresceu abaixo do registrado no mesmo período de 2014. O desempenho negativo das vendas no setor varejista paraense neste primeiro semestre esteve presente em 20 das 27 unidades federativas (Gráfico 1), tendo como consequência a retração do volume de vendas no Brasil de 2,2% (Boletim do Comércio Varejista 1º Semestre de 2015 – No Prelo);

2.      Por outro lado, apesar do Comercio Varejista ter encerrado o primeiro semestre de 2015 com perdas de 2.269 empregos, o varejo paraense dá sinais de retomada de crescimento da atividade, uma vez que foi registrado em julho saldo positivo de 206 novos vínculos empregatícios (Informe de Julho de 2015 – No prelo). 

 

Estimativas FAPESPA para o estado do Pará 2015

Estimativas 2015
Produto Interno Bruto
(R$ 1.000.000).
111.602
Crescimento Real
(%)
2,48
População Estimada e Projetada
HAB.
8.175.113
IPC-FAPESPA (Jan-Jul/2015)
%
8,43
IPC-FAPESPA (Ago/2014 - Jul/2015)
%
12,56
IPC-FAPESPA (Jan-Dez/2015)
%
12,92

 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Orçamento da União 2016: R$ 30 bilhões de déficit público?


Causa enorme preocupação a notícia de que a Presidente Dilma Rousseff enviou ontem ao Congresso Nacional a proposta orçamentária para 2016, Orçamento da União 2016, com a previsão de um déficit público da ordem de R$ 30 bilhões. É esta situação que vem colocando na pauta de discussão a recriação da CPMF, não como um instrumento de financiamento da saúde, mas sim como um mecanismo de amenização do déficit orçamentário.

O fato é que o país não suporta mais aumentos em sua carga tributária. Como única alternativa plausível, esta situação, grave, coloca mais do que na ordem do dia a necessidade de uma ampla reforma administrativa, diminuindo o número de ministérios e de cargos comissionados, ao lado de um amplo enxugamento das despesas com o custeio da máquina pública. Sem embargo, deve-se ter em mira a necessidade de diminuir a taxa básica de juros da economia, que acaba por comprometer boa parte do orçamento federal com o pagamento dos serviços da dívida pública, e de se criar mecanismos sustentáveis para dar conta dos crescentes déficits previdenciários.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Hoje, 13 de agosto, é o Dia do economista. Mas o que falar do economista?


Redigi algumas linhas em um artigo alusivo a comemoração da Semana do Economista no ano de 2010 que foi publicado em um jornal local na minha cidade natal, Belém do Pará, e depois passou a compor um artigo em um livro de coletâneas analíticas sobre a profissão que organizei chamado “O Economista e a Sociedade”. Transcrevo a seguir parte do que escrevi: “O economista destaca-se no mundo global e instantâneo contemporâneo por sua formação holística. É ao mesmo tempo técnico e Cientista Social. Domina matemática, estatística e econometria tão bem quanto transita pela história, geografia, filosofia, sociologia e política. Vai da dimensão temporal para a espacial com extrema facilidade. Enxerga o global sem perder o olho do particular, e o particular com uma perspectiva global. Discute e interage com questões gerais tão bem quanto é pragmático na resolução de problemas específicos. Atua no setor privado, público ou terceiro setor. É conhecido por ser o profissional da prosperidade, seja no âmbito micro, quando procura melhorar o desempenho das empresas, ou no âmbito macro, quando procura interferir na economia nacional e mundial com objetivo de acelerar o crescimento econômico sustentado. Entretanto, engana-se quem pensa que o Economista é apenas um profissional da riqueza, do dinheiro. Acima de tudo o Economista é o profissional do bem-estar social. É um interprete da sociedade que se coloca também como importante agente de transformação da própria sociedade. Pensa, desta forma, caminhos e alternativas de desenvolvimento de modo que as condições de vida da sociedade como um todo melhore. É o profissional que busca a prosperidade, mas não perde o foco da pobreza, da miséria e do meio-ambiente. Pelo contrário, busca construir uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todos tenham acesso às condições básicas de inserção social. É um profissional que pensa o abstrato sem perder a sensibilidade do concreto. Ou seja, ser Economista não é para qualquer um. É fundamental a existência de uma vocação para o exercício da profissão. É, sem dúvida, uma atividade profissional das mais difíceis.”
Dito isto, não poderia fechar este ato sem mencionar a brilhante alusão feita no título de um dos livros do professor Armando Dias Mendes, O Economista e o Ornitorrinco. É isto mesmo, quem já viu um ornitorrinco sabe que se trata de um animal bastante esquisito. Possui pele, pêlos, bico de pato, rabo de castor e patas com membranas. Um relatório publicado pela Revista Nature afirma que se trata de um animal único, que é ao mesmo tempo um réptil, um pássaro e um mamífero. Este é o economista, um profissional volátil que domina diversas ferramentas ao mesmo tempo. Viva o ornitorrinco! Quer dizer, viva o economista!
 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Analistas do mercado estimam maior inflação em 13 anos

