segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Feliz Natal


Desejo a todos os amigos um final de ano abençoado em nome de Jesus. Que neste Natal possamos mais uma vez refletir sobre o verdadeiro significado desta época. Natal não é presentes, Papai Noel e nem comilança. Natal é um momento de renovação espiritual Naquele que veio ao mundo morrer para que todos nós tivéssemos uma nova oportunidade. É um momento de homenagearmos Aquele que morreu numa cruz para que eu e você tivéssemos a possibilidade de termos a vida eterna, longe do pecado, purificados. Agora só depende de nós, das nossas escolhas diárias.
Obrigado ao aniversariante mais importante desta época. Obrigado Jesus, pelo perdão incondicional e por, a cada dia, me tornar uma pessoa melhor.
Aos meus amigos, um Feliz Natal em Cristo Jesus!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Eleição COFECON 2014

Aconteceu na manhã de sábado, dia 14 de dezembro, a eleição para Presidente e Vice do Conselho Federal de Economia (COFECON), tendo sido eleito para os mandatos, respectivamente, os conselheiros Paulo Dantas da Costa (BA) e Wellington Leonardo da Silva (RJ). Participei deste processo como membro da Comissão Eleitoral, juntamente com os conselheiros Roberto Bocaccio Piscitelli e Francisco Assunção e Silva.
Desejo a nova gestão sucesso, principalmente na tarefa de: valorização da profissão do economista no Brasil; aprovação de uma nova legislação que regulamente a profissão, atualizando o nosso exercício profissional; bom senso na condução de uma gestão efetivamente federalizada, não somente no discurso, mas na prática, fortalecendo o sistema Cofecon/Corecon principalmente nas regiões periféricas do país, em especial no Nordeste e na Amazônia; e defesa da abertura de novos cursos de economia, principalmente longe dos grandes centros econômicos, com a finalidade de dotar a sociedade de economistas, o profissional do planejamento por excelência, capaz de planejar, executar e controlar as políticas públicas nas prefeituras, órgãos federais com ações nas regiões e governos de estados – o profissional que é capaz de pensar rumos e alternativas para a superação da condição do subdesenvolvimento.
Ademais, como Conselheiro Federal, nas Plenárias, sempre fui enfático a respeito da necessidade do COFECON ser um protagonista de primeira linha na discussão das políticas macroeconômicas do país. O COFECON precisa pautar e exercer efetivamente o seu papel de controle social sobre a condução das políticas fiscal, monetária, social e desenvolvimento regional.
O COFECON precisa ajudar a pensar o Brasil. Carecemos de um projeto de nação e carecemos de pessoas e instituições que fomentem este debate. Assim, defendo, com muita ênfase, reitero, a necessidade do COFECON pautar este debate, principalmente em ano eleitoral como o de 2014.
Retransmito a seguir o programa apresentado pela chapa vencedora:

RESUMO DO PROGRAMA DE TRABALHO DOS CANDIDATOS A PRESIDENTE PAULO DANTAS DA COSTA E A VICE-PRESIDENTE WELLINGTON LEONARDO DA SILVA PARA A GESTÃO 2014

“.... ainda cremos nesse país que teima em não se encontrar com a maioria do seu povo. Ainda cremos que podemos mudar o mundo, um pouco que seja, para que fiquemos mais humanos.” (Vinícius de Moraes)

Preocupados com o futuro de nossas entidades a médio e longo prazo, preparamos este documento que aponta algumas das principais ações que consideramos importantes serem concretizadas pelo COFECON, para além da continuidade da execução daquelas de caráter permanente e ordinário, registradas ou não no Relatório de Planejamento Estratégico da Autarquia e com a implementação das quais nos comprometemos. Cada uma delas é  derivadas de pelo menos um dos seguintes eixos estruturantes:
1 – Valorização da profissão
2 – Intensificação da ação fiscalizadora do Sistema
3 – Aprimoramento da estrutura administrativa
4 – Potencialização da capacidade financeira
5 – Fortalecimento da Imagem Institucional

Seu detalhamento e o de outras, será oportunamente apresentado nos moldes do inciso X do Artigo 18 do Regimento Interno do Conselho. De toda sorte, destacamos à guisa de exemplo, as seguintes:
1 – Realização de um encontro internacional de economistas;
2 – Investir na modernização da legislação que regulamenta a profissão, a partir do PLS 658/2007;
3 – Buscar reverter nas instâncias superiores do sistema judiciário a atual tendência dos juizados de primeira instância em não reconhecer o poder de fiscalização outorgado aos conselhos regionais pela legislação já existente;
4 – Buscar soluções junto ao legislativo e ao judiciário no que diz respeito às decisões de primeira instância, em relação ao enquadramento dos empregados dos conselhos no Regime Jurídico Único;
5 – Estabilizar as finanças da Autarquia;
6 – Ampliar a participação de economistas na estrutura funcional do Conselho Federal;
7 – Investir no fortalecimento da imagem institucional a partir da inserção opinativa do COFECON junto à mídia, em relação aos temas de natureza econômica.

QUEM SOMOS?


PAULO DANTAS DA COSTA CANDIDATO A PRESIDENTE: Graduado pela Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia (Salvador/BA), especialização em Administração Financeira Governamental e em Direto Tributário. Trabalhou na Secretaria da Fazenda da Bahia, na condição de Auditor Fiscal até 1994. Atualmente é consultor na área tributária.

WELLINGTON LEONARDO DA SILVA – CANDIDATO A VICE: Formado pela Universidade Gama Filho, é Consultor em Planejamento Estratégico Situacional e Secretário Executivo do CORECON-RJ. Trabalhou no setor privado de 1977 a 1990, na área de comércio internacional, em indústrias do ramo têxtil, maquinaria pesada e química fina. Lecionou nas Faculdades Veiga de Almeida e Gama Filho, nesta última até 1992. Foi Assessor do Sindicato dos Bancários do Estado do Rio de Janeiro, da AFBNDES-Associação dos Funcionários do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social e Assessor Parlamentar da ex-Deputada Federal Ana Júlia Carepa.

Luiz Alberto Machado – da renúncia pessoal ao fortalecimento institucional


Há exemplos que precisam ser destacados, principalmente quando se tratam de atos de renuncia pessoal que fortalecem as instituições. Isto aconteceu na eleição do Conselho Federal de Economia (COFECON) quando o Conselheiro Luiz Alberto Machado (SP) abriu mão de sua legítima candidatura em favor da unidade do sistema. Luiz Alberto Machado – que exerceu a vice-pesidência do COFECON, e foi presidente em exercício, em função do afastamento do presidente em decorrência de problemas de saúde – deixou um legado, o de que o COFECON está acima de interesses pessoais, e de que a liderança é um ato de conquista meritocrática. Assim, mesmo não tendo concorrido, Machado ratificou a sua liderança ante a Plenária do COFECON e ante a categoria dos economistas brasileiros.
Tinha total mérito e condições de ser Presidente do COFECON, mas abdicou em favor da categoria. Que este exemplo prolifere, principalmente junto daqueles que fazem de tudo em favor de cargos e holofotes. É o exemplo de que não precisa estar em evidência para ajudar na construção do que é coletivo, em contraponto ao exemplo daqueles que fazem de tudo para aparelhar as entidades e direcionam os mandatos para o atendimento de fins privados.
Obrigado Machado, pela amizade conquistada e pelo exemplo deixado.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Nova Eleição para o CORECON-PA


A Plenária do Conselho Federal de Economia (COFECON) acabou de deliberar que em decorrência do cancelamento do processo eleitoral para o Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA), em função da greve da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo, haverá nova eleição por meio de Processo Eleitoral Extraordinário coordenado pelo (COFECON). Assim, haverá novo edital, inscrição de chapas, e voto somente por correspondência, com a apuração acontecendo em Brasília em data a ser definida pela nova Comissão Eleitoral.

