Aconteceu na noite de ontem, dia 07 de novembro, o primeiro debate sobre o separatismo na região que pretende se separar do estado do Pará para a criação do estado de Carajás. O evento foi organizado pelo Partido Renovado Trabalhista Brasileiro (PRTB) e coordenado pelos corajosos Edilson Braga Júnior e Elton Braga e pelas lideranças locais do partido. Isso mesmo, a coragem destes democratas precisa ser destacada. Pude ver a grande pressão que os mesmos receberam para não realizar o debate.
Como o evento era inevitável a turma do Sim realizou no município uma grande operação para desmobilizar o evento. Uma faculdade conhecida do município ao saber que os alunos estavam se programando para ir para o debate resolveu passar atividade valendo avaliação com o objetivo de segurá-los na universidade e impedi-los de terem acesso a informações. Belo exemplo de democracia! Assim ensinamos os nossos alunos no caminho do conhecimento e da liberdade! (sic.)
Apesar da “operação desmobilização” o evento, denominado “Seminário Prós e Contra o Separatismo”, foi um sucesso. Cerca de 300 pessoas compareceram ao Centro de Convenções de Tucuruí para assisti ao debate que foi monitorado pela Justiça Eleitoral através de seu representante, Claudio Mendes. A atividade foi moderada pelo membro da executiva municipal do PRTB, Guaraci, e teve as participações minha (Eduardo Costa), pelo Não, e do professor Ronaldo Pinheiro da Faculdade Gamaliel, pelo Sim.
No decorrer do evento percebi qual era o temor dos separatistas. Os seus argumentos são muito frágeis. Limitam-se a ironias e a jogarem o povo da capital contra o do interior. “A culpa de tudo de ruim que acontece no interior é do povo da capital!” (Sic). Além disto, a população local está muito dividida. Diria que a proporção é muito parelha entre os defensores da unidade do estado, os da divisão e os indecisos.
Destaca-se que este foi o primeiro debate sobre a divisão no pretenso estado de Carajás. Enquanto por aqui fazemos questão de dar oportunidade aos defensores do sim para exporem os seus argumentos, por lá a lógica é de não dar espaço para o contraditório. Fica um recado, não se constrói uma sociedade digna colocando “cabresto” no povo!
Olá, Eduardo, demorou, mas encontrei seu Blog. Pelo que vejo, faltaram algumas informações neste seu texto sobre o referido debate, não sei se por falta de informação ou se por omissão da mesma. No entanto, não seja extremista em classificar como frágil a votade de povo ter direito ao que é de fato seu, o direito a gerir o que é seu, mas como jogar o povo da capital contra o do interior, se a capital está totalmente contra o interior. As ações do governo estadual são todas para Belém e região metropolitana, nunca para o interior. Veja as propagandas do governo do Pará afirmando que produziu asfalto para o Pará, mas o interior continua morrendo em buracos e paga altos impostos. A carga tributária sobre o povo é muito grande, os retornos mínimos. Os ditos moradores da capital só vem ao interior pedir voto ou buscar seja lá qual for outro benefício. O Povo continua deixado a margem do progresso e do respeito. A ideia de "separatista" não passa de um preconceito, pois todo e qualquer ser tem direito a se separar daquilo que apenas o suga. Democracia é ditadura da maioria. O plebiscito foi um ato democrático. mas não foi um ato para atender aos interessados, pois se maquiou uma realidade para se continuar sugando o povo do sul Paraense, eles estão sendo obrigados a serem paraenses, ser explorado pela sede do poder e continuam sem poder participar da gestão e da distribuição das riquezas. Aguardo seu email: ronaldofpinho@gmail.com
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