A data do dia 13 de agosto de 2011 é uma data comemorativa para o profissional economista. Há cerca de 60 anos, no dia 13 de agosto de 1951, o então presidente Getúlio Dorneles Vargas sancionou a Lei n.º 1.411 que passou a regulamentar o exercício profissional do economista. Somaram-se a esta lei o Decreto n.º 31.794 de 17 de novembro de 1952, a Lei n.º 6.021 de 03 de janeiro de 1974, a Lei n.º 6.537 de 19 de junho de 1978 e a Lei n.º 6.206 de 07 de maio de 1975. É este conjunto legal que regulamenta a profissão de economista no Brasil.
O Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA) foi o nono Conselho a ser criado no Brasil em 11 de junho de 1965 por meio da Resolução de n.º 145 do Conselho Federal de Economia (COFECON), sendo por isto considerado o da 9ª Região. Desde então o Plenário do CORECON-PA é formado por 18 economistas, sendo 9 Conselheiros Efetivos e 9 Conselheiros Suplentes, havendo renovação anual de 1/3 da Plenária através de votação direta dos economistas, ocasião na qual também é feita a consulta para Presidente do CORECON-PA. Ao todo 23 economistas já assumiram o cargo de Presidente do CORECON-PA, conforme Tabela 1 em anexo, sendo que o primeiro presidente da entidade foi o economista Pedro José Martin de Mello empossado no ano de 1966.
Ao CORECON-PA, de acordo com o conjunto legal que regulamenta a profissão de economista, compete: organizar e manter o registro profissional dos economistas; expedir as carteiras profissionais; arrecadar multas, anuidades, taxas e demais rendimentos, bem como promover a distribuição das cotas de arrecadação conforme os critérios de repartição fixados em lei; fiscalizar a profissão de economista; impor as penalidades previstas; organizar e devolver cursos, palestras, seminários e discussões para a atualização profissional e a respeito da ética profissional; elaborar o seu regimento interno para exame e aprovação pelo COFECON; e auxiliar o COFECON no que se refere à contribuição para a formação de sadia mentalidade econômica através da disseminação da técnica econômica nos diversos setores da economia nacional e promoção de estudos e campanhas em prol da racionalização econômica do País.
O Economista, muitas vezes visto como o profissional das crises, destaca-se no mundo global e instantâneo contemporâneo por sua formação holística. É ao mesmo tempo técnico e Cientista Social. Domina matemática, estatística e econometria tão bem quanto transita pela história, geografia, filosofia, sociologia e política. Vai da dimensão temporal para a espacial com extrema facilidade. Enxerga o global sem perder o olho do particular, e o particular com uma perspectiva global. Discute e interage com questões gerais tão bem quanto é pragmático na resolução de problemas específicos. Atua no setor privado, público ou terceiro setor. É conhecido por ser o profissional da prosperidade, seja no âmbito micro, quando procura melhorar o desempenho das empresas, ou no âmbito macro, quando procura interferir na economia nacional e mundial com objetivo de acelerar o crescimento econômico sustentado. Entretanto, engana-se quem pensa que o Economista é apenas um profissional da riqueza, do dinheiro. Acima de tudo o Economista é o profissional do bem-estar social. É um interprete da sociedade que se coloca também como importante agente de transformação da própria sociedade. Pensa, desta forma, caminhos e alternativas de desenvolvimento de modo que as condições de vida da sociedade como um todo melhore. É o profissional que busca a prosperidade, mas não perde o foco da pobreza, da miséria e do meio-ambiente. Pelo contrário, busca construir uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todos tenham acesso às condições básicas de inserção social. É um profissional que pensa o abstrato sem perder a sensibilidade do concreto. Ou seja, ser Economista não é para qualquer um, é fundamental a existência de uma vocação para o exercício da profissão. É uma atividade profissional das mais difíceis. E a sociedade como um todo precisa deste profissional e a comemoração dos 60 anos da profissão enseja um momento de reflexão.
TABELA 1
GALERIA DE PRESIDENTES DO CORECON-PA
Mandato | Presidente |
2010/2011 | Eduardo José Monteiro da Costa |
2009 / 2008 | Sérgio Roberto Bacury de Lira |
2007 | Teobaldo Contente Bendelak Hélio Santana Mairata Gomes |
2006 | Edson Roffé Borges |
2005 / 2004 | Omar Corrêa Mourão Filho |
2003 | Wilton Santos Brito |
2002 | Omar Corrêa Mourão Filho |
2001 / 2000 | Afonso Brito Chermont |
1999 / 1997 | Edson Roffé Borges |
1996 / 1995 | Mário Ramos Ribeiro |
1994 | Sérgio Roberto Bacury de Lira |
1993 | Hitoshi Kishi |
1992 /1991 | José do Carmo Marques da Silva |
1990 | Eduardo Henrique Angelim Mendes |
1989 /1988 | Henrique Osaqui |
1987 | Elpídio Gonçalves da Cunha Filho |
1986 /1985 | Dulce Nazaré de Lima Loency Souza |
1984 | Afonso Brito Chermont |
1983 | Constantino Ribeiro Otero |
1982 | José das Neves Capela |
1981 / 1980 | João Antônio Moreira Bastos |
1979 / 1972 | Sebastião Rabello Mendes Filho |
1971 | Antônio Américo Ferreira Leitão |
1970 | Milcíades Marciano de Abreu Braga |
1969 | José Marcelino Monteiro da Costa |
1968 / 1966 | Pedro José Martin de Mello |
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