Por ocasião
De sua 645ª Sessão Plenária o Conselho Federal de Economia (COFECON) deliberou
por meio de voto aberto dos Conselheiros Federais pela nulidade do processo
eleitoral do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA). De acordo
com o relator do processo, Conselheiro Federal Wellington Leonardo do Rio de
Janeiro, o processo eleitoral do CORECON-PA foi conturbado ao ponto do COFECON
ter designado a Conselheira Federal Fabíola Andréa Leite de Paulo do Rio Grande
do Norte como observadora. De acordo com o voto do relator além do conturbado
processo de registro de chapas, houve denúncias por parte de uma das chapas de
cerceamento da distribuição de materiais de divulgação das plataformas de
campanha. Adicionalmente, o relator mencionou em seu voto o relatório da
Conselheira Federal Fabíola de Paula que apontou a prática de “boca de urna”
pelos membros de uma das chapas (que segundo o relatório teria influenciado
decisivamente no resultado do processo eleitoral), a presença de agentes da
Polícia Militar e Federal, o voto de um economista após o término do horário da
votação. Finalmente o Conselheiro Wellington Leonardo mencionou a existência de
denúncias de abuso de autoridade e uso da máquina pública. Em função disto o
COFECON deliberou pela não homologação do processo eleitoral do CORECON-PA.
Em
sua próxima plenária o COFECON deliberará sobre a data de novo processo
eleitoral, a ocorrer ainda no primeiro semestre de 2013 e a composição da
Comissão Eleitoral, a ser formada por membros do COFECON. O COFECON também
deliberou pela não intervenção no CORECON-PA por entender que não há nada que
desabone a atual gestão do CORECON-PA. Assim, até a realização de novo processo
eleitoral, após o término da atual gestão em dezembro de 2012, de acordo com o
Regimento Interno da entidade, a Presidência do CORECON-PA deverá ser ocupada pró-tempore pelo Conselheiro Regional
Efetivo com o registro mais antigo.
Saliento
que em função de ter apoiado publicamente uma das chapas, por uma questão ética
e de coerência me abstive desta votação. Lamento somente que após um esforço
coletivo de um grupo que tornou o CORECON-PA referência nacional em termos de
gestão e defesa das prerrogativas profissionais dos economistas paraenses, ver
a nossa entidade tendo a sua imagem maculada. Torço para que haja bom senso e
que as questões pessoais e particulares cedam totalmente espaço para a defesa
dos interesses dos economistas. Vemos cursos de economia sendo fechados, invasão
de nossa área de atuação por profissionais não habilitados, concursos públicos
com conteúdo claramente direcionado ao economista serem realizados para outras
profissões, a necessidade de qualificarmos melhor a nossa categoria para
competir em um mercado cada vez mais concorrido, a necessidade de divulgar com
maior intensidade as nossas prerrogativas profissionais, a necessidade de
implantarmos um piso salarial para o economista no setor público estadual e a
maior participação dos economistas e de nossa instituição mater, o CORECON-PA na discussão de questões econômicas e sociais
relativas ao nosso desenvolvimento.
Que o bom senso volte
a reinar na Casa do Economista e que haja uma inflexão neste processo capaz de
realmente trazer para o centro do debate as questões que interessam
efetivamente aos economistas.
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