sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

DEBATE SOBRE A PEC 92 – CONTRA A LEI KANDIR


No próximo dia 06 de fevereiro, quinta-feira, o Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA) realizará um debate sobre os fundamentos econômicos e legais da PEC 92/2011 – Contra a Lei Kandir, que procura anular a isenção tributária (ICMS) para exportação de commodities minerais.
O palestrante será o autor da PEC, deputado federal Cláudio Puty (PT-PA). Rosivaldo Batista, presidente do CORECON, será o moderador, e Eduardo Costa (COFECON), representante da Frente Popular em Defesa do Pará, e Sérgio Bitar, presidente da Associação Comercial do Pará, participarão como debatedores.
Este é o momento da sociedade paraense se unir em defesa do estado do Pará. Para isto, é fundamental entendermos os fundamentos da PEC 92 para podermos, a partir de um amplo debate democrático, lutar em defesa do Pará por sua aprovação. Participe deste momento democrático e desta agenda cabana.
Aproveitaremos o evento para informar aos presentes o processo de construção de uma frente popular para defender os interesses do estado do Pará, de caráter suprapartidário e supra institucional. 

Dia: 06 de fevereiro, quinta-feira.
Hora: 19h
Local: Casa do Economista, Jerônimo Pimentel 949, entre Tv. Pombal e Soares Carneiro.

COFECON: Debate sobre os desafios da Reforma Tributária no Brasil


O economista e Deputado Federal, pelo Pará, Claudio Puty (PT), esteve na manhã de hoje participando de um debate no Conselho Federal de Economia (COFECON) com o tema Desafios da Reforma Tributária no Brasil.

Dentro da sua palestra destacou:
1.    A diversidade federativa do país;
2.    A problemática da carga tributária brasileira, destacando que a carga tributária brasileira está num patamar intermediário em nível mundial (OCDE), contrariando o senso comum que afirma que a carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo;
3.    Concentração da arrecadação nos tributos sobre o consumo;
4.    A injustiça tributária federativa brasileira;
5.    A discussão da Reforma Tributária no Governo Dilma;
6.    O fatiamento da discussão no Congresso Nacional;
7.    A questão da Guerra Fiscal, principalmente por meio da manipulação do ICMS;
8.    A problemática da discussão dos critérios de repartição do FPE;
9.    A proposta de ampliação do Supersimples;
10. A necessidade de criar um mecanismo de tributação progressivo.
 
 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

SOLENIDADE DE POSSE DA PRESIDÊNCIA DO COFECON


O Conselho Federal de Economia realizará no dia 30 de janeiro, às 20 horas, a solenidade de posse da sua nova presidência e dos conselheiros federais. O evento será realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília. Após a solenidade, será servido um coquetel.
A nova presidência do Cofecon, com mandato durante o ano de 2014, é composta pelos economistas Paulo Dantas da Costa (presidente) e Wellington Leonardo da Silva (vice-presidente). Os novos conselheiros federais, com mandato de três anos (2014-2016), também serão empossados. São eles: Celina Martins Ramalho, João Manoel Gonçalves Barbosa, Júlio Flávio Gameiro Miragaya, Luiz Alberto de Souza Aranha Machado, Nelson Pamplona da Rosa e Odisnei Antonio Bega (efetivos); José Antonio Lutterbach Soares, Marcelo Martinovich dos Santos, Mônica Beraldo Fabrício da Silva, Paulo Brasil Corrêa de Mello, Paulo Salvatore Ponzini e Valery Maineri König.

