O Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA) foi o nono Conselho a ser criado no Brasil em 11 de junho de 1965 por meio da Resolução de n.º 145 do Conselho Federal de Economia (COFECON), sendo por isto considerado o da 9ª Região. Desde então o Plenário do CORECON-PA é formado por 18 economistas, sendo 9 Conselheiros Efetivos e 9 Conselheiros Suplentes, havendo renovação anual de 1/3 da Plenária através de votação direta dos economistas, ocasião na qual também é feita a consulta para Presidente. Ao todo 23 economistas já assumiram o cargo de Presidente do CORECON-PA, sendo que o primeiro presidente da entidade foi o economista Pedro José Martin de Mello, empossado no ano de 1966.
Ao CORECON-PA, de acordo com o conjunto legal que regulamenta a profissão de economista, compete: organizar e manter o registro profissional dos economistas; expedir as carteiras profissionais; arrecadar multas, anuidades, taxas e demais rendimentos, bem como promover a distribuição das cotas de arrecadação conforme os critérios de repartição fixados em lei; fiscalizar a profissão de economista; impor as penalidades previstas; organizar e desenvolver cursos, palestras, seminários e discussões para a atualização profissional e a respeito da ética profissional; elaborar o seu regimento interno para exame e aprovação pelo COFECON; e auxiliar o COFECON no que se refere à contribuição para a formação de sadia mentalidade econômica através da disseminação da técnica econômica nos diversos setores da economia nacional e promoção de estudos e campanhas em prol da racionalização econômica do País.
Quando assumi a presidência do CORECON-PA nos primeiros dias do ano de 2010 o quadro que se apresentava era demasiadamente preocupante e exigia um esforço grande na retomada do prestígio do Conselho ante a categoria e ante a sociedade paraense. Passos concretos haviam sido dados por diversas gestões anteriores. Para citar apenas dois que eu considero dos mais importantes, no ano de 2005, na gestão do Presidente Omar Corrêa Mourão Filho, foi adquirida uma nova propriedade. E no ano de 2009, na gestão do Presidente Sérgio Roberto Bacury de Lira, foi entregue para a categoria uma nova sede. Se até então o CORECON-PA tinha as suas atividades limitadas por falta de estrutura, esta não poderia mais ser desculpas para a gestão que se iniciou no ano de 2010.
Tive a honra de ter sido o primeiro presidente eleito na nova sede e o nome da chapa que se lançou naquele momento era emblemático: “Nova Sede, Novas Conquistas!”. Nome sugerido pelo economista João Tertuliano Lins Neto em um de nossos calorosos debates acerca dos rumos futuros que a nova gestão do CORECON-PA deveria tomar.
Com o objetivo de enfrentar os desafios que se colocavam foi proposta e aceita uma mudança na filosofia de gestão do CORECON-PA, que passou a ser participativa e descentralizada, buscando o envolvimento e prestígio de todo e qualquer economista que quisesse colaborar. Foi dentro desta filosofia de trabalho que no dia 23 de janeiro de 2010, sábado, foi realizado uma oficina de planejamento de ações com mais de 50 economistas presentes que elegeu pontos prioritários que deveriam ser enfrentados pela nova gestão. Dentre estes pontos merecem destaque: realização de ações concretas em defesa do mercado de trabalho; valorização do registro profissional; promoção de maior interação com estudantes e recém formados; promoção de ações para melhoria nos estágios; realização de ações com o objetivo de aumentar o número de profissionais registrados; estreitamento de relações e busca de parcerias com outros órgãos de classe; posicionar a categoria quanto a temas importantes e polêmicos que afetem a sociedade paraense; realização de palestras, seminários e mesas redondas; ampliação da Semana do Economista; realização de cursos para aumentar a qualificação e empregabilidade dos economistas; e, melhoria do canal de comunicação do Conselho para a com a categoria. Ademais, implementamos no CORECON-PA a filosofia do serviço ao economista. Estávamos lá não para usufruir do CORECON-PA mas para servir a categoria.
Havia uma leitura por parte dos participantes de que as metas traçadas eram demasiadamente ousadas. Mas para a surpresa de muitos, grande parte do que foi planejado foi efetivamente realizado e aos poucos os economistas passaram a voltar a prestigiar a Casa do Economista. As poucas metas que não foram cumpridas em sua integralidade decorreram da falta de mais colaboradores.
É de bom alvitre, como diria o mestre José Marcelino Monteiro da Costa, destacar que o ano de 2010 também foi marcado pela criação de quatro comissões que passaram a desempenhar papel estratégico. A Comissão Administrativo-Financeira, que ficou encarregada de consolidar um “choque de gestão”, a Comissão de Assuntos Estratégicos, a Comissão de Economistas Projetistas e a Comissão de Valorização Profissional. Esta última coordenou o estudo inédito Perfil do Economista do Estado do Pará, concluído em outubro de 2010 que pôde nos dar informações extremamente valiosas para o planejamento das ações do Conselho.
Outros fatos que também aconteceram no ano de 2010 e que merecem destaque foram o lançamento da Carteira do Estudante de Economia, a ampla publicidade do Relatório de Gestão 2010 e o lançamento do Projeto Corecon Solidário, que teve por objetivo desenvolver a responsabilidade social do Conselho e despertar no economista a vocação social e solidária através da realização de palestras de educação financeira e eventos solidários em comunidades carentes, como o Dia das Crianças e o Natal Solidário, e a doação de gêneros alimentícios arrecadados em nossas atividades. No ano de 2011 já ultrapassamos a marca de 1,5 toneladas de alimentos doados para instituições sociais.
Aqui faço uma confissão pública que os mais próximos sabem. Eu não pretendia concorrer a um segundo mandato. Estava convencido de que a renovação que iniciamos no Conselho deveria funcionar com um regime de rodízio a frente da gestão. Novas lideranças precisavam ser trabalhadas e deveriam assumir com o gás que é natural de quem está iniciando um trabalho. Mas após uma reunião com um grupo de colaboradores fui convencido de que deveria consolidar as mudanças que estavam em curso, principalmente no que se referia ao fortalecimento institucional e a valorização profissional.
Apesar de não ser economista de profissão, se bem que como todo brasileiro de clase média baixa o sou no sentido literal da palavra; entendo que essa é uma profissão IMPORTANTÍSSIMA para um país que pretende crescer e continuar crescendo, como o nosso, principalmente diante das crises economicas vividas pelo mundo desde a deflagrada no final de 2008. Para quem pensa diferente disso, é só olhar para o momento econômico vivido por países da Europa como Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia. Quanto ao CORECON-PA, louvável a política de gestão participativa e descentralizada, método adotado pela administração das maiores e melhores corporações mundo afora. Parabenizo também pela consciência social desse conselho, materializada através dos serviços prestados às comunidades carentes e diante das necessidades das pessoas. Parabéns e muito mais sucesso presidente!!!
ResponderExcluirConcordo em grau, gênero e número com nossos amigos Eduardo e Sindo.
ResponderExcluirDesejo muito sucesso ao excelente trabalho prestado as comunidades e torço para o Brasil ter pessoas capacitadas e corajosas para executar tais atitudes.