O senador pernambucano Armando Monteiro (PTB)
conseguiu aprovar, na Comissão de Educação do Senado Federal, na última
terça-feira, parecer sobre o projeto de lei (PLS nº 658/2007), que atualiza o
exercício da profissão de Economista.
A Lei nº 1.411, que regulamenta a profissão, foi editada em 1951. Por
ser antiga, ela apresenta muitos anacronismos, precisando de urgente
atualização, assim como de uma definição mais precisa a respeito do campo de
atuação do economista. Vale destacar que essa profissão foi a que mais evoluiu
nos últimos anos, tanto no número de membros da categoria como na qualidade das
pesquisas e estudos realizados.
O PLS 658 prevê também a ampliação no número de membros dos Conselhos e
a dilatação do prazo de mandato, que passa a ser de quatro anos, com renovação
parcial do Plenários a cada dois anos. Armando Monteiro apresentou parecer
favorável à atualização das normas que regem o trabalho do economista propostas
pelo senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), autor do projeto. Porém, sugeriu a
supressão de dois artigos alegando não ser razoável adotar medidas restritivas.
Para ele a exclusividade de que somente o economista, devidamente
registrado em Conselho Regional de Economia, possa lecionar em cursos que
tenham disciplinas relacionadas com essa ciência, trata-se de reserva de
mercado, “o que não é tolerado pela Constituição Federal”.Além disso, o projeto
institui a realização de exame de proficiência como condição para o registro do
profissional. “Essa medida além de afrontar o livre exercício profissional,
consagrado pela Constituição Federal, implica em penalizar aqueles que após
anos de estudos, não raro, com sacrifícios, se verão impedidos de exercer sua
profissão”, argumentou.
Ainda segundo o parlamentar, se existem falhas na formação dos
profissionais, elas têm que ser solucionadas pela adequada fiscalização e
responsabilização das instituições de ensino que não realizam a adequada
formação de seus alunos. “A melhoria da qualidade da formação profissional é
atribuição da área de Educação e qualquer medida avaliativa precisa ser
implementada durante o próprio período de formação dos profissionais”, alegou.
O projeto agora segue para análise das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e
de Assuntos Sociais.
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