A presidência
 
Paulo Dantas da Costa graduou-se em Ciências Econômicas (1976) pela Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia. Tem também especialização em Direito Tributário e Administração Financeira Governamental. Trabalhou no Banespa antes de sua graduação, ali permanecendo até 1978. Foi Auditor Fiscal da Secretária da Fazenda do Estado da Bahia até junho de 1994, tendo ocupado cargos de direção - o mais importante deles foi o de Coordenador de Programação Financeira. Desde então tem atuado como consultor. Dantas foi vice-presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia em 2002 e 2003 e presidente em 2008 e 2009. Ele será o primeiro representante do Corecon-BA a presidir o Conselho Federal de Economia.
Wellington Leonardo da Silva é formado pela Universidade Gama Filho. Atua como consultor em Planejamento Estratégico Situacional e é Secretário Executivo do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro. Trabalhou no setor privado de 1977 a 1990, na área de comércio internacional, em indústrias do ramo têxtil, maquinaria pesada e química fina. Lecionou nas Faculdades Veiga de Almeida e Gama Filho, nesta última até 1992. Foi Assessor do Sindicato dos Bancários do Estado do Rio de Janeiro, da AFBNDES-Associação dos Funcionários do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social e Assessor Parlamentar da ex-Deputada Federal Ana Júlia Carepa.

Serviço

Posse da presidência do Cofecon
Onde: Sede da CNI (Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C, edifício Roberto Simonsen)
Quando: 30 de janeiro de 2014, às 20:00 horas
Mais informações: Manoel Castanho (61) 9674-3778

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O problema são os economistas


De acordo com Paul Krugman, economista internacionalmente conhecido e articulista do The New York Times, hoje temos gerações de profissionais criados na crença de que a teoria keynesiana está errada. Compartilho para o debate o artigo, inicialmente publicado no jornal americano, e que foi traduzido para o português e publicado no link eletrônico da Revista Carta Capital.

O problema são os economistas
Paul Krugman

Mike Konczal defendeu recentemente no Washington Post uma tese muito boa sobre como ensinamos Ciência Econômica. Ele sugeriu que deveríamos voltar ao modo usado pelo economista Paul Samuelson, em 1948, quando escreveu a primeira versão de seu famoso manual: primeiro a macroeconomia, depois a micro. Isso, explica Konczal, daria aos estudantes uma melhor perspectiva da realidade, apesar de no final se cobrir o mesmo material.
Eu acrescentaria que os motivos por trás da ordem de Samuelson se aplicam tão bem hoje quanto em sua época. Samuelson escreveu quando a memória da Grande Depressão ainda estava fresca e os alunos queriam saber como tais coisas podiam acontecer. Como ele conseguiu fazê-los levar a sério aquela história da perfeição dos mercados, depois de tudo o que acabara de suceder? Ensinando-lhes primeiro que a política monetária e fiscal poderia ser usada para garantir o pleno emprego.
Seis anos depois do início da Grande Recessão e da recuperação não tão grande, tudo isso parece novo, mais uma vez. Mas existem alguns problemas sérios com a solução de Konczal, parte do que Samuelson fez em 1948 não pode ser reproduzido hoje.
O que Samuelson trouxe para a Ciência Econômica foi na verdade uma dose dupla de inovação, macroeconomia keynesiana mais uma nova orientação para modelos matemáticos. Na época essas coisas andavam de mãos dadas e se reforçavam mutuamente: o aparente sucesso da macroeconomia keynesiana, orientada para modelos, venceu os institucionalistas.
Hoje, os economistas mais profundamente empenhados em ver o mundo através de uma névoa de equações também tendem a ser profundamente hostis em relação a qualquer tipo de macroeconomia capaz de explicar a crise recente. Na época, Keynes também era novo e inovador. Hoje temos gerações de economistas criados na crença de que a macroeconomia keynesiana está errada. Eles não sabem o que há nela, na verdade, mas é o que lhes ensinam.
Finalmente, se a microeconomia for justificada com a alegação de que a política do governo garantirá mais ou menos o pleno emprego, o que exatamente no mundo atual o inspiraria a acreditar nisso?
Portanto, Konczal está certo sobre o que deveríamos fazer. Mas não vai acontecer.