COFECON: Debate sobre conjuntura econômica


Participei hoje pela manhã do debate sobre conjuntura econômica “Perspectiva Econômica do País para 2014”, tendo como expositor o prof. Dr. Antônio Correa de Lacerda. O debate ocorreu na abertura da 655ª Sessão Plenária Ordinária do Conselho Federal de Economia (COFECON). Do exposto, pelo palestrante, e discutido na plenária, destaco:
1.    A mídia é constantemente bombardeada com aquilo que é melhor para os rentistas e não para o país, por meio de análises que pecam pela não imparcialidade. Em geral são operadores do mercado financeiro que têm acesso privilegiado a mídia, que não possui os filtros necessários para processarem o que está sendo comunicado;
2.    O debate está muito concentrado na esfera financeira. Muito pouco se discute sobre a economia real, ou questões estratégicas de médio e longo prazo;
3.    A taxa de inflação do Brasil está, nos últimos anos, próxima da média dos países emergentes;
4.    O cenário econômico mundial é de baixo crescimento, taxas de juros baixas e inflação persistente. Neste cenário as “guerras” cambiais e comerciais permanecem como estratégia de muitos países;
5.    A expansão do consumo não se rebate necessariamente no aumento do PIB. Este último é impactado pelo aumento do volume de valor agregado na economia. Isto posto, a capacidade de manipular os níveis de consumo no país para estimular o crescimento da economia é limitado no contexto econômico atual;
6.    O Brasil se tornou uma economia do consumo, contudo, suprida em grande parte, pelas importações. Assim, há um vazamento de renda e a geração de empregos industriais noutros países em detrimento da economia nacional. Este debate está diretamente ligado com a discussão da desindustrialização;
7.    Parte da questão da desindustrialização no Brasil é explicada pela perda de competitividade da indústria nacional frente à indústria mundial. O esgotamento da economia brasileira é explicado por três fatores: o aumento do endividamento das famílias (fato que limita o consumo), a carência de investimentos privados e o desequilíbrio nas transações correntes;
8.    Em 2014 o cenário econômico aponta para um conjunto de fatores adversos: desvalorização do real, aumento dos custos industriais, pressão inflacionária e perspectiva de baixo crescimento econômico;
9.    Há inevitavelmente um erro de adaptação das estratégias econômicas ante ao cenário externo posto. Há um erro de dosagem e de time na condução da política macroeconômica;
10. Recentemente houve uma tendência de diminuição da taxa de juros real. Neste contexto, o setor produtivo, paradoxalmente, apresentou-se, em grande parte, como cético em relação a tendência de queda da taxa de juros. Isto, em parte, é explicado pela cultura do “rentismo” e da arbitragem que se implantou no país;
11. Nada atualmente justifica o atual patamar da taxa de juros básica da economia. Esta alta taxa de juros impõem um custo elevado para as finanças públicas na medida em que, apesar do superávit primário, há um déficit nominal recorrente. Portanto, há um esforço social para pagamento de juros e amortizações da dívida pública no país.

Dos filhos ao pai: uma homenagem ao Armando Dias Mendes


Ontem indo para Brasília, durante o voo, pude ler com maior cuidado o artigo escrito pelos filhos do prof. Armando Dias Mendes – Armando Nobre Mendes, Antonio Daniel Mendes, Alberto Mendes, Artur Mendes, Graça Mendes e André Mendes ­– para o livro que estou organizando pela Associação Comercial do Estado do Pará (ACP), numa iniciativa do atual presidente, Sérgio Bitar, sobre a vida e obra deste que foi um dos maiores intérpretes da Amazônia. O livro que já está batizado de “Armando Dias Mendes: Vida e obra de um intérprete da Amazônia”, deverá será lançado no mês de fevereiro de 2014 e contará com diversos ensaios de renomados pesquisadores regionais da Amazônia sobre a biografia e obra de Armando Mendes, além de quarto artigos in memoriam do autor.
Confessor que fiquei surpreso com a qualidade dos ensaios, fazendo com que missão posta para este livro fosse plenamente cumprida. Os artigos, em conjunto, fazem um apanhado preciso da contribuição de Armando Dias Mendes para o pensamento crítico a respeito do desenvolvimento da Amazônia, conforme sumário elencado ao final.
Contudo, o que mais me surpreendeu, dando a obra um “brilho” especial, foi sem dúvida a biografia escrita pelos filhos, “Dos filhos ao pai”. Por meio dela é possível desvelar a intimidade do prof. Armando com os familiares, o que somente reiterou o seu legado. Muito clara fica a relação paternal e o legado de probidade deixado, com alguns exemplos marcantes citados. Destaca ainda a sua persistência intelectual, eclética, e a sua ficção pelo vernáculo, muito clara em seus escritos.
Questões pessoais também ressoam e trazem um “q” de curiosidade a biografia. A adaptação de Armando aos novos tempos, via pressão “organizada” dos filhos, que contam causos desde a “revolta dos cabelos”, a ida ao cinema, as peladas no “Maracanamendes”, o hábito de ler andando pelo corredor, a biblioteca que brotava do nada, a dificuldade de acesso a informação na época passada, a recusa em receber presentes quando funcionário público... São relatos que ajudam a compreender melhor a obra do prof. Armando Dias Mendes. Destaco ainda o esclarecimento sobre a origem da visão “insistencialista”, ligado diretamente a perda do filho “Aluísio”. Confesso que o prof. Armando já havia feito menção a isto numa conversa, mas não com tanta riqueza de detalhes.  
Abrindo uma digressão, agradeço à família a menção justa no processo de criação do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), a participação do meu pai, José Marcelino Monteiro da Costa. Não tem como fazer menção à criação do NAEA sem fazer referencia a dupla Armando e Marcelino. Tive o privilégio de conviver com os dois, e pude ver o respeito e a admiração mútua. Vi em ambos a perspectiva de que a mudança da trajetória de desenvolvimento da Amazônia passa obrigatoriamente pela criação de uma consciência coletiva firmada num processo de formação educacional da qual a universidade é peça chave. Mas não basta. É necessário que este processo extrapole o meio acadêmico e tenha condições da intervir no mundo concreto, saindo das análises abstratas.
Fechando a digressão, agradeço a família pela enorme contribuição para o esforço de eternizar o legado intelectual de Armando Dias Mendes. Com licença da família, ouso dizer que um pouco dele seguirá em cada um daqueles que sonham com uma trajetória diferente de desenvolvimento para a região.
 Segue o sumário da obra “Armando Dias Mendes: Vida e obra de um intérprete da Amazônia” que será lançada ano que vem por uma iniciativa da ACP.