O ultimo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central estima uma inflação de 9,32% para o ano de 2015, a maior taxa anual nos últimos 13 anos. Em paralelo as estimativas de mercado já apontam para uma queda de 1,97% no PIB em 2015 e um PIB zero em 2016.
Em relação ao câmbio o Boletim Focus projeta uma Taxa de Câmbio de R$ 3,40 por dólar ao fim do ano. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio é de R$ 3,50.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 subiu de US$ 6,40 bilhões para US$ 7,70 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit avançou de US$ 14,79 bilhões para US$ 15 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil caiu de US$ 66 bilhões para US$ 65 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte permaneceu em US$ 65 bilhões.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Presidente Dilma analisa cortar ministérios!


Em meio à crise fiscal ontem correu a notícia que a Presidente Dilma Rousseff analisa diminuir o número de ministérios. Antes tarde do que nunca. Atualmente existem 38 ministérios no Governo Federal, um exagero. Diria, sem medo de errar, que se de uma “tacada só” fossem extintos 18 ministérios, não sentiríamos a falta deles. Sempre disse que um Estado forte não é um Estado “inchado”, mas com capacidade concreta de intervenção e promoção de políticas públicas!

sábado, 1 de agosto de 2015

Brasil: o país da desigualdade social


Dados recentes da Receita Federal que foram tornados públicos demonstram cabalmente o enorme fosso social que ainda existe na sociedade brasileira, na medida em que menos de 1% dos contribuintes concentram cerca de 30% de toda a riqueza declarada em bens e ativos financeiros.
Chama atenção o dado complementar de que 0,3% dos declarantes de Imposto de Renda no país concentraram, em 2013, 14% da renda total e 21,7% da riqueza, totalizando rendimentos de R$ 298 bilhões e patrimônio de R$ 1,2 trilhão. Isso equivale a uma renda média individual anual de R$ 4,17 milhões e uma riqueza média de R$ 17 milhões por pessoa.
Se adicionarmos a este grupo aqueles com renda mensal acima de 80 salários mínimos, chega-se a 208.158 brasileiros (0,8% dos contribuintes), que respondem sozinhos por 30% da riqueza total declarada à Receita.
A desigualdade social fica também latente quando os dados da Receita Federal explicitam que as camadas mais privilegiadas acabam proporcionalmente pagando menos impostos. Em 2013, do total de rendimentos da faixa que recebe acima de 160 salários mínimo, 35% foram tributados. Na faixa dos que recebem de 3 a 5 salários, por exemplo, mais de 90% da renda foi alvo de pagamento de imposto.
Perpetua-se claramente no país uma inversão tributária na qual sobretaxa-se a produção e o consumo, e muito pouco tributa-se a renda e a riqueza. Desta forma, uma reforma tributária somente será efetiva se conseguir alterar essa assimetria, tornando a tributação sobre o lucro e o patrimônio mais incisiva do que sobre a produção, o consumo e as vendas.
 

terça-feira, 28 de julho de 2015

Instituições financeiras preveem que a crise será pior do que o inicialmente imaginado