O problema da ciência econômica são os economistas. Isso é em grande parte o que Simon Wren-Lewis afirmou em uma recente postagem online, em que fez a defesa da corrente dominante da Ciência Econômica. E eu concordo com a maior parte.
É profundamente injusto culpar a Economia dos manuais pela crise ou pela fraca reação à crise. A mania de desregulamentação financeira, por exemplo, não foi um produto da análise econômica convencional. Na verdade, ela contesta o modelo canônico das crises bancárias, que sugeria um papel crucial das garantias do governo para evitar o pânico que se autocumpre e a necessidade de regulamentação para controlar o dano moral criados por essas garantias. É verdade, poucos economistas acompanharam a ascensão dos bancos na sombra capaz de contornar as salvaguardas tradicionais, mas esse foi um problema de vigilância, não de teoria.
A teoria dos mercados eficientes, possivelmente, merece mais culpa pelo fracasso de muitos economistas em reconhecer a bolha habitacional, mas a economia dos manuais sempre apresentou a teoria como uma linha básica, e não uma verdade revelada.
Quanto a reação à crise, foi notável a determinação dos políticos em fazer o oposto do aconselhado pela macroeconomia dos manuais. Cortar os gastos quando as taxas de juro são zero, agarrar qualquer desculpa para aumentar os juros, tais políticas não equivalem a aplicar a Ciência Econômica ortodoxa. Na verdade, foi surpreendente assistir à proliferação de novos modelos recém-inventados para justificar que fizéssemos o contrário do dito pelo curso do primeiro ano de economia.
O problema, claro, é esse não ser apenas um caso de políticos nomeados, ignorantes ou de mentalidade agressiva, que ignoram a sabedoria econômica: muitos economistas de prestígio também estavam ávidos para dar as costas à macroeconomia tradicional, mesmo quando funcionava muito bem, por causa de suas inclinações políticas.
E isso, creio, diz que há algo errado na estrutura da profissão econômica. Parece que não precisamos tanto de outra Ciência Econômica quanto precisamos de outros economistas.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Reunião discute estratégia unificada de luta contra as perdas da Lei Kandir


Aconteceu no final da tarde de hoje, 28/01/2013, uma reunião na Sede da ACP para discutir a construção de um movimento popular para lutar contra as perdas da Lei Kandir no estado do Pará. Participaram da reunião representantes do: CORECON-PA, OAB, ACP, CONJOVE, UNE, CAECON/UFPA, UGT e Movimento Resistência.
Esta frente, que se mobiliza em defesa do Pará, deliberou por um amplo debate sobre o tema que culminará com um ato público e uma marcha popular contra as perdas que o estado do Pará vem sofrendo com a Lei Kandir.
O ato público irá acontecer no dia 20 de março, quinta-feira, na Sede da ACP a partir das 19h. E a marcha popular dia 30 de março, domingo, com concentração a partir das 8h no início da Av. Presidente Vargas, com saída em direção a Praça da República.
Contudo, antes de culminar com o ato público e a marcha popular, a ideia é realizar um amplo debate sobre o assunto, com várias agendas envolvendo palestras, debates, seminários etc. Esta agenda iniciará na semana que vem com duas programações. A OAB discutirá em seu Conselho, dia 04 de fevereiro, a estratégia para entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra as perdas da Lei Kandir. Já o CORECON-PA promoverá um debate sobre a Proposta de Emenda Constitucional 92 – Contra a Lei Kandir, no dia 06 de fevereiro a partir das 19h na Casa do Economia, Rua Jerônimo Pimentel 949.
Desta forma, convidamos todos àqueles que amam verdadeiramente o estado do Pará a participarem desta agenda. Uma agenda popular, suprapartidária e supra institucional em defesa do nosso estado.
 
Obs.: Todas as entidades que queiram ingressar neste movimento poder entrar em contato comigo por meio do correio eletrônico ejmcosta@gmail.com

PV terá candidato próprio para Governo do Pará


Em reunião realizada na semana passada a direção estadual do Partido Verde (PV) deliberou pela candidatura própria ao Governo do Estado. Desta forma, o advogado José Carlos Lima, que já ocupou vários cargos públicos no estado, deverá representar o partido na disputa. A tarefa agora do PV é construir uma coligação capaz de dar sustentação a esta empreitada. Algumas legendas já estão sendo sondadas.