 
 PARTE I – ARMANDO DIAS MENDES: VIDA E OBRA DE UM INTÉRPRETE DA AMAZÕNIA

 1.         Dos filhos ao pai – Armando Mendes Jr., Antonio Daniel Mendes, Alberto Mendes, Artur Mendes, Graça Mendes e André Mendes
2.         A trajetória de um “desenvolvimentista” na Amazônia: um breve relato sobre a vida e obra de Armando Dias Mendes – Danilo Araújo Fernandes
3.         Armando Mendes e a invenção da Amazônia: uma reflexão crítica – David Ferreira Carvalho e André Cutrim Carvalho
4.         Armando Dias Mendes: o colóquio “impossível” e o legado de um intérprete da Amazônia – Eduardo José Monteiro da Costa
5.         A contribuição de Armando Mendes para a construção de uma universidade cidadã na Amazônia – Fábio Carlos da Silva
6.         Armando Dias Mendes e a profissão de Economista – Luiz Alberto Machado
7.         A Belém de Armando Mendes: história e representação - Geraldo Mártires Coelho

PARTE II – ARTIGOS IN MEMORIAN

8.         Economistas, Amazônia e Século XXI – Armando Dias Mendes (in memorian)
9.         Palestra de abertura do V ENAM, A Amazônia, os Economistas e o Século XXI: Achegas à resiliente Doutrina 21 das sustentabilidades - Armando Dias Mendes (in memorian)
10.      Discurso de agradecimento do Prêmio Samuel Benchimol – Armando Dias Mendes (in memorian)
11.      Amazônia: Cidadania ou Capitulação: uma involuntária alegoria amazônica produzida em parceria por poetas, prosadores e políticos não amazônicos – Armando Dias Mendes (in memorian).

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Perspectivas Econômicas do País para 2014


Além da eleição para Presidente e Vice, a 655ª Sessão Plenária do COFECON contará com o debate “Perspectivas Econômicas do País para 2014” tendo como economista convidado Antônio Correa de Lacerda. O debate acontecerá na abertura da Sessão nesta sexta-feira, dia 13 de dezembro, pela manhã.

Eleição COFECON


 
Acontecerá por ocasião da 655ª Sessão Plenária do Conselho Federal de Economia (COFECON), na manhã de sábado, a eleição para a Presidência e Vice da entidade. Até o momento duas chapas estão trabalhando nos bastidores, a primeira encabeçada pelo atual vice-presidente, Luiz Alberto Machado (SP), tendo como vice o Conselheiro Julio Paschoal (GO), e a segunda encabeçada pelo Conselheiro Paulo Dantas da Costa (BA), tendo como vice o Conselheiro Wellington Leonardo da Silva (RJ).  Não resta dúvida que a próxima gestão terá como principal desafio a atualização da legislação que regulamento o exercício da profissão de economista no Brasil. Independente de quem vença, que seja este o espírito da próxima gestão.  
 

Shopping Castanheira


Esta semana fui com minha esposa ao Shopping Castanheira comprar algumas lembranças natalinas. Fazia tempo que não íamos neste shopping. A ideia era passear, jogar conversa fora, se distrair. A nossa vida está tão intensa que qualquer minuto de folga precisa ser bem aproveitado.
Contudo, o que esperávamos ser um período de descanso se tornou um momento de apreensão. Não imaginava o Shopping Castanheira estivesse na situação atual. No curto período de tempo que estivemos lá vimos arrastão, brigas, confronto de gangues, seguranças atarantados... Por algumas vezes tivemos que nos refugiar nas lojas que fechavam as portas ao primeiro sinal de confusão. É lamentável ver um espaço “público” tomado por vândalos e arruaceiros. Aliás, confesso que pelo que presenciei é mais seguro ir ao comércio de Belém do que ao Castanheira. Como frequentador do comércio nunca vi lá as cenas presenciadas neste shopping.
Este é mais um triste capítulo da Belém que caminha para os 400 anos.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Concurso Professor Substituto de Economia


Está aberta na UFPA a inscrição para Processo Seletivo Simplificado para Professor de Economia na Disciplina Teoria Econômica, conforme Edital 188/2013, em regime de 40h semanais. O período de inscrição vai de  5 a 16 de dezembro de 2013. 

Local de inscrição: Secretaria da Faculdade de Economia do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, situado na Rua Augusto Corrêa nº 01, Cidade Universitária, Bairro: Guamá, CEP.66.075-110, Belém-Pará, Fone(s):(91) 3201-7713, 3201-8625 e 3201-8627, no horário das 09:00 às 14:00 horas.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Para reflexão


O único privilégio que um político deve ter é o de servir a sociedade.

NAEA: 40 anos


Escrito por Lúcio Flávio Pinto

O Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará completou 40 anos. A comemoração parece ter sido apenas interna. Não repercutiu junto à opinião pública, como seria de se esperar. A data podia servir de motivação para uma análise da história do NAEA e da posição que assumiu hoje e pode representar amanhã. 
Para isso, a instituição devia se abrir para a crítica e autocrítica, o que não aconteceu. Parece indicar uma tendência à acomodação e uma visão voltada para sua função no mundo acadêmico, por trás dos muros da universidade, que prevalece sobre o desejo de vários dos seus integrantes de abertura ao complexo mundo amazônico, que tanto precisa do toque dos intelectuais.
Quando o NAEA surgiu, provoquei seus criadores apontando o que podia ser excesso de pretensão de um instituto batizado como sendo de altos estudos. A inspiração parecia ser humanista, sob as bênçãos europeias (especialmente francesa), mas a linha dominante na abordagem era econométrica.
Seus principais integrantes queriam quantificar a realidade para conferir um valor cientifico à pesquisa, em contraste com o impressionismo e empirismo característico dos estudos realizados até então, sobretudo fora dos muros acadêmicos. O problema era que, sob a forma do rigor no tratamento dos dados, a veracidade da informação podia ser comprometida.
A técnica de reconstrução de dados históricos pode oferecer esse risco se a fonte primária não for adequada para esse tipo de extrapolação. Essa questão está posta naHistórica Econômica da Amazônia, de Roberto Santos, o mais importante livro com essa abordagem já publicado. Roberto explorou essas possibilidades da quantificação nolimite do seu potencial e da sua impotência, avançando nos dois sentidos com coragem e determinação intelectual. 
Travei polêmica com o principal personagem nas origens do NAEA, Armando Mendes, e com seus colegas do curso de economia da UFPA que participaram da empreitada. E atuei também no momento em que o bastão de mando do instituto passou das mãos da economia para a sociologia, com a vitória de Heraldo Maués sobre Nelito Pinto da Silva. O último debate antes da eleição, travado no auditório do Idesp (despejado da sua sede e do seu patrimônio pelo iracundo governador Almir Gabriel), foi memorável para que essa mudança acontecesse. O NAEA estava no mundo. Onde é que está agora?

CORECON-PA terá novo processo eleitoral


Após a anulação do processo eleitoral, em virtude da greve dos Correios, o Conselho Regional de Economia (CORECON-PA), definiu em Plenária que aconteceu no dia 28 de novembro, que haverá a abertura de novo certame eleitoral. Pelo que foi definido a nova eleição será realizada no dia 21 de fevereiro de 2014, sexta-feira, no horário de 11 às 17 horas. A eleição, desta vez, será mista (voto pelos Correios e presencial).

