terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Crônicas sobre a sociedade contemporânea (Parte 1): o bem comum e o interesse individual


Eduardo Costa

A sociedade contemporânea vive uma crise profunda de inversão de valores. Vivemos em um período chamado de Pós-Modernidade, que pode ser por diversos aspectos caracterizados, seja por meio da economia, da música, da arquitetura ou mesmo da cultura. Ao mesmo tempo em que fomenta-se uma “sociedade global”, vivemos o auge do culto ao individualismo. Não somos educados e nem incentivados a pensar no coletivo, no que é cívico, no bem comum. Somos educados dentro de uma cultura do “eu”. A política, por exemplo, contamina-se por esta prática quando a lógica do “servir ao público” é substituída pela do “se servir da coisa pública”. O Estado vive com isto a sua verdadeira privatização, quando a gestão pública passa a ser influenciada por grupos de interesses privados que “capturam rendas” por meio de obras e serviços públicos direcionados.
Em nossos processos eletivos, quando deveríamos estar pensando no bem comum, mais do que nunca os interesses mesquinhos e imediatistas afloram. Estimula-se a cultura da compra do voto, na qual o eleitor troca o seu poder de colocar um bom representante em um cargo público por um favor ou uma benesse imediata. O povo é manipulado. Usa-se a ignorância de alguns e a mesquinhez de outros dentro de uma cultura política viciada. O bem comum sucumbe ao interesse individual. Os nossos valores estão invertidos!

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