Ontem o Banco Fibra anunciou a revisão da sua previsão de queda do PIB em 2015 de -1,7% para impressionantes -3,1%. Para 2016, a expectativa foi de -0,2% para -1%.
A revisão para baixo é a mais dramática entre as instituições financeiras, mas não é a única. No Boletim Focus divulgado hoje, a previsão para o PIB foi de recessão de -1,70% para -1,76% em 2015 e crescimento de 0,20%¨para 0,13% em 2016.
Em junho, a mediana para o ano que vem ainda estava em 1%, mas agora muitos bancos já falam em dois anos seguidos de recessão. O Itaú revisou sua projeção de queda do PIB em 2015 de -1,7% para -2,2% e já prevê queda de -0,2% em 2016.
O Credit Suisse acaba de revisar sua projeção de recessão este ano de -1,8% para -2,4%; para 2016, a previsão de um crescimento de 0,6% virou uma nova contração de 0,5%.
O anúncio da revisão da meta fiscal pelo governo federal sinalizou que o ajuste e a crise serão mais difíceis do que o previsto e mexeu com as expectativas. A previsão do Bradesco BBI foi -2% para -2,2% em 2015 e de 0,3% para -0,8% em 2016.

terça-feira, 21 de julho de 2015

União pagará R$ 1,95 bilhão da Lei Kandir até dezembro: brincadeira?


Os jornais trouxeram a informação no dia de hoje que o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou que a União repassará ainda este ano R$ 1,95 bilhão referentes às perdas que os estados tiveram com a Lei Kandir. Este dado mostra o quão distorcido e injusto está o nosso arranjo federativo fiscal.
Somente ano passado, só o estado do Pará deixou de arrecadar mais de R$ 2,5 bilhões com a isenção tributária imposta pela famigerada Lei Kandir. E o governo federal acena com R$ 1,95 bilhão para todos os estados? Enquanto não houver uma pactuação justa, o esgarçamento federativo continuará em processo.
A título de informação. O Orçamento Geral da União prevê para 2015 o pagamento de R$ 3,9 bilhões como compensações pelas perdas.

Juros deverão subir na semana que vem


Na semana que vem ocorrerá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Se nenhum fato anormal acontecer tudo indica que o Comitê deliberará pelo sexto aumento consecutivo da taxa básica de juros da economia, elevando a mesma em 0,5 pontos percentuais.
Com a elevação da Selic para 14,25% a.a. o Banco Central espera diminuir ainda mais a pressão inflacionária da economia, tentando convergir o nível geral de preços da economia para o centro da meta da inflação em 2016 que é de 4,5%. Obviamente há um preço a ser pago, desaceleração da economia, aumento do desemprego, aumento do endividamento das famílias e queda do consumo.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

O fatídico mês de Maio de 2015: o PIB e o emprego


Dados divulgados referentes ao comportamento da economia brasileira no mês de maio mostram que a crise econômica está longe de sua inflexão. Segundo indicador divulgado na última sexta-feira pelo Banco Central (BC), a atividade econômica no Brasil ficou estagnada em maio, mês no qual registrou um avanço marginal de 0,03%, após dois meses em baixa. O resultado do chamado Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que o BC considera como uma medição prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumulou uma contração de 2,64% nos cinco primeiros meses do ano.
A retração da economia brasileira nos últimos 12 meses fechados em maio foi de 3,08% segundo este indicador de periodicidade mensal. Até agora, as previsões do governo brasileiro admitem que a economia se contrairá este ano cerca de 1,2%, embora as projeções do mercado financeiro apontam para que a queda será de pelo menos de 1,5%.
Em qualquer caso, ambas as projeções representariam o pior dado para a maior economia da América Latina desde 1990. Segundo dados oficiais, a economia brasileira diminuiu 0,2% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao período anterior. 
No ano, o emprego acumula baixa de 5% e nos últimos 12 meses, de 4,4%. Pela quinta vez seguida, o emprego na indústria recuou. De abril para maio, a queda foi de 1%, a mais intensa desde fevereiro de 2009 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo nesse mês foi o mais intenso desde fevereiro de 2009 (-1,3%) Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi ainda maior, de 5,8%.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Medida Provisória cria Fundo de Compensação e Desenvolvimento Regional


Tive conhecimento de que ontem o governo federal publicou, no Diário Oficial da União, Medida Provisória que cria o Fundo de Compensação e Desenvolvimento Regional para os estados e o Fundo de Auxílio à Convergência das Alíquotas do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Pelo que foi divulgado, a medida serve para compensar os estados que perderem com a possível unificação do (ICMS), viabilizando a reforma no tributo. O que não ficou claro para mim, ainda, é de que forma esta medida impactará o estado do Pará.