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PLS 658/07 aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (03) o parecer do senador João Vicente Claudino (PTB/PI) relativo ao Projeto de Lei do Senado 658/07, que atualiza a legislação profissional do Economista. O projeto seguirá para exame da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.
O projeto define quais são as atividades privativas dos economistas, bem como aquelas que podem ser exercidas também por outros profissionais. Prevê também a possibilidade de certificação de profissionais para o exercício de atividades técnicas específicas, de modo a criar um credenciamento institucional. Determina ainda que todo trabalho técnico ou serviço prestado por economista fica sujeito à Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) junto ao respectivo Conselho Regional de Economia.
"Entendo esta aprovação como um significativo avanço no que diz respeito a este projeto", comemora o conselheiro federal Paulo Dantas da Costa, coordenador da Comissão de Normas, Legislação e Fiscalização. "Mas devemos considerar que ainda há muito mais a avançar até a conclusão desta matéria".
Antes de passar pela CAE, o projeto foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). As alterações ali aprovadas foram acolhidas no substitutivo apresentado pelo senador Claudino.

Fonte: Manoel Castanho - COFECON

Araceli Lemos será candidata ao Palácio dos Despachos pelo PSOL


De acordo com informações em “primeira mão” de um amigo do PSOL, Araceli Lemos será a candidata do partido ao cargo de governadora do estado do Pará. Araceli é professora da rede pública de ensino, foi coordenadora estadual do SINTEPP e da antiga Intersindical dos Servidores Públicos do Estado, além de fundadora do Fórum Paraense de Defesa da Moradia.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Concurso para professor de economia na UFPA


Encontram-se abertas as inscrições para o concurso para professor de economia na UFPA nas disciplinas Economia Política, Macroeconomia e Métodos Quantitativos. Nas três a exigência é o título de doutorado.

PSOL define pré-candidato ao Palácio do Planalto


No último final de semana o PSOL escolheu o senador Randolfe Rodrigues (AP) como pré-candidato à Presidência da República. O nome de Randolfe tem resistências em setores tidos como mais "radicais" porque em 2010 foi necessária uma intervenção da executiva nacional para impedir que o diretório do Amapá fechasse uma aliança com Lucas Barreto (PTB), candidato ao governo apoiado pelo ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB). Eleito ao Senado, Randolfe afastou-se do grupo de Sarney e ajudou o PSOL a eleger em Macapá o primeiro prefeito da legenda numa capital, Clécio Luis.
Já no Pará ainda segue indefinido, ao menos publicamente, quem será o candidato do partido ao Palácio dos Despachos. Dentre os nomes ventilados figuram sempre o de Silvia Letícia, Marinor Brito e Fernando Carneiro. Como é tradição o partido sempre lança candidato a governo e ao Senado.  

A insegurança em Belém do Pará


Quando nem o Chefe da Polícia Civil do Estado do Pará está seguro em nossa cidade é sinal de que a situação está realmente alarmante. Assalto após assalto, morte após morte, a população de Belém vive em um clima de pânico e insegurança real. Espero que não apareça alguém dizendo que há apenas uma “sensação” de insegurança no próximo período eleitoral. A insegurança é real. Diariamente sabemos que pessoas próximas foram vítimas de algum tipo de violência. Neste contexto, um elemento que aumenta a nossa preocupação como cidadão é a incapacidade do poder público de agir proativamente e preventivamente, apesar da boa intenção de alguns.  

Bolha imobiliária no Brasil?


Um dos norte-americanos que venceram o Prêmio Nobel de Economia de 2013, com pesquisas sobre preços do mercado acionário e bolhas de ativos, acredita que as fortes altas nos preços do mercado de ações dos Estados Unidos e do setor imobiliário em algumas cidades do Brasil podem provocar uma perigosa bolha financeira.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A taxa de juros e o ano eleitoral

       Semana passada o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) elevou novamente a taxa básica de juros para 10%a.a. O discurso o tradicional de combate à inflação. Saindo das relações econômicas, e indo para além da ortodoxia econômica, me pergunto se esta trajetória de alta tem relação direta com a proximidade do pleito eleitoral? Lembrando que as instituições financeiras, junto com as grandes empreiteiras, são as principais financiadoras das campanhas. É só uma inquietação.
 
 

sábado, 30 de novembro de 2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Corrupção: a necessidade de mudança cultural

      Para acabarmos com a corrupção no Brasil é fundamental mudarmos esta cultura e a nossa forma de participação no processo político! Lamentavelmente o processo político no Brasil ainda é dominado pelo poderio econômico, que usa e abusa do financiamento das campanhas políticas e da cooptação de parlamentares para formação de uma maioria nas casas legislativas, como foi o exemplo do “mensalão”. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Corrupção e hipocrisia

         Precisamos acabar com a hipocrisia em nosso país. É a hipocrisia que proclama que só é corrupção algo que é praticado por outros. Véspera de processo eleitoral esta prática aparece travestida desde favores, prestações de serviços públicos, patrocínio a atividades culturais, até a compra de voto explícita feita por aqueles que doam milheiros de tijolo, telhas, areia, cimento, camisas, dentaduras, óculos, consultas médicas, cadeiras de rodas, cestas básicas, ou promessa de emprego, dentre outras inúmeras promessas.
        Muitos de nossos eleitores votam em um candidato não pelas qualidades que ele possuirá como gestor ou legislador, mas pelos favores presentes ou futuros que ele poderá ofertar! Ao fazermos isto, estamos trocando o direito por uma sociedade melhor, pela eterna dependência de práticas paternalistas, fisiologistas, patrimonialistas, personalistas e coronelistas. Pior, estamos nos auto condenando a perpetuação da nossa condição de sociedade subdesenvolvida, com vergonhosos índices de exclusão social. Além disto, estamos abrindo mão de nosso direito democrático de lutar e reivindicar uma sociedade melhor, mais justa, mais igualitária, que gere efetivas oportunidades de inclusão social.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Congresso Estadual do PPS


Curso de capacitação e formação de pregoeiros e SRP é realizado no Corecon-PA


O Corecon-PA traz para a cidade de Belém o curso de Capacitação e Formação de Pregoeiros e SRP, com o objetivo de fornecer conhecimentos gerais, procedimentos e orientações acerca de pregão presencial e eletrônico. Com carga horária de 16 horas, o curso será realizado nos dias 11 e 12 de dezembro, na sede do Conselho Regional de Economia do Pará.

Queda da pobreza e melhoria da distribuição pessoal de renda permite falar em nova classe média?


