Compartilho a seguir matéria veiculada pela
Revista Exame a respeito do perfil do economista ante a ganância. Creio que
vale a pena refletir sobre.
“Economistas são mais egoístas e gananciosos
e menos justos e cooperativos do que a média da população. Essa é a polêmica
tese do professor Adam Grant, apresentada em um post no site Psychology Today
na semana passada. PhD em psicologia organizacional, Grant é professor em
Wharton, uma das mais prestigiadas escolas de negócios do mundo.
Em abril deste ano, ele lançou o livro
"Give and Take: a Revolutionary Approach to Success" (numa tradução
livre, "Dar e Receber: Uma Abordagem Revolucionária para o Sucesso"),
que se tornou um best-seller. A obra trata do potencial de sucesso de pessoas
com estilos de atuação generosos e cooperativos.
Agora, Grant escolheu os economistas como
alvo. O conceito do auto-interesse como motivação dos agentes econômicos é uma
dos pilares da teoria delineada por Adam Smith em seu clássico "A Riqueza
das Nações", de 1776. Grant acredita que a ideia foi levada longe demais
pelos economistas, e oferece algumas evidências.
Estudos
Uma delas é um estudo liderado pelo professor
Robert Frank, da Universidade de Cornell, que indicou que professores de
economia nos Estados Unidos doam menos para a caridade do que os de áreas como
física, filosofia e psicologia, entre outras.
Pior: comparados com os de outros campos de
atuação, os professores de economia tinham o dobro da probabilidade de não
doarem sequer um centavo.
Em um outro trabalho, professores da
Northwestern, Harvard e da Universidade de Hong Kong notaram que estudantes que
haviam realizado três ou mais aulas de economia tinham mais chances de
classificar a ganância como algo "correto" e "moral" do que
os alunos de outras disciplinas.
O próprio Grant, em parceria com colegas, fez
um experimento: reuniu diretores, presidentes e gerentes de empresas que
supervisionavam uma média de 140 empregados cada e deu a cada um deles frases
aleatórias para montar.
Em seguida, estes chefes tiveram que escrever
uma carta comunicando a um funcionário uma má notícia, como uma transferência
indesejada ou uma bronca por atrasos. Aqueles que haviam montado frases com
temas econômicos escreveram cartas com menos compaixão.”
Fonte:
Revista Exame.
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