sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

COFECON realiza posse da nova presidência e conselheiros

Por Manoel Castanho – Jornalista COFECON

 O Conselho Federal de Economia realizou na noite de quinta-feira (09) a posse de sua nova presidência. O evento aconteceu no Hotel Nacional, em Brasília, e contou com a presença de várias autoridades (tanto locais quanto de outros estados), professores e dirigentes de outras categorias profissionais.
Após o hino nacional, foi exibido um vídeo comemorativo dos 60 anos da profissão, no qual apresenta-se rapidamente seu início no Brasil, os anos em que ganhou maior projeção nacional, a importância e as habilidades do Economista, bem como as perspectivas para o futuro. As festividades dos 60 anos serão encerradas em breve com o lançamento de um livro contando a história da profissão no Brasil e do Conselho Federal de Economia. 


O agora ex-presidente Waldir Pereira Gomes (acima) fez um discurso no qual prestou contas de sua gestão, destacando uma a uma as principais realizações. Entre elas, destacam-se os despachos executivos, que trouxeram mais diálogo ao sistema COFECON/CORECONs; a implantação da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) como instrumento de valorização profissional, bem como as reuniões mantidas com bancos para pedir deles a obrigatoriedade da ART; o Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia (Since) e o Congresso Brasileiro de Economia (CBE) como eventos máximos da categoria; a campanha comemorativa dos 60 anos da profissão; o workshop de gerentes executivos, fiscais e setor jurídico dos CORECONs e o Programa de Desenvolvimento Humano para funcionários do COFECOn; além de uma longa lista de outras realizações.


Acima, a partir da esquerda: Roridan Penido Duarte, Fabíola Andréa Leite de Paula, Eduardo José Monteiro da Costa, Antonio Eduardo Poleti e o presidente Ermes Tadeu Zapelini; abaixo, Júlio Alfredo Rosa Paschoal, Júlio Flávio Gameiro Miragaya, Nei Jorge Correa Cardim, Antonio Eduardo Nogueira, Lourival Batista de Oliveira Junior, o vice-presidente Kanitar Aymoré Saboia Cordeiro e Paulo Roberto Lucho.

Em seguida foram empossados o novo presidente, Ermes Tadeu Zapelini; o vice-presidente Kanitar Aymoré Saboia Cordeiro; os novos conselheiros federais efetivos Antonio Eduardo Poleti, Eduardo José Monteiro da Costa, Fabíola Andréa Leite de Paula, Júlio Alfredo Rosa Paschoal e Roridan Penido Duarte; e os novos suplentes Júlio Flávio Gameiro Miragaya, Nei Jorge Correia Cardim, Paulo Roberto Lucho, Antonio Eduardo Nogueira e Lourival Batista de Oliveira Junior. Wellington Leonardo da Silva (efetivo) e Carlos Henrique Tibiriçá Miranda (suplente) não puderam estar presentes. 
Encerrando a programação da noite, veio o discurso do novo presidente Ermes Tadeu Zapelini (abaixo). Começou falando sobre o Economista: "É o profissional que tem a mais ampla visão do mundo em que vivemos. É o profissional que abarca conhecimentos dos mais diversos campos do saber".


 Mas o presidente teve que apontar para uma realidade mais dura no que diz respeito à profissão: "A maioria das escolas existentes possui instalações deficientes, corpo docente mal remunerado. A legislação que instituiu este profissional, além de estar defasada num mundo que passou por transformações significativas nas últimas décadas, ainda não especifica claramente os procedimentos inerentes à delimitação do campo profissional. A isso junte-se o encolhimento do mercado de trabalho pelos seus maiores empregadores: o executivo federal, os estaduais e os municipais". Mas prometeu: "Vamos lutar inexoravelmente e deixar de ser vítimas para sermos atores". 
Zapelini também criticou a burocracia que atinge a administração pública e, por extensão, os conselhos. "A realização de qualquer tarefa tem que adequar-se a um conjunto de programas, projetos, planilhas, orçamentos com recursos financeiros disponíveis, formulários, justificativas, pareceres, licitações, dispensas, decisões colegiadas, etc. Tudo isso faz com que o processo decisório se torne moroso, estafante e, por que não dizer, tortuoso". Ao mesmo tempo, o presidente prometeu otimizar os recursos para que cada setor possa ter mais tempo para dedicar-se aos economistas e ao mercado de trabalho. "Vou priorizar objetivos fundamentais para evitar a superficialidade; vou valorizar nossas experiências bem sucedidas, e as más, que nos sirvam de aprendizagem". 
Zapelini destacou que a Lei 1.411/51 dá ao Conselho Federal de Economia a atribuição de servir como órgão consultivo do governo em matéria de economia. "Se o governo não nos está consultando, vamos prestar assessoria opinando com mais ênfase", destacou Zapelini, para então entrar na discussão de conjuntura, criticando especialmente os juros altos praticados no país. "A autoridade monetária abomina o aumento da demanda agregada", colocou o presidente. "Queremos ser os maiores em tudo", ironizou, dizendo que talvez por isso, temos as mais altas taxas de juros do mundo". E ao comentar as taxas de juros de cartão de crédito, voltou a dizer que "são as mais altas", fez uma pausa e concluiu: "da Via Láctea". 
Por fim, referiu-se à importância do planejamento. Afirmou que a atividade econômica deve funcionar de forma articulada, “com profissionais economistas e a santíssima demanda agregada”. Defendeu que os governos estejam presentes “com agências reguladoras ágeis e enérgicas, política fiscal, monetária e cambial articuladas. Todos estes ingredientes sob o guarda-chuva das taxas de juros civilizadas”.
A íntegra do discurso de Zapelini pode ser acessada clicando AQUI.
Depois da cerimônia houve uma recepção no mesmo local.


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