Participei hoje à tarde, como pauta da 653ª Plenária Ordinária do Conselho Federal de Economia, do debate “Queda da pobreza e melhoria da distribuição pessoal de renda permite falar em nova classe média?”, proferida por Jorge Abrahão de Castro, Doutor em Economia e Diretor da Diretoria de Planejamento da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento.
De acordo com a sua palestra é possível concluir que na última década:
1.  Não houve alteração do estoque de riquezas, na posse do volume de patrimônio. Pelo contrário, a elite econômica brasileira manteve o seu estoque de riqueza inalterado. Ou seja, não houve redistribuição, mas sim distribuição, que levou a diminuição da pobreza e da desigualdade;
2.  A distribuição da renda que aconteceu é explicada pela dinâmica do mercado de trabalho (com o aumento do salário mínimo acima da produtividade média do trabalhador), pelo Programa Bolsa Família (que responde por algo em torno de 0,6% do PIB e atinge 50 milhões de brasileiros), e pela dinâmica previdenciária recente (também atrelada à questão do salário mínimo);
3.  A manutenção desta dinâmica distributiva só terá sustentação com a construção de um cenário de crescimento econômico do país;
4.  Atualmente o salário mínimo impacta diretamente 30 milhões de trabalhadores e indiretamente 120 milhões de brasileiros;
5.  Atualmente, segundo dados do IPEA, a população brasileira está fatiada da seguinte forma: 43% não pobres, 43% vulneráveis e 16% pobres e extremamente pobres;
6.  A manutenção de parte da população na situação de pobreza e extrema pobreza é consequência da sua baixa empregabilidade;
7.  A “nova classe média”, muito mais um instrumento de marketing político, é composta por trabalhadores que ganham acima de 2 salários mínimos mensais e que passam a ter um perfil de consumo “similar” ao de uma classe média, explicado, também, pelo aumento do crédito e do endividamento destas famílias. Em geral esta “nova classe média” permanece em condição de vulnerabilidade social;
8.  Há no país uma dicotomia entre o gasto público e a política tributária, os gastos são progressivos e a tributação é altamente regressiva. Ou seja, com uma mão o governo dá para os mais pobres e com outra ele tira dos mais pobres que pagam proporcionalmente mais impostos;
9.  Os 20% mais ricos da população brasileira possuem 63% do estoque da riqueza nacional, enquanto os 20% mais pobre da população possuem apenas 4,2%;
10.          A perpetuação e a melhoria da distribuição de renda no país está diretamente vinculada a aspectos relacionados a educação, reforma tributária, políticas afirmativas e distributivas, salário mínimo, aumento da empregabilidade e crescimento econômico;
11.          O pagamento de juros e amortizações da dívida pública, advindas de uma política monetárias ortodoxa com juros elevados, consolida-se como o pior tipo de gasto público posto apresentar baixo efeito multiplicador, elevado vazamento, baixo efeito distributivo e pouco retorno social;
12.          A quantidade de brasileiros beneficiados pela transferência de renda oriunda do pagamento de juros e amortizações da dívida pública ainda é uma caixa preta, mas certamente é um número reduzido da população. Assim, a política monetária ortodoxa condena a sociedade brasileira à manutenção da elevada desigualdade social existente no país.

A “micro corrupção”

       Percebo que muitos se escandalizam com notícias que são dadas sobre corrupção no Brasil, mas os mesmos acabam no dia a dia praticando atos “não percebidos” de corrupção. A “micro corrupção”, como chamo os pequenos desvios de conduta moral do dia a dia, passa para muitos como algo despercebido. É a lógica do individualismo e do se dar bem! Quem nunca presenciou alguém furando uma fila, por exemplo? Ou se prevalecendo de contatos privilegiados para obter favores ou facilidades?

terça-feira, 26 de novembro de 2013

TJPA prioriza Controle Interno


A presidente do TJPA, desembargadora Luzia Nadia Nascimento, abriu, na manhã desta segunda-feira, 25 no auditório do Fórum Cível de Belém, o II Seminário de Controle Interno do Tribunal de Justiça do Pará, que tem como foco “O Controle Interno e a governança estratégica do Poder Judiciário do Pará”.  Para a dirigente, o Controle Interno é prioridade para sua gestão. “Desde o momento em que fui eleita para dirigir o Judiciário paraense, no biêncio de 2013/2014, compreendi com muita clareza que o fortalecimento do controle interno seria uma das minhas mais nobres realizações”, disse durante o evento. Ela ressaltou que os avanços do controle interno sinalizam o fortalecimento da gestão. 
O evento direcionado aos chefes, coordenadores e diretores das unidades organizacionais do TJPA, contou com a participação do secretário de Controle Interno do CNJ, Salatiel Gomes dos Santos. O secretário abordou “os desafios do Controle Interno no Poder Judiciário Brasileiro”.
Eduardo José Monteiro da Costa, secretário de Controle Interno do Tribunal, proferiu palestra sobre “Governança Estratégica e o Controle Interno do TJPA”. Na abordagem, o secretário destacou a importância no cumprimento das metas, que visam, em linhas gerais, fortalecer a estrutura do Judiciário para realização das atividades de administração, fiscalização e avaliação dos controles internos.  Conforme frisou o secretário de controle interno, o objetivo é disseminar as atribuições e competências do controle interno no âmbito do Poder Judiciário.
 
 
O Judiciário do Pará é o 2º mais avançado em termos de Controle Interno, com 88% do cumprimento da Meta 16, do Conselho Nacional de Justiça, conforme informou o secretário de administração do TJPA, Igor Abdon, com base em dados do CNJ. O secretário destacou a importância em avançar com o controle interno, e projeta para o começo do próximo ano que esse percentual deverá atingir quase 100% de cumprimento.
Durante o evento foi apresentado o Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna de 2014, pela chefe de divisão Leila Márcia Elias. Em seguida Eliana Vasques, da Divisão de Auditoria, apresentou o Sistema (programa) de auditoria interna (AUDI), desenvolvido pelo servidor Carlos Jatene em parceria com técnicos da Secretaria de Informática do TJ.

Fonte: Coordenadoria de Imprensa
Texto: Glória Lima

PPS elegerá novo Diretório Estadual

          
Acontecerá no próximo sábado, dia 30 de novembro, o Congresso Estadual do PPS no Pará. Com as declarações do atual presidente estadual da legenda, Deputado Arnaldo Jordy, de que não pretende concorrer a reeleição, articulações internas no partido estão acontecendo para definir quem estará a frente do projeto partidário nos próximos dois anos. Até o momento apenas o Deputado Estadual Augusto Pantoja demonstrou publicamente intenção de concorrer. Pantoja vem defendendo como bandeiras a alternância, a transparência, a democracia interna e um papel mais incisivo do PPS no cenário político estadual. Outros nomes que são especulados são o do prefeito de Tucuruí, Sancler Ferreira, e o do vereador por Belém, Elias Almeida, que segundo “especulações”, estaria sendo apoiado por Jordy.
Torço para que os debates que acontecerão em torno das candidaturas aconteçam com a diretriz de fortalecer e unir o partido. Espero que também haja espaço para um amplo debate com a militância sobre as teses partidárias e sobre as diretrizes futuras do partido.
 
 

A eleição interna do PT e o futuro político do partido no Pará


Findada a eleição interna do PT no Pará, com a vitória do Deputado Milton Zimmer, é possível aventar algumas conclusões e suposições:
1.   As tendências “Articulação Socialista” e “Democracia Socialista” fortaleceram-se nos últimos anos;
2.   A tendência “PT pra valer”, outrora amplamente hegemônica está cedendo espaços na articulação interna para outras tendências;
3.   O Paulo Rocha sai fortalecido do processo como virtual candidato ao Senado pelo partido;
4.   Apesar do discurso de que a coligação com o PMDB será decidida pela militância, a composição ainda em primeiro turno com Helder Barbalho parece ganhar a cada dia mais força;
5.   A eleição para presidente do PT estadual de um representante do Sul do Pará dificultará ainda mais o projeto tucano naquela região.

