No
ano de 2010, as vésperas da eleição presidencial, o então Presidente Lula foi a
Tucuruí inaugurar as Eclusas de Tucuruí. A importância desta obra se dá pelo
fato de permitir a plena navegabilidade da Hidrovia do Araguaia permitindo uma
maior integração intra-estadual na medida em que irá consolidar mais um eixo de
conexão do Sul e Sudeste do Pará com as regiões do Tocantins, Nordeste paraense
e Metropolitana. A hidrovia também
permitirá a consolidação de um eixo alternativo para o escoamento de grãos do Centro-Oeste
brasileiro. Após dois anos de inauguração das eclusas a hidrovia ainda não está
em operação em virtude de não ter sido feita a derrocada do Pedral do Lourenço,
que continua impedindo a navegação plena do Rio Araguaia. Lamentavelmente esta
ação, que foi incluída e excluída do PAC, passa a ser fundamental para a
verticalização da produção mineral por viabilizar a implantação da ALPA.
Acompanhei a luta da
ex-governadora Ana Júlia (PT) ao cobrar da Vale ações mais incisivas no sentido
de gerar emprego e verticalizar a produção do minério de ferro no Pará. A ALPA
foi pactuada entre a Vale e o Governo do Pará, creio que com a interveniência
do Governo Federal. Hoje, além de não termos viabilizado a Hidrovia do
Araguaia, podemos estar, dia após dia, inviabilizando a consolidação do pólo metal-mecânico
em Marabá. Fico me perguntando, este imbróglio está sendo causado por quê? O
Pará não é espaço prioritário por parte do Governo Federal? As diferenças
político partidárias entre o Governo Federal e Estadual estão inviabilizando o
projeto? Falta interesse e emprenho do Governo do Estado no sentido de cobrar o
andamento dos projetos? O que sinto é que no meio de todos estes questionamentos
a população do estado do Pará continua a “ver navios”. Passa-se o tempo, vão-se
os minérios e ficam aqui a pobreza e a miséria!
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