Impossível Fazer Previsões Precisas em economia


Compartilho a entrevista de Walter Friedman para a Revista Época (12/2013), na qual o autor destaca que em economia é impossível fazer previsões precisas. Trata-se de uma boa reflexão sobre a mania que a sociedade tem de querer que os economistas prevejam sempre o futuro.


Entrevista - Walter Friedman
Revista Época - 30/12/2013 - "É impossível fazer previsões precisas" - Josué Fucs

O historiador americano compara os economistas aos videntes e diz que muita gente se interessa por teorias malucas para tentar saber o que vem por aí.
O professor Walter Friedman, diretor do projeto de história dos negócios na Universidade Harvard, é, antes de mais nada, um provocador. Em seu novo livro, Fortune tellers (Videntes), lançado recentemente nos Estados Unidos, ele relata os primórdios da "indústria" de previsões econômicas. Compara os pioneiros da atividade e seus sucessores contemporâneos a videntes de todos os gêneros. Segundo Friedman, apesar de as previsões dos economistas não serem absolutamente precisas, elas nos ajudam a tomar decisões melhores, com base na lógica e na razão, não apenas em adivinhações. "O futuro nunca é previsível", afirma. "Isso não significa que deixaremos de tentar prever o que acontecerá."

ÉPOCA - Em seu novo livro, o senhor compara os economistas e analistas de mercado que fazem previsões econômicas aos videntes. Por quê? O que eles têm em comum?
Walter Friedman - Os videntes dão insights sobre os mistérios da vida. Os economistas fornecem insights sobre como a economia capitalista funciona, dão sentido a conceitos complexos. No final do século XIX e no início do século XX, período de que trato no livro, isso era algo reconfortante, especialmente nos Estados Unidos, onde se sucediam pânicos econômicos, que surgiam do nada. Esse pessoal ajudou a mostrar que o capitalismo não é um sistema totalmente caótico e que aquilo fazia parte de um ciclo que, de alguma forma, era previsível. Muitos dos pioneiros nas previsões econômicas adotaram o modelo usado na meteorologia. Usavam ciclos para comparar o mundo econômico ao mundo natural. Se o tempo vem em estações previsíveis, por que não poderia haver estações também na economia? Hoje, a ideia dos ciclos econômicos ainda é popular. Você vê isso o tempo todo na imprensa e em relatórios anuais das empresas. Embora não haja nada muito cíclico na economia, nos atemos à ideia de que as flutuações econômicas ocorrem em ciclos, não de forma mais ou menos imprevisível.

ÉPOCA - Em sua visão, as previsões econômicas podem ser consideradas como ciência ou não passam de bruxarias pouco confiáveis?
Friedman - Podemos dizer que elas são as duas coisas. São uma ciência, mas também exigem muita intuição. A história nos mostra que as previsões econômicas nunca são absolutamente precisas. Ao mesmo tempo, nos ajudam a tomar decisões melhores, com base na lógica e na razão, não apenas em adivinhações. Ao observar indicadores ou dados históricos, podemos ter uma ideia melhor de como as coisas mudaram ao longo do tempo. E uma forma melhor de fazer previsões do que levar em conta a posição das estrelas ou algum outro fenômeno do gênero.

ÉPOCA - É possível prever eventos econômicos? Prever o futuro da economia é diferente de outros tipos de futurologia?
Friedman - O futuro nunca é previsível. Isso não significa que deixaremos de tentar prever o que acontecerá. Só porque as previsões não são precisas, não significa que elas sejam uma perda de tempo. Em nosso esforço para prever o futuro, muitas coisas boas apareceram e se desenvolveram. O Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos, por exemplo, fundado em 1920, foi criado para medir os ciclos da economia e dos negócios, como parte do esforço para fazer previsões. O conceito de Produto Interno Bruto (PIB) também surgiu como forma de medir a evolução da atividade econômica ao longo do tempo. A econometria, que dominou o campo das previsões econômicas no final do século XX, desenvolveu-se a partir das previsões feitas pelo economista Irving Fisher (1867-1947), o primeiro a usar equações matemáticas para tentar entender como a economia funciona. Fazer previsões é uma grande atividade. Só que não podemos confiar totalmente no que elas dizem.

