Quatro desafios encabeçam a lista de prioridades dos conselheiros efetivos do Conselho Regional de Economia (Corecon) do Estado do Pará neste ano, que vai ser presidido pelo economista Antônio Ximenes Barros. Com a posse marcada para o próximo dia 27, Ximenes já arregaça as mangas e começa a colocar em prática o seu plano de trabalho. Divulgar a profissão, valorizar o profissional, qualificar os economistas e agir em prol do social serão os principais pilares da sua gestão, disse ele.
Economista formado pelo antigo Cesep, o novo presidente do Corecon tem quase 25 anos de carreira e atualmente exerce suas atividades no Banco da Amazônia. Para ele, é importante manter o trabalho realizado nos últimos dois anos, sob o comando do então presidente Eduardo Costa, que incluiu o Corecon nas principais discussões relativas a políticas públicas do Estado. "Isso deve chamar a atenção dos profissionais de economia. A profissão está em processo de retração, talvez por falta de esclarecimento do importante papel do economista na sociedade", argumenta, enfatizando que o fechamento do curso de Economia nas faculdades particulares se deu pela baixa demanda.
O fato de algumas empresas e instituições utilizarem nomenclaturas diversas para o cargo de economista, segundo avalia o novo presidente do Corecon, também é um fator que ajuda a afastar o interesse nos jovens que estão em fase de escolha profissional. "Quando isso começou a acontecer, o Corecon deveria ter se posicionado contrário a esse tipo de prática", disparou. Para que isso seja modificado, Ximenes pretende desenvolver algumas ações de apoio ao sindicato da categoria para elevar o piso salarial do economista. "Também vamos fiscalizar e enquadrar na forma da lei o exercício ilegal da profissão", avisou.
A partir de fevereiro, a Amazônia terá representante no Conselho Federal de Economia (Cofecon). Será Eduardo Costa, que deixa a presidência do Corecon do Pará. Ele vai assumir o cargo de delegado eleitor do Cofecon. "A Amazônia está no centro dos interesses do mundo e na periferia dos interesses do Brasil. O resultado disso é que nos tornamos o almoxarifado do desenvolvimento de vários Estados brasileiros. Já para outros, a Amazônia é um santuário intocável", destaca. Para mudar o cenário, o delegado afirma que levará ao Cofecon a idéia de repensar na Amazônia. "Vamos construir uma agenda de estratégias para o Pará, que perpassa por temas como a Lei Kandir, o Pacto Federativo, a questão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços), e, principalmente a qualificação da nossa mão-de-obra", destacou.
Fonte: http://www.orm.com.br/oliberal/
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