Comparações entre EUA e Brasil – façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço!


O governo dos EUA informou no dia de ontem que houve revisão nas projeções de crescimento da economia nacional para 2% em 2015, reduzindo a estimativa anterior que era de 3%. Ao mesmo tempo informou que estão aumentando drasticamente a estimativa de déficit fiscal, dos anteriores 128 bilhões de dólares, para 455 bilhões de dólares, em torno de 2,6% do PIB.
No Brasil o Ministro do Planejamento Nelson Barbosa ratificou aontem que a meta brasileira perseguida para 2015 é de um superávit de R$ 66,3 bilhões, 1,1% do PIB. Ao mesmo tempo informou que está sendo discutido no seio do governo a fixação de uma banda (faixa de tolerância) para a meta de superávit primário, em meio ao cenário de dificuldade de cumprimento do alvo fiscal.
De posse disto é inevitável não fazer algumas comparações. Os EUA têm crescimento econômico e o Brasil queda do PIB, as taxas de juros americanas são extremamente baixas se comparadas a Selic brasileira, nos EUA a discussão é pelo aumento do déficit fiscal e no Brasil é a garantia do superávit primário.
Às vezes me pergunto que manuais de macroeconomia eles estão usando lá? Parecem que estudam outra Teoria Macroeconômica? Acho que não, é a lógica do façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Governo estuda cobrar consumidor por perdas das hidrelétricas?


A informação divulgada no dia de ontem de que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, está estudando a possibilidade de repassar para o consumidor o ônus com o déficit na produção de usinas hidrelétricas quando ele for maior que 10%, é no mínimo preocupante.
Pela informação circulante o ministro está em negociação com os agentes do setor elétrico sobre o assunto e já na próxima semana o governo federal deverá ter uma posição concreta sobre o tema.
Para quem não lembra, em junho o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, estimou que o déficit financeiro das hidrelétricas devido à seca terá impacto ainda maior no segundo semestre em função da estratégia adotada pelas empresas para distribuir a energia comercializada ao longo do ano. O executivo indicou que o resultado da alocação de energia feita pelas empresas, um processo chamado de "sazonalização", faz com que a diferença entre a geração e os contratos de venda das usinas fique maior na segunda metade do ano, período em que o nível dos reservatórios tende a uma trajetória de retração. Desta forma, para cumprir com os compromissos, as geradoras precisam contratar energia mais cara no mercado de curto prazo.
Ao que tudo indica, a conta poderá recair mais uma vez nos consumidores.

Para matar o carrapato vamos sacrificar o boi


   O último relatório Focus, do Banco Central, apresenta uma mudança de expectativas com relação à taxa de juros, antecipando o viés de alta a ser chancelado na próxima reunião do COPOM, que acontecerá nos dias 28 e 29 de julho próximos.
   Ao que tudo indica haverá novo aumento de 0,5 p.p., o que elevará a Selic para 14,25% a.a., o dobro da taxa de 7,25% que vigorava antes deste ciclo, fundamentalmente em decorrência do viés de alta da taxa inflacionária apresentada pelo mercado, superior a 9% em 2015.
  Outros números também chamam atenção neste contexto, principalmente o aumento do desemprego, e a queda no PIB nacional projetada para este ano em torno de 1,5%.
   Com esta medida ao lado do ajuste fiscal em curso e o aumento da carga tributária, usando uma figura de linguagem, ao que parece o governo federal “para matar o carrapato está sacrificando o boi.”

Para acesso ao ultimo relatório do Boletim Focus: http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20150710.pdf

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Balança comercial do Pará tem saldo positivo no mês de abril