O arco de alianças para 2014


As articulações políticas caminham para o enfrentamento de três projetos de poder na eleição para governo do estado do Pará em 2014, tendo como partidos nucleadores o PSDB, o PT e PSOL. Pelo desenho atual das prováveis coligações são:

Em torno do projeto do PSDB: PSD, PPS, PEN, PSDC, PTC, PMN, PRP, PTB, PSB, PRB, PSC, PTdoB, DEM e PP.

Em torno do projeto do PMDB: PT, PHS, PSL, PPL, PCdoB, Pros, PRTB, PR e PDT.

Em torno do projeto do PSOL: PSTU, PCB e PCO.

Ainda indefinidos: PV e PTN.

A corrupção e a questão cultural

          Estou convencido de que o problema da corrupção no Brasil é cultural. Em primeiro lugar é fato que só existe o corrupto por que existe o corruptor. E quando pensamos em corrupção no país pensamos logo na figura do político, mas ela está em todos os ramos de nossa sociedade. Existe corrupção quando alguém tenta se livrar de uma multa pagando uma “merenda” para o guarda! Existe corrupção quando ao se fazer um boletim de ocorrência na delegacia é cobrado um valor para a “cervejinha” do escrivão! Existe corrupção quando em uma sala de aula algum aluno negocia com o professor facilidades na avaliação! Existe corrupção quando pagamos para alguém um lugar em uma fila! Existe corrupção quando forjamos notas fiscais ou recibos para aumentamos a nossa restituição no imposto de renda! Existe corrupção quando no processo eleitoral o voto é trocado por algum favor ou vantagem!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A vaga para o Senado em 2014: a campanha que esperamos


Muito mais do que bem elaborados programas de marketing eleitoral, esperamos que a próxima eleição seja uma arena de discussão democrática acerca dos desafios que temos como sociedade para superarmos os nossos péssimos indicadores sociais e a nossa condição de sociedade subdenvolvida e periférica, mudando com isto a nossa trajetória histórica de desenvolvimento. Neste contexto, contudo, compete ao eleitor uma participação mais proativa e um voto mais consciente, estando, portanto, em suas mãos uma importante arma para mudança deste quadro.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Comentários ao documento base de discussão do XII Congresso Municipal do PPS/Belém

Por uma nova agenda para o Brasil: nova economia, nova política, nova agenda para o Brasil – comentários ao documento base de discussão do XII Congresso Municipal do PPS/Belém

Eduardo José Monteiro da Costa
 
Este pequeno ensaio tem por objetivo apresentar algumas reflexões pontuais sobre o papel do Partido Popular Socialista (PPS) na dinâmica política do município de Belém e do estado do Pará. Caracteriza-se, portanto, por ser um convite à militância para a discussão dos rumos do partido para os próximos anos por ocasião do XII Congresso Municipal do PPS/Belém” organizado pelo Diretório Municipal do PPS de Belém na data do dia 23 de novembro de 2013. 
 
Movimentos de rua no Pará: a falta da identidade “cabana” 
 
Indiscutivelmente o ano de 2013 entrou para a história do Brasil como o ano em que a sociedade mostrou publicamente a sua indignação para com o cenário político nacional. A sociedade brasileira aparentemente rompeu o seu imobilismo histórico e foi as ruas protestar principalmente contra os péssimos serviços públicos. Passe livre no transporte público, melhores hospitais, 10% do PIB para a educação, diminuição da carga tributária, luta contra a corrupção, dentre outros, foi o clamor de milhares de manifestantes.
Coloquei propositadamente a palavra “aparentemente” porque a dimensão das movimentações de rua somente poderá ser corretamente avaliada dentro de uma análise histórica retrospectiva capaz de sistematizar os múltiplos determinantes deste processo e de avaliar se as mesmas foram para além de “espasmos” sociais momentâneos. No correr dos fatos nos faltam elementos objetivos para avaliarmos a real dimensão e os efetivos resultados destes movimentos. Pelo menos em sua amplitude.
Especificamente no caso do estado do Pará mais uma vez a população paraense, ou os manifestantes que foram as ruas, em grande parte, ficaram a reboque do processo, parafraseando os acontecimentos germinados noutras partes do Brasil e difundidos via mídias sociais e demais meios de comunicação, sem a existência de um comando unificado. Em grande parte, nos limitamos a copiar as lutas de lá sem tentarmos fazer as devidas mediações para com as necessidades de cá. Muitas reivindicações atendiam a demanda particular de movimentos organizados. Outras, apesar de socialmente legítimas, enfrentavam apenas o fenômeno aparente, deixando intacta a essência que perpetua o status quo político e social de nosso estado, perpetuando com isto a condição de sociedade subdesenvolvida, com alarmantes indicadores de desigualdade (exclusão) social e regional.   
Chama a atenção o fato de que politica e socialmente não conseguimos ainda resgatar a nossa identidade “cabana”, colocando na pauta de nossas reivindicações a problemática que realmente nos condiciona como região periférica, subdesenvolvida, simples “almoxarifado” do desenvolvimento alheio. Temas como a Lei Kandir, a questão da cobrança do ICMS de energia elétrica somente no destino, a exigência das condicionantes no processo de licenciamento ambiental dos grandes projetos, a derrocada do Pedral do Lourenço, a questão da verticalização minerária, a necessária reforma do pacto federativo, a problemática do Marajó com seus péssimos indicadores sociais foram homericamente omitidas. Sucumbiram frente à luta do passe livre!
Definitivamente a superação da condição de subdesenvolvimento e periferia é antes de tudo um projeto político, que deve ser legitimado e amparado socialmente. Em parte a nossa “miopia” social frente aos temas que realmente deveriam estar em nossa pauta social se deve de um lado de nosso lamentável quadro ético-educacional – neste ponto não podemos confundir educação com informação –, derivada em parte de nossos específicos aspectos culturais e institucionais, e de outro da falta de lideranças políticas comprometidas com um efetivo projeto político de transformação social. Isto nos remonta de um lado a forma como o processo eleitoral é construído no estado e ao papel que os partidos políticos atualmente vem desempenhando.  
 
