A corrupção vem se constituindo como um mal crônico da sociedade brasileira. É reflexo de uma sociedade que vive um momento na qual os valores estão seriamente invertidos e de uma cultura individualista na qual o bem estar coletivo fica em segundo plano. O problema é que a corrupção acaba afetando a qualidade de vida da população como um todo na medida em que os recursos desviados deixam de cumprir a sua finalidade e a prestação de serviços públicos permanece precária.
De acordo com estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) nos últimos 10 anos foram desviados no Brasil aproximadamente 720 bilhões de reais dos cofres públicos. Anualmente são desviados cerca de 85 bilhões de reais pela corrupção. É um dado alarmante. Ou seja, cerca de 2,3% do PIB nacional anualmente são desviados por burocratas e políticos corruptos que em vez de servirem a coisa pública acabam ocupando cargos para se servirem da coisa pública. O Estado em vez de estar a serviço da população acaba a serviço de uma pequena elite política e econômica que circunda a burocracia pública em troca de favores e oportunidades ilícitas de enriquecimento.
Com o que é desviado anualmente dos cofres públicos seria possível construir 28 mil escolas públicas; formar 312 mil médicos; concluir com sobras todas as obras da Copa do Mundo do Brasil em 2014 e das Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016; pagar 17 milhões de sessões de quimioterapia para tratamento do câncer; custear 32 milhões de diárias em UTIs nos melhores hospitais particulares; construir 241 quilômetros de metrô nas principais cidades brasileiras; construir 33 mil unidades de pronto atendimento 24h; construir 36 mil quilômetros de estradas, ampliando a malha rodoviária do país em aproximadamente 20%; construir 1,5 milhão de casas populares; custear em apenas um ano mais de duas usinas do porte de Belo Monte; e erradicar a miséria do Brasil tirando desta situação mais de 16 milhões de pessoas.
Estes dados mostram que a população brasileira paga um preço muito alto pela corrupção no país. Não dá mais para ignorar este problema. Não tem como fingir que ele não nos afeta. Precisamos dar um basta nisto. A sociedade precisa ser levada a sério!
A corrupção é mais extensa e sem escrúpulo ainda na nossa Belém. Com vários e a maioria dos representantes políticos parlamentares comprometido com as propinas a solta no Palácio Antônio Lemos. É preciso a população e a sociedade civil organizada de Belém e seu entorno iniciar efetivamente ações de: FORA “OS FICHAS SUJAS” DA CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM E DO PALÁCIO ANTONIO LEMOS. Vamos renovar o quadro político de Belém nesse ano marcado pelos grandes momentos escrupulosos da corrupção em Belém, no Pará e no Brasil. Fora vereadores corruptos e associados dos “fichas” sujas!!
ResponderExcluirOlá, Eduardo!
ResponderExcluirTudo bem?
Se possível, poderia me passar o link referente a esse estudo da FIESP? Gostaria muito de saber como estimaram esse percentual (é algo que pretendo trabalhar futuramente em meus estudos e artigos).
Parabéns pela série de posts sobre o tema. Informativos, instigantes e, sobretudo, indignadores.
Um abraço
Rafael