A agenda mineral no Pará é complexa e desafiadora. Precisamos começar
repactuando os condicionantes socioambientais dos empreendimentos. Neste ponto,
a presença do nível estadual no processo de licenciamento dos projetos é
importante. Ao lado disto precisamos rever a isenção de cobrança de ICMS nas
exportações minerais. Trata-se de um bem da União, portanto da sociedade, e as
empresas não podem deixar de contribuir com a capacidade de promoção de
políticas públicas mitigatórias sobre as externalidade negativas de seus
empreendimentos. Terceiro, considero fundamental nesta discussão a constituição
de um Fundo Regional de Exaustão, para que após o ciclo mineral, haja mecanismos
financeiros em condições de manter o dinamismo econômico da região através do
incentivo à diversificação da base econômica. Quarto, os empreendimentos
mineradores não podem atuar como plataformas de exploração/exportação
destituídas de hinterlândia. Neste ponto, estes empreendimentos precisam
funcionar como efetivos elementos indutores do desenvolvimento regional e
estadual. Neste ponto fica uma observação que considero fundamental. Qualquer
plano sério para o setor mineral precisa ir além da mineração, estabelecendo, é
bom repisar, mecanismos de verticalização da produção e indução da
diversificação da base econômica do estado. Hoje o Pará é excessivamente dependente
do setor mineral. E isto é um problema que precisa ser encarado.
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