O processo eleitoral no estado do Pará: a luta dos projetos de poder 

As últimas eleições para governo no estado do Pará têm sido caracterizadas pelas disputas por projetos de poder de grupos políticos e/ou econômicos. Claramente as campanhas eleitorais são construídas em torno de centros gravitacionais de poder historicamente bem definidos. Não observamos projetos efetivamente comprometidos com a transformação social e a construção de uma sociedade mais justa, um projeto de Estado capaz de transcender inúmeros governos ou de sobreviver à alternância de poder, e de apontar um horizonte de planejamento de longo prazo dentro de um projeto de sociedade. Mas sim projetos de perpetuação no poder, ou de tomada do poder, simulacros de projetos de governo.
Neste contexto, no processo eleitoral – no qual não vemos pautado um projeto de Estado – os projetos de governo sucumbem ao marketing eleitoral ante ao pragmatismo político e a uma sociedade que ainda não aprendeu a participar com maturidade do processo eletivo. As questões que são fundamentais para o desenvolvimento do estado do Pará apenas margeiam as propostas e os debates. E quando o fazem, constam apenas como parte de uma estratégia de campanha, sendo imediatamente abandonadas, ou deixadas em segunda instância, pelo lado vencedor.
Após a vitória a prioridade do governo passa a ser condicionada pelo ciclo político eleitoral atualmente de caráter bianual, com as ações direcionadas para a eleição do maior número de prefeitos e vereadores e, posteriormente, para a manutenção no poder do grupo político hegemônico. Qualquer resquício de um projeto de governo sucumbe definitivamente ao pragmatismo de ações que viabilizem a manutenção no poder. É a lógica do poder pelo poder.
Se isto já não bastasse, em determinados espaços a burocracia pública passa a ser inchada para dar lugar a uma militância em parte descomprometida com o serviço público e com projetos de sociedade, e que não possui a devida meritocracia para ocupar determinados cargos. Estão ali para aparelharem politicamente os órgão e operarem em prol de projetos pessoais ou de grupos. É o fenômeno que chamo de “baixa politização” de espaços técnico-burocráticos.
Somado a isto, para garantir a governabilidade, o governo precisa obter maioria no Poder Legislativo, garantindo maior tranquilidade na aprovação dos projetos que são de seu interesse e a aprovação de suas contas. Assim, negocia espaços na gestão para composição de uma base aliada. Contudo, ao ceder espaços para composição política, em certo grau perde unidade em termos de coordenação da gestão na medida em que os gestores indicados partidariamente irão gerir, em certa medida, em prol dos seus interesses. Ao mesmo tempo ainda prevalece o paradigma da gestão setorializada das políticas públicas, compondo um mosaico de interesses que dificilmente se coadunam em um projeto de governo, muito menos de Estado. É a lógica do “cada um no seu quadrado”, promovendo uma gestão ineficiente, pouco integrada e com baixa capacidade de dar resposta às demandas sociais.  
Neste paradigma, as ações de curto prazo assumem forte hegemonia e a gestão passa a ser pautada prioritariamente por ações de marketing político. Pensar o longo prazo atrelado a um projeto de Estado para a sociedade passa a ser algo distante, uma mera utopia, coisa para a academia, idealistas ou “velhos”, no sentido de ultrapassados, militantes (sic.).
Igualmente, visando garantir apoio, principalmente na época da eleição, a gestão passa a ser eivada de “anéis burocráticos” comprometidos com grupos privados financiadores das campanhas. Prevalece a cultura da “captura de renda” com o lobista se configurando como sendo figura comum em alguns órgãos públicos. Obras são cuidadosamente selecionadas. Processos licitatórios direcionados. Um circuito favorecido pelo ainda não fortalecido sistema de controle interno e social. É a rasteira política do toma lá dá cá!
Mexer em interesses políticos e/ou econômicos passa a ser desaconselhável para o projeto de perpetuação no poder. Logo, a tendência é a da manutenção do status quo político e econômico, com a perpetuação da condição de pobreza e miséria de grande parte da população. É este contexto que tende a consolidar uma sociedade subdesenvolvida na qual a desigualdade social passa a ser a sua expressão maior. Lembremos que a superação da condição de subdesenvolvimento é acima de tudo um projeto político-social, que representa mudança no status quo político e econômico. Representa em mexer em zonas de interesse, desarranjar, importunar, constranger os interesses deletérios a coletividade e ao projeto social. Implica, portanto, na eleição de rumos. E, para isto, os partidos políticos, no contexto democrático atual, deveriam ser sujeitos fundamentais deste processo.  

 
Documento base para discussão dos congressos municipais e estaduais do PPS 

 
Quinta-feira a noite, dia 21 de novembro de 2013, dia anterior a elaboração deste ensaio, tive acesso, na sede municipal do PPS em Belém do Pará, ao documento denominado “Nova economia, nova política, nova agenda para o Brasil”, documento que se propõe a servir de base para os congressos municipais e estaduais do partido. Li atentamente o documento na esperança de encontrar diretrizes concretas de atuação partidária para os próximos anos, capaz de enfrentar os desafios postos aos partidos políticos, dentre eles ao PPS, e a sociedade. Listo alguns: falta de projetos estratégicos de nação, para a Amazônia e para o estado do Pará; recorrentes casos de corrupção no cotidiano político; descrédito generalizado e desinteresse da sociedade, em especial dos jovens, pela política e pelo movimento partidário; incapacidade do PPS em influenciar a formulação e a gestão de políticas públicas em sentido amplo; incapacidade do PPS em aglutinar em suas fileiras uma militância ideológica que tenha o real compromisso com a transformação social; além da manutenção de uma sociedade da desigualdade e da exclusão.
Ante a esta expectativa, me deparei com um documento em parte confuso, e superficial no enfrentamento destas questões, mas que apresenta pontos importantes. Compartilho a seguir alguns pontos que considero fundamentais para o debate:
1.     Em alguns momentos o documento parece uma carta de adesão a crítica ao PSDB e um repto raivoso ao PT. Desta forma, cai na armadilha da polarização entre dois partidos políticos, deixando a impressão de que não existe via alternativa, ou quando tanto, parece creditar ao REDE e ao PSB este papel, renunciando o PPS, assim, ao protagonismo na construção de um projeto alternativo. Será que ao PPS cabe apenas o papel de partido aderente, ou é necessária maior ousadia na proposição e no enfrentamento dos desafios postos ao Brasil e ao Pará por parte do partido?
2.     Destaca que no plano econômico do governo Fernando Henrique Cardoso houve a consolidação de condições de estabilidade dando início a um ciclo de crescimento econômico. Continua destacando, dentre outros fatores que o governo tucano escapou da armadilha cambial e promoveu privatizações. Não resta dúvida que a estabilidade monetária alcançada com o Plano Real foi importante para a sociedade brasileira, contudo, o ciclo de crescimento econômico destacado não passa de proselitismo político aderente. Qualquer aluno de economia sabe que a década de 1990 foi denominada de “segunda década perdida” em função das baixas taxas de crescimento econômico. O Plano Real longe de inaugurar um ciclo de crescimento econômico, em que pese ter obtido sucesso na contenção da inflação, condicionou a economia brasileira a um período de “voo da galinha”, com um modelo econômico ortodoxo, pautado em altas taxas de juros, vulnerabilidade financeira e cambial, aumento da carga tributária, desindustrialização, crescente comprometimento do orçamento público com pagamento de juros e amortizações da dívida pública e baixa capacidade de intervenção em termos de políticas públicas, só para listar alguns desafios;
3.     Cita, criticamente, que o programa de transferência de renda expandiu-se, ao invés de diminuir, e que o aumento real do salário mínimo esbarra hoje no baixo crescimento da economia. Em que pese isto, defende a continuidade das políticas de transferência de renda existentes, com maior controle sobre a seleção de beneficiários e a partilha de responsabilidade por sua implementação com os governos municipais;
4.     Apesar desta discussão, negligencia o cerne do problema que está hoje num modelo econômico que condiciona ao Estado brasileiro, e a sua sociedade, o maior e mais oneroso programa de transferência de renda do mundo, e que compromete mais de 40% do orçamento público federal somente com pagamento de juros e amortizações da dívida pública, deixando muito pouco para saúde, educação, segurança, infraestrutura, saneamento... Este programa de transferência de renda, que tira recursos da sociedade brasileira e que transfere para o sistema financeiro é que efetivamente está na raiz da atual incapacidade do Estado brasileiro de fazer o enfrentamento dos desafios econômicos e sociais. E, o documento base de discussão elaborado, omite, lamentavelmente, este debate, apesar de em determinado momento afirmar que a posição do partido é em favor dos trabalhadores, dos excluídos e das vítimas de discriminação e opressão de qualquer tipo;
5.     Em alguns momentos torna-se um documento confuso, abstrato, com ideias pouco concatenadas que direcionem efetivamente a um projeto partidário para ação concreta em nossa realidade. É um documento que se apresenta, desta forma, distante da militância, e que, portanto, não “incendeia”, não agrega, não instiga concretamente ao debate. Parece um amontoado de argumentações escritas por várias mãos sem o cuidado de organização necessário para se constituir efetivamente em uma tese;
6.     Peca por não apresentar a ousadia de lançar um projeto alternativo de nação, em que pese propor afirmativamente ações concretas em termos das reformas política, administrativa e tributária. Defende a reforma política em torno do voto distrital misto, com lista fechada, alternância de sexos na lista, financiamento público de campanha e o retorno ao parlamentarismo. Defende a rediscussão da estrutura do Estado brasileiro ao lado do fortalecimento dos mecanismos de fiscalização e controle. Defende a rediscussão do pacto federativo tributário nacional com redefinição do financiamento do Estado e repactuação da partilha dos recursos e das responsabilidades, ao lado do fortalecimento do poder local, num direcionamento claramente municipalista. Defende o enxugamento dos cargos de livre provimento com paralelo fortalecimento dos instrumentos gerenciais e participativos da gestão pública, com necessária transparência;
7.     Lamentavelmente omite do debate a questão “Amazônia”. Além de não apresentar um efetivo e sedimentado projeto de nação, não apresenta, apesar do compromisso com a sustentabilidade e com o programa cidades sustentáveis, um projeto nacional para a Amazônia, que lamentavelmente permanece no centro dos interesses internacionais, mas na periferia do interesse nacional;
8.  Além do compromisso com a sustentabilidade, apresenta um positivo compromisso com a equidade e a democracia. Define, inclusive a necessidade de ampliar a democracia interna do partido, propondo como caminho a prática da direção coletiva com o rodízio nos cargos de maior responsabilidade decisória, em especial na presidência, secretaria e tesouraria;
9.     Finalmente, dentro de um partido que precisa rediscutir amplamente com a militância o significado moderno da palavra “socialismo”, define o socialismo como “modo de regulação de sociedades de economia de mercado, como regra de distribuição do trabalho e seus produtos”. Afirma que ainda é possível pensar uma alternativa ao capitalismo, mas rejeita o modelo soviético. 