A balança comercial paraense encerrou o mês de abril com saldo positivo de US$ 714,8 milhões. A informação é do Informe Técnico do Comércio Exterior, da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa).
No estudo, pode ser identificado, ainda, o desempenho da balança comercial por município. Parauapebas, por exemplo, mantêm-se na condição de maior exportador do estado com US$ 300,7 milhões de valor exportado em abril. O município de Barcarena encerrou o mês com mais de US$ 244 milhões de produtos exportados, registrando alta de 52% em relação 2014, enquanto que a cidade de Canaã dos Carajás saltou para mais US$ 55 milhões no período, representando uma elevação de 165,02% nas suas saídas.
Para acesso ao informe veja: http://www.fapespa.pa.gov.br/?q=node/2479
 

terça-feira, 10 de março de 2015

A simplificação do debate e a hora de dizemos basta


Como bom economista heterodoxo, que tem fundamentos nas teorias seminais de Marx, Keynes, Kalecki, Shumpeter e na Escola Estruturalista Latino-Americana, compreendo muito bem o papel da luta de classes na sociedade capitalista. Da mesma forma, entendo como o capital acaba mercantilizando todas as relações sociais na ânsia de ampliar os seus horizontes de valorização, inclusive as instituições políticas da sociedade.
Desta forma, tentar reduzir o atual momento da sociedade brasileira a uma mera disputa entre burguesia de “panela cheia” e trabalhadores “de pratos vazios” é um exercício de má fé e uma tentativa de tirar o foco da principal pauta posta hoje na sociedade brasileira: a corrupção.
  As nossas instituições políticas estão corrompidas. Os nossos partidos contaminados. O “jogo político” de “cartas marcadas”. Neste contexto, o financiamento de campanhas políticas e o processo de cooptação praticado nos exercícios legislativos  levam muitas vezes ao processo de usufruto privado dos recursos públicos por meio da corrupção.
Os nossos valores como sociedade estão deturpados. Precisamos recuperar a boa política, que não olhe para projetos pessoais ou de grupos, mas que faça do processo democrático um meio de construção de uma sociedade mais justa, mais digna, mais honrosa, com valores e princípios corretos. Assim, o debate atual não é entre PT ou PSDB. Entre burguesia e proletariado. Mas entre os bons e os maus valores. O nosso debate é sobre a corrupção. Não podemos mais tolerar escândalos após escândalos e seguir as nossas vidas como se nada tivesse acontecendo, ou como se este debate não tivesse nada a ver conosco. Somos afetados diretamente. Somos as principais vítimas do processo político viciado.
Precisamos realmente reconstruir os nossos fundamentos políticos. E estes fundamentos somente serão reconstruídos quando aprendermos a votar corretamente como sociedade. As manifestações populares são justas e necessárias. Mas de nada adiantará se nas próximas eleições reconduzirmos os nossos “algozes”, os “algozes” dos valores éticos e morais de nossa sociedade para novos mandatos. Está na hora de dizermos basta!  

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Pesquisa na Amazônia



A desigualdade regional brasileira está expressa cabalmente no Orçamento Geral da União quando o assunto é recursos destinados à pesquisa. Do total 89,2% estão concentrados no Sul e Sudeste do país; 6,3% no Nordeste; 3,4% no Centro-Oeste; e apenas 1,1% na Região Norte do Brasil. Assim, a Amazônia permanece no centro dos interesses internacionais e na periferia do interesse do Brasil.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Boletim da Indústria Paraense 2014


Divulgo para conhecimento o link do Boletim da Indústria Paraense 2014 elaborado pela FAPESPA: http://www.fapespa.pa.gov.br/sites/default/files/Boletim_da_Industria_Paraense%202014.pdf

A análise, realizada por meio da diretoria de Estudo e Pesquisa Socioeconômica e Análise Conjuntural da Fundação, apresenta os principais resultados do setor, com base nas informações da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelo estudo o estado do Pará alcançou o maior desempenho no setor industrial entre os estados brasileiros em 2014. 
Em 2014 a produção física industrial do Pará cresceu 8,1%, em relação ao ano de 2013, variação percentual que superou o obtido a nível nacional, que encerrou o ano com retração de 3,2%. A indústria paraense obteve, inclusive, variação oposta à alcançada nos últimos dois anos, quando foram registradas variações negativas de 1,6% , em 2013 e 2%, em 2012.
No primeiro semestre de 2014, a indústria apresentou crescimento superior ao do ano anterior, principalmente nos meses de abril e maio, período de bom desempenho dos setores de alimentos e bebidas influenciados por datas comemorativas e que antecedem as férias de julho.
O desempenho positivo da Indústria paraense foi impulsionado pela indústria Extrativa Mineral, que encerrou o ano em 10,7%, influenciada principalmente pela extração de minério de ferro, que em 2014 em relação a 2013, apresentou crescimento da quantidade exportada pelo Pará de 3%. Apesar dos resultados positivos nos outros setores, o da Indústria de Transformação vem apresentando retração na atividade produtiva ao longo dos últimos quatro anos e em 2014 apresentou, novamente, resultado negativo.
Além do Pará, os estados do Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás e Pernambuco também alcançaram resultado positivo no ano passado.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Transposição das águas do Rio Amazonas