ÉPOCA - É por isso que os economistas erram tanto em suas previsões?
Friedman - A economia é muito complicada. Como disse há pouco, é impossível fazer previsões precisas. Você deve observar o que os economistas fazem quando cometem algum erro. A forma como agem quando erram uma previsão é um aspecto importante para saber se são honestos. Se admitirem o erro e explicarem por que ele aconteceu, é um bom sinal. Esses são os melhores a seguir.
Agora, se eles procurarem mostrar que estão sempre certos e que algum fator externo acabou afetando suas previsões, é um problema. Alguns economistas investem muito tempo fazendo marketing pessoal. Infelizmente, esses tendem a ser os mais bem-sucedidos, embora não tenham senso de humildade e fiquem fazendo campanha para si mesmos.

ÉPOCA - Quase ninguém consegue prever os momentos de ruptura, como as crises de 1929 e 2008. Por quê?
Friedman - Os mesmos modelos básicos sobrevivem às crises. Depois de grandes rupturas como as que você menciona, alguns se tornam mais preeminentes que outros. Até 1929, a ideia de que havia ciclos econômicos fixos, mensuráveis e previsíveis, predominava. Embora eles não fossem medidos a cada sete ou dez anos, as pessoas acreditavam que era um fenômeno mais ou menos previsível. Depois de 1929, esse modelo continuou, mas perdeu seguidores. Ganhou preeminência o modelo econométrico, segundo o qual é possível adotar políticas para influenciar os ciclos de negócios. As previsões econômicas passaram a se basear mais no efeito gerado pela política econômica. Depois da crise de 2008, aconteceu a mesma coisa. Os mesmos modelos continuaram a existir, alguns com mais preeminência, outros com menos, mas até agora não surgiu nenhum modelo novo.

ÉPOCA - Com tudo isso, devemos acreditar nas previsões econômicas?
Friedman - A economia capitalista é dependente de previsões. Não pode haver uma economia se você simplesmente acreditar que o futuro é caótico. Então, independentemente de ser confiáveis ou não, continuaremos a ter previsões. A pergunta é: que previsões são melhores para você tomar decisões? Isso tem a ver com o que você acha importante para a economia ou com o que pode mudar a economia e com todo tipo de considerações pessoais. A "indústria" de previsões será sempre um negócio próspero. Não dá para ter uma economia em que as pessoas criam inovações, fazem investimentos, abrem novas indústrias, se você simplesmente acreditar que o futuro é aleatório.

ÉPOCA - Em sua opinião, as ferramentas usadas pela indústria de previsões econômicas são mais confiáveis?
Friedman - Não diria que sejam mais confiáveis, mas são mais sofisticadas do que eram. Carregam muito mais conhecimento. No início do século XX, os pre-visores desenvolveram muitas das ferramentas usadas ainda hoje, incluindo a análise técnica do crescimento econômico, a análise fundamentalista, a econometria, o uso de indicadores econômicos. Tudo isso vem daquela época, embora fosse mais primitivo do que hoje. As premissas são as mesmas. A economia também é mais complicada hoje do que era.

ÉPOCA - Parece que as pessoas estão mais interessadas em ter uma ideia do futuro desenvolvimento de eventos econômicos, mas não se importam muito com as metodologias...
Friedman - É verdade. As pessoas querem acreditar que alguém entende como a economia funciona e tem uma boa ideia de para onde ela vai. Isso é bom e ruim. É bom porque leva as pessoas a se interessar pelo assunto e a fazer a própria pesquisa, em relação aos principais indicadores econômicos. Ao mesmo tempo, é ruim, porque algumas pessoas acabam se interessando por teorias malucas em razão dessa necessidade de ter alguém para lhe dizer o que vem por aí. Falo sobre isso no livro em relação a Roger Babson, empreendedor e economista americano (1875-1967). Muitas de suas teorias não faziam nenhum sentido. Ele as baseou nos trabalhos de Isaac Newton. Quando acertou suas previsões um par de vezes, muita gente passou a segui-lo. As pessoas não tinham interesse em saber o que estava por trás de suas previsões. Acreditavam apenas que, como ele tinha conseguido acertar, acertaria de novo. Esse é o perigo. Então, acredito que, se você pretende seguir previsões, precisa saber o que os economistas levam em conta para fazê-las. Você tem de entender os métodos usados para fazer as previsões.
 