 
Uma agenda propositiva para o PPS em Belém e no Pará: “O PPS que queremos!” 

 
Atualmente existem mais de 30 partidos políticos no Brasil. Este grande número é reflexo de um lado do total descrédito da população frente aos partidos existentes; de outro do campo de negociação pecuniária que se tornou o processo eletivo. Lamentavelmente o que corre por aí é que política não é coisa para gente séria – deveria ser o contrário!
 Uma análise mais acurada irá certamente apontar que as manifestações de rua demonstraram cabalmente o fato de que os brasileiros estão carentes de referências, de lideranças que sejam capazes de aglutinarem toda esta insatisfação das ruas canalizando o debate para o seio do processo político, e somente como consequência disto, para o processo eleitoral.
O Pará é emblemático neste ponto. Não há dentro dos partidos políticos existentes no estado um amplo debate sobre qual seria um efetivo projeto de desenvolvimento para o estado do Pará, ou sobre qual seria a nossa agenda estratégica? O debate é condicionado ao ciclo político, à eleição seja do candidato majoritário, seja da maior bancada na eleição proporcional. E, chegando ao poder, em grande medida a meritocracia da gestão sucumbe ao aparelhamento político-partidário, muitas vezes de uma militância não preparara para assumir a função de gestor público. É o reino dos cargos comissionados (DAS como são chamados).
Atualmente os partidos políticos são muito mais formados por militantes que querem o seu quinhão do que por agentes de transformação social (idealistas) – observem que não estou generalizando, existem ainda nichos de uma militância séria, comprometida com a mudança social, mas, lamentavelmente, em minoria. Esta militância não participa dos partidos com o intuito de ser um efetivo agente de transformação social, consolidando-se como parte de uma engrenagem que move a mudança social. Mas aproxima-se, antes de tudo, com interesse de ocupar espaço, de obter o seu quinhão. O discurso muitas vezes é politicamente correto. Mas a prática é a da velha política – patrimonialista, paternalista, assistencialista, clientelista, fisiologista – na qual o apoio político é dado não por convencimento, por idealismo, mas por negociação de espaço ou, pior, de valores pecuniários.
Dado este quadro, como podemos esperar que a população, em grande parte politicamente sem referência, possa com maturidade ir às ruas dentro de um “novo movimento cabano” lutar pelos interesses do Pará? 
Finalmente, do que foi até agora exposto deduz-se que a mudança na trajetória de desenvolvimento do estado do Pará perpassa, em parte, pela mudança na postura dos eleitores e dos partidos políticos. Assim, atendo-se especificamente na questão dos partidos, destaco para reflexão 10 fundamentos para a construção de um partido político sério na atualidade, reflexão esta que considero fundamental para os congressos municipais e estadual do PPS: 
1. Não adianta fundar novos partidos, mudar de nome ou fundir siglas, se o elemento básico de sua constituição, o "ser humano", está, em geral, corrompido nos seus valores éticos;
2. Como consequência, um dos principais desideratos de um partido sério deveria ser o resgate dos valores éticos e a seletividade moral dos seus quadros;
3. Um partido político sério se sustenta em teses partidárias democraticamente debatidas e sedimentadas;
4. Possui uma dinâmica de formação política que não se sustenta na promoção de "lavagem cerebral" ou de doutrinação ideológica, mas na construção de uma consciência crítica e na ampliação da visão de mundo quer seja de sua militância em sentido estrito, quer seja da sociedade em sentido amplo;
5. Assenta-se sobre um projeto de sociedade, e não em projetos de poder, quer sejam individuais ou de grupos;
6. Não pensa na dinâmica eleitoral apenas em formar grandes bancadas, mas em eleger quadros que tenham compromisso com as teses partidárias e com a sociedade. Quadros que façam efetivamente a diferença em prol da sociedade;
7. Fomenta a participação política com base no altruísmo e não nas vantagens individuais;
8. É formada por uma militância que orbita os mandatos com o objetivo de exercer o controle social das políticas públicas e com a finalidade de contribuir para o exercício legislativo ou administrativos, e não para se prevalecer de favores e benesses. É composto, portanto, por uma militância que quer servir ao público e não se servir da coisa pública;
9. Assenta-se na renovação de ideias e na gestão colegiada (democrática);
10. Precisa incorporar em suas bandeiras de luta uma agenda efetivamente cabana, com ações e políticas concretas de desenvolvimento para o estado do Pará, capazes de mudar a trajetória histórica e excludente de desenvolvimento do estado. O Pará precisa deixar de ser mero almoxarifado do desenvolvimento alheio e ser reconhecido como espaço concreto de inclusão e desenvolvimento social!