Algumas semanas atrás, com as notícias sobre o estado crítico de abastecimento de água no Sudeste, brinquei com alguns amigos de que não tardaria para alguém propor a transposição das águas do Rio Amazonas para o Sudeste brasileiro. Fiz uma brincadeira em tom de ironia frente ao perverso pacto federativo que a federação brasileira vem impondo a Amazônia como um todo e ao Pará em especial. Tenho ironizado que o Pará foi convidado para entrar no “Jogo do Perde-Perde”. Em todas as ações o estado do Pará sempre resta prejudicado. Perde com a Lei Kandir, perde com a ilógica lógica de cobrança do ICMS da energia no estado de consumo, perde com os pesados ônus das mitigações dos impactos sociais e ambientais dos grandes projetos, perde ao ser tratado apenas como corredor de exportação, perde quando as ações são pensadas somente NA Amazônia e não PARA os amazônidas, pede com o contingenciamento das emendas parlamentares da região. Perde, perde, perde...
Há muito tempo o Pará entrou no “Jogo do Perde-Perde” diante do restante da federação brasileira. Em todas as ações propostas somente perdemos. Ao império o bônus, a colônia o ônus.
Para espanto da população paraense o que parecia algo absurdo virou uma proposta concreta diante deste pacto federativo lesivo. Não podemos mais tolerar estes tipo de comportamento federativo. Tratam-nos sempre como “almoxarifado” do desenvolvimento alheio, fomentam um modelo econômico excludente do ponto de vista social, e deixam para os heróis que habitam esta região os significativos e pesados ônus das mitigações dos impactos sociais e ambientais dos grandes projetos. Não podemos ser eternamente tratados como colônia de exploração do Império Brasileiro.
Este é um desabafo de um amazônida de nascimento, corpo e alma!

 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Boletim do Comércio Exterior Paraense em 2014


Informo o link de acesso ao Boletim do Comércio Exterior Paraense em 2014 elaborado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa): http://issuu.com/ascomfapespa/docs/boletim_com__rcio_exterior_paraense?e=5229001/11272494

 Pela publicação, o Pará foi o estado brasileiro a apresentar o segundo maior saldo na balança comercial no ano passado, atrás apenas de Minas Gerais.
No acumulado de 2014, o Pará registrou saldo de US$ 13,293 bilhões, enquanto que a balança comercial mineira alcançou o saldo de US$ 18,319 bilhões. Embora o resultado seja positivo, o saldo paraense foi 9,82% menor do que no ano anterior, quando o superávit comercial do estado encerrou o período em US$ 14,741 bilhões.
Considerando a balança comercial dos municípios, Parauapebas foi o que se destacou na quantidade de exportação no ano passado, quando obteve o maior valor exportado, principalmente do minério de ferro, atingindo a cota de US$ 7,619 bilhões, o que representou 53,43% do total das exportações do estado. Este resultado colocou o município na posição de maior exportador brasileiro e com maior superávit do Brasil em 2014.
No entanto, devido à redução do valor das exportações do minério de ferro, houve uma queda no total das exportações do estado, em relação ao ano de 2013.  O desaquecimento da economia mundial, associado ao aumento do estoque global de aço, depreciou o preço da commodity mineral. A queda do valor exportado pelo estado só não foi maior, devido ao aumento das exportações do minério de cobre, o da alumina calcinada, que variam positivamente 2% e 36%, respectivamente.
Para transações comerciais, o Pará tem como parceiros o Japão, a Alemanha e a China, sendo este último, o país que mais demandou exportações paraenses em 2014, acumulando um total de US$ 4,709 bilhões, correspondendo a 33% de participação da pauta exportadora do estado.
Contudo, as exportações destinadas ao país asiático encerraram 2014 com redução de 14,51%, sendo o minério de ferro o produto de maior influência na queda das exportações para a China, uma vez que representou diminuição de 16,28% do valor da commodity, em comparação com 2013.
A análise do boletim elaborado pela Fapespa aborda o comportamento do saldo da balança comercial do estado, levando em consideração as relações comerciais do Pará com os países de destino e de origem, os produtos exportados e importados.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Boletim do Mercado de Trabalho 2014 – FAPESPA


