Redigi algumas linhas em um artigo
alusivo a comemoração da Semana do Economista no ano de 2010 que foi publicado
em um jornal local na minha cidade natal, Belém do Pará, e depois passou a
compor um artigo em um livro de coletâneas analíticas sobre a profissão que
organizei chamado “O Economista e a Sociedade”. Transcrevo a seguir parte do
que escrevi: “O economista destaca-se no mundo global e instantâneo
contemporâneo por sua formação holística. É ao mesmo tempo técnico e Cientista
Social. Domina matemática, estatística e econometria tão bem quanto transita
pela história, geografia, filosofia, sociologia e política. Vai da dimensão
temporal para a espacial com extrema facilidade. Enxerga o global sem perder o
olho do particular, e o particular com uma perspectiva global. Discute e
interage com questões gerais tão bem quanto é pragmático na resolução de
problemas específicos. Atua no setor privado, público ou terceiro setor. É
conhecido por ser o profissional da prosperidade, seja no âmbito micro, quando
procura melhorar o desempenho das empresas, ou no âmbito macro, quando procura
interferir na economia nacional e mundial com objetivo de acelerar o
crescimento econômico sustentado. Entretanto, engana-se quem pensa que o
Economista é apenas um profissional da riqueza, do dinheiro. Acima de tudo o
Economista é o profissional do bem-estar social. É um interprete da sociedade
que se coloca também como importante agente de transformação da própria
sociedade. Pensa, desta forma, caminhos e alternativas de desenvolvimento de
modo que as condições de vida da sociedade como um todo melhore. É o
profissional que busca a prosperidade, mas não perde o foco da pobreza, da
miséria e do meio-ambiente. Pelo contrário, busca construir uma sociedade mais
justa e igualitária, na qual todos tenham acesso às condições básicas de
inserção social. É um profissional que pensa o abstrato sem perder a
sensibilidade do concreto. Ou seja, ser Economista não é para qualquer um. É
fundamental a existência de uma vocação para o exercício da profissão. É, sem
dúvida, uma atividade profissional das mais difíceis.”
Dito isto, não poderia fechar este
ato sem mencionar a brilhante alusão feita no título de um dos livros do
professor Armando Dias Mendes, O Economista e o Ornitorrinco. É isto mesmo,
quem já viu um ornitorrinco sabe que se trata de um animal bastante esquisito.
Possui pele, pêlos, bico de pato, rabo de castor e patas com membranas. Um
relatório publicado pela Revista Nature afirma que se trata de um animal único,
que é ao mesmo tempo um réptil, um pássaro e um mamífero. Este é o economista,
um profissional volátil que domina diversas ferramentas ao mesmo tempo. Viva o ornitorrinco! Quer dizer,
viva o economista!
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