"As pessoas querem acreditar que alguém sabe como a economia funciona e para onde ela vai"

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Duciomar: os próximos passos no tabuleiro eleitoral

        Neste final de semana muito se especulou nos bastidores sobre um ato político que o ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa, teria feito em Canãa dos Carajás. Ao que correu ele teria se lançado como pré-candidato ao Governo do Estado do Pará. Outra informação paralela diz que ele se lançou pré-candidato ao Senado. É uma informação que ainda precisa ser confirmada, mas trata-se de uma peça importante no xadrez político do Pará.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

BOLSAS DE ESTUDO – MESTRADO: Centro Celso Furtado e BNB 2014


O Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil, tonou pública a abertura da seleção para a concessão de 6 (seis) bolsas de auxílio à conclusão da dissertação de mestrado. As inscrições poderão ser feitas até o dia 31 de janeiro, semana que vem.
As bolsas se destinam ao apoio de pesquisas que tratem, na perspectiva da Economia ou de outras Ciências Sociais e tendo por referência o Brasil e outros países em desenvolvimento, de um dos temas seguintes: Agricultura, recursos naturais e desenvolvimento; Amazônia e seu desenvolvimento; Aspectos políticos e institucionais do desenvolvimento; Desenvolvimento como direito e as desigualdades regionais; Desenvolvimento e mudança estrutural;    Desenvolvimento local e regional no Nordeste; Desenvolvimento, política industrial e inovações tecnológicas; Emprego, distribuição de renda e pobreza; Financiamento do desenvolvimento; Desenvolvimento, integração regional e pacto federativo; O pensamento de Celso Furtado; Restrição externa, crescimento e inflação; Teorias do desenvolvimento.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Exportação mineral do Pará bate recorde: temos o que comemorar?

        De acordo com dados do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) o setor respondeu por US$ 13,9 bilhões do total de US$ 15,8 bilhões exportados pelo Pará em 2013. Somente em termos de minério de ferro, foram exportados, ano passado, 107 milhões de toneladas. Contudo, apesar da mineração responder por 88% da balança comercial do estado muito pouco fica em termos de retorno social destes grandes projetos.
         Ao passo que as nossas riquezas vão embora, ficamos com o ônus social gerado pelas externalidades negativas destes empreendimentos, sem as devidas compensações sociais, ambientais e financeiras. É por isto que estamos construindo um movimento popular contra a Lei Kandir.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Movimento Contra a Lei Kandir


No mês de novembro do ano passado tomei conhecimento do Projeto de Emenda Constitucional - PEC 92 de autoria do Deputado Federal Claudio Puty. Soube da iniciativa pelo jornal. Imediatamente liguei para o parlamentar para parabeniza-lo e para dizer que esta luta não poderia ser somente de um parlamentar ou de um partido, mas sim que deveria ser uma luta suprapartidária capaz de envolver toda a sociedade paraense. Para isto, é fundamental colocarmos as nossas diferenças politicas e ideológicas de lado em prol de uma causa maior.
Naquele momento conversei com o Presidente da Associação Comercial do Estado do Pará (ACP), Sérgio Bitar, e com o Presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA), Rosivaldo Batista, a respeito. Ambos colocaram as suas instituições a disposição do debate. Posteriormente, recebi apoio do Diretor da Faculdade de Economia da UFPA, Armando Lírio, e dos alunos do Curso de Economia por meio do Centro Acadêmico de Economia (CAECON).
Hoje, dia 20 de janeiro, após uma reunião na Sede da ACP, com o Deputado Claudio Puty para conhecermos os detalhes do projeto, ficou ainda mais evidente a necessidade de organização de um movimento vindo da sociedade civil capaz de envolver diversas organizações e instituições. Hoje, verdadeiramente começou a mobilização do povo do estado do Pará contra a Lei Kandir.
Com este objetivo vamos iniciar um movimento suprapartidário para organizar a nossa luta contra a Lei Kandir. Para isto, pretendemos organizar uma série de discussões sobre o tema, culminando com um ato político e com uma marcha pública. Todos aqueles que queiram contribuir para esta luta estão convidados.