 Informo que na última quinta-feira a FAPESPA divulgou o Boletim do Mercado de Trabalho 2014 que apontou a dinâmica do emprego na economia paraense. Para acesso ao documento basta acessar o link: http://www.fapespa.pa.gov.br/sites/default/files/Boletim_Mercado_de_Trabalho_2014.pdf

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Governo do Pará cria hoje o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado do Pará


Em reunião que acontecerá hoje às 15h na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Minas e Energia (SEDEME), será instalado o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado do Pará (CDE), órgão colegiado estratégico que irá definir as diretrizes estratégicas para o desenvolvimento do nosso estado.
Ao lado da retomada da lógica do planejamento e da governança colegiada de gestão, o CDE passará a ter papel central na definição das políticas prioritárias de governo.
Participam da reunião de hoje: SEDEME, SEDAP, SECTET, SETUR, SEPLAN e FAPESPA.

Relatório Focus relata inflação sem controle


O Relatório Focus divulgado no dia de ontem pelo Banco Central apresenta mais elementos preocupantes sobre o cenário econômico brasileiro em 2015. Impulsionado pela previsão de alta em preços controlados (combustíveis, água e energia) o relatório prevê uma inflação acima do teto da meta de inflação que é de 6,5% a.a. A previsão do Banco Central é de uma inflação superior a 7% a.a. podendo chegar a 8%.
Na Região Metropolitana de Belém, que vem apresentando historicamente maior índice de carestia, a FAPESPA, por meio do seu IPC, estima que a inflação seja superior a 9%. Conforme o Boletim IPC/FAPESPA 2014, a inflação acumulada na RMB ano passado foi de 9,91%.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Joquim Levy e o aperto fiscal


O Ministro da Fazenda Joaquim Levy vem se consolidando como o “homem forte” do segundo governo Dilma. Está sendo para a Dilma o que Antônio Palocci foi para o Lula em seu primeiro governo.
Economista tecnicamente bem formado, Levy vem anunciando paulatinamente uma trajetória de ajuste fiscal recessivo a frente da fazenda nacional. Se já não bastasse o aumento da arrecadação tributária em torno de R$ 20 bilhões, o ministro está pessoalmente se dedicando a um processo de corte de gastos dos ministérios que beiram os R$ 65 bilhões.
Semana passada o FMI baixou a previsão de crescimento do Brasil para 0,3% do PIB. No início desta semana já há analistas prevendo retração de nossa economia.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O cenário macroeconômico 2015: um cenário de pífio crescimento econômico


O cenário da macroeconomia brasileira para o ano de 2015 vem se demonstrando bastante preocupante. O ano que ainda está em seu início traz em si um passivo de 2014 que envolve, dentre outros elementos, estagnação econômica, aceleração inflacionária, aumento das taxas de juros, aumento das incertezas dos empresários, retração dos investimentos, escândalos de corrupção e crescente descrédito com o governo federal.
Se isso não basta-se para delinear um ambiente macroeconômico adverso, este início de ano traz consigo: aumento da carga tributária, previsão de aumento do preço dos combustíveis e da energia elétrica, aumento da taxa SELIC pelo COPOM e piora das expectativas do setor empresarias ante ao cenário posto.
Em temos de política macroeconômica o que temos observado é a adoção premeditada de ajustes fiscais e monetários recessivos. Ao lado disto, infelizmente a qualidade do gasto público, a transparência, a probidade e a tríade eficiência, eficácia e efetividade das políticas públicas, e a construção de um Projeto de Nação parecem variáveis exógenas na agenda do governo federal.
São estes fatores que explicam com bastante clareza o porquê de o FMI ter revisto a previsão de crescimento para a economia brasileira em 2015 para pífios 0,3% do PIB.