Começa a ganhar força nos bastidores do
Palácio do Planalto a ideia de instituir um regime de bandas para o superávit
primário, prevendo um intervalo dentro do qual o resultado fiscal efetivo pode
oscilar dependendo do desempenho da economia. Assim, em período de maior
crescimento haveria um superávit maior, e em período de baixo crescimento um
superávit menor. Isto permitiria, certamente, um maior grau de liberdade para a
manipulação da política fiscal, sobretudo com objetivo anti-contracionista.
A ideia inicial do regime de bandas foi posta
pelo economista Nelson Barbosa entre os anos de 2011 e 2012 enquanto era
secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Contudo, encontrou pesada
resistência do ministro Guido Mantega. Atualmente, a ideia conta com a simpatia
da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Pessoalmente acredito que esta ideia representa um avanço, ampliando o grau de liberdade na manipulação da política fiscal com objetivo de combater crises econômicas. Amplia, portanto, o poder discricionário do gestor público.
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