Reunião na ACP sobre a PEC 92 – contra a Lei Kandir


      Hoje à tarde realizamos uma reunião na Sede da ACP sobre a PEC 92 - contra a Lei Kandir. Participaram da reunião o Deputado Federal Cláudio Puty, o Presidente da ACP Sergio Bitar, Fábio Lucio, também da ACP, e eu. Está na hora do estado do Pará se unir em prol desta causa num movimento suprapartidário e supra institucional.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Juros altos, política econômica e uma breve reflexão


Com o tempo passamos a observar que há um ciclo da taxa básica de juros no Brasil. Sempre que as eleições presidenciais se aproximam o terrorismo com a aceleração da inflação aumenta e o Banco Central adota medidas de política monetária restritiva, começando com a elevação da taxa básica de juros. Agora em janeiro o Comitê de Política Monetária (COPOM) elevou, conforme figura a baixo, para 10,5% a.a. a Taxa Selic. Novos aumentos virão com o objetivo de conter o crédito e freiar o consumo.
 
Apesar de ser formado em economia, com especialização, mestrado e doutorado na área acho que não entendo nada mesmo da matéria. Na minha leitura, completamente diferente do mainstream propagado na academia, nas mídias e defendido pela ortodoxia econômica, que lamentavelmente pauta grande parte das decisões da área fiscal e monetária do Governo Federal, continuamos equivocados nesta lógica. A ortodoxia defende um ataque pelo lado da demanda: aumento dos juros, restrição do crédito, do consumo e dos investimentos, diminuição da demanda efetiva e diminuição da pressão inflacionária. Quem ganha com isto? Certamente o mercado financeiro (forte financiador das campanhas eleitorais). Quem perde? A população com a diminuição do crescimento econômico e com as restrições de acesso ao consumo.
De outro lado, não sendo exaustivo, enxergo que o caminho, ou melhor a política deveria ser inversa. Em vez de diminuir a demanda, deveríamos estar incentivando é a oferta, ou seja, o setor produtivo, gerando emprego, renda, e estimulando o crescimento econômico. Se há aumento de preços por excesso de demanda, em vez de diminuir a demanda, deveríamos estimular a oferta. Mas aí a política deveria ser completamente inversa: diminuição dos juros, incentivo a produção, diminuição da carga tributária, melhoria nos sistemas de infraestrutura e logística, diminuição do “Custo Brasil”, diminuição dos entraves burocráticos para o setor privado e elaboração de verdadeiras políticas voltadas para o desenvolvimento e fortalecimento do setor produtivo. Quem ganha? O Brasil. Quem perde? Uma pequena elite parasitária que aprendeu a usufruir do mercado financeiro.
Observação para alguns incautos estudantes e economistas fissurados em modelos acadêmicos e amantes da ortodoxia. Já é ponto pacífico que para a aceleração do crescimento econômico é necessária certa conivência, ao menos no curto prazo, com aumentos da taxa inflacionária.
Para longe desta visão conjunturalista, e das hegemônicas, mas pobres, análises hidráulicas do sobe e desce de variáveis, deveríamos estar discutindo questões estruturais e o nosso Projeto de Nação.  
Ultima recomendação aos jovens e futuros economistas: em nossas análise precisamos sair do baixo economicismo acadêmico, de modelos dos manuais, e entendermos que a economia é verdadeiramente uma ciência política na sua concepção ampla.

Tristeza e vergonha

“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!" (Rui Barbosa)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Boataria


A disputa pela vaga de Governador do Estado do Pará pelo visto entrou na fase da boataria. A cada dia surge um boato novo. De uns dias para cá o atual Governador já renunciou a sua candidatura, já fez um acordo com o PMDB, já virou candidato ao Senado e já se aposentou definitivamente da política (já escutei até quem dissesse que ele está em estado terminal!). O pior é vermos algumas pessoas querendo demonstrar que tem acesso privilegiado a informações. Pra quê? Só pode ser vaidade, ou subdesenvolvimento político mesmo. O certo é que a melhor estratégia na política, em geral, é não sinalizar ao seu adversário qual será o caminho a ser trilhado. Até o início da campanha muitas águas ainda vão rolar, e com elas virão naturalmente os boatos...

Por um voto consciente!


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Hospital Universitário oferece vaga para economista


O HUGV-UFAM - Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas realiza concurso público para preenchimento de vaga para o cargo de analista administrativo com habilitação em ciências econômicas. 

REQUISITO: Diploma, devidamente registrado, de curso de graduação em Economia, fornecido por instituição de ensino superior, reconhecido pelo Ministério da Educação; e Registro Profissional no Conselho Regional de Economia. 

REMUNERAÇÃO: R$ 4.732,00 

Acesse o edital na íntegra: www.iades.com.br

Comissão Eleitoral do Cofecon encaminha eleições extraordinárias


Aconteceu nesta segunda, 13, na sede do Conselho Regional de Economia do Pará, a reunião da comissão eleitoral da eleição extraordinária presidida pelo Conselheiro Federal Róridan Penido Duarte e pelo membro efetivo Carlos Roberto de Castro. Estiveram presentes na reunião o conselheiro do Corecon-PA, Nélio Bordalo e a representante da Chapa 1 +Valor, Lady Francis. A reunião tinha como pauta a homologação de registro de chapas, procedimentos eleitorais e divulgação do pleito eleitoral.
Durante a reunião foi entregue ao presidente da comissão eleitoral, Róridan Duarte, documentos referentes ao requerimento de registro de chapas, posteriormente, a comissão eleitoral fez análise dos mesmos e proclamou o deferimento da chapa 1. Ao longo do período de inscrições das chapas foi registrada apenas uma chapa para concorrer as eleições.
Em relação ao procedimento eleitoral ficou estabelecido pelo Conselho Federal que o mesmo será realizado exclusivamente por correspondência e a apuração realizada no dia 26 de fevereiro deste ano, na sede do Cofecon, em Brasília. A chapa concorrente deve indicar até o dia 29 de janeiro, fiscais, titular e suplente, não candidatos, em condições de regularidade com o Corecon-PA, para participar do processo de apuração, sendo que as despesas de viagem ficam a cargo do Cofecon.
A divulgação do pleito eleitoral será feita no site do Conselho Regional de Economia do Pará, com informações referentes à Chapa 1 e seus componentes . A Chapa 1 tem até 48 horas, após término da reunião, para enviar informações ao Conselho para divulgação. No decorrer da reunião ficou estabelecido que o Conselho tem até o dia 20 de janeiro de 2014 para entregar etiquetas  dos economistas aptos a votar até a data de 13 de dezembro de 2013.
A Chapa 1 é compostas pelos seguintes candidatos para conselheiros efetivos:  Armando Lírio, Rinaldo Ribeiro Moraes e Raul Paulo Sarmento e para conselheiros suplentes: José de Lima Pereira, José do Egypto e Lady Francis Rodrigues.
 
Fonte: ASCOM, CORECON-PA.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Helenilson Pontes (PSD) deverá ser mesmo o vice de Jatene (PSDB)


Apesar de ter sido cobiçada por alguns políticos a vaga de vice governador na chapa de Simão Jatene (PSDB), que deverá concorrer a reeleição, ao que tudo indica, deverá mesmo ficar com o atual vice governador Helenilson Pontes (PSD).

SUFRAMA abre concurso público com oportunidades para economistas


A Superintendência da Zona Franca de Manaus torna pública a realização de concurso público para provimento de vagas em cargos de nível superior e de nível intermediário.

Leia mais: http://www.coreconpara.org.br/noticia.php?id=339

O voto e o ladrão


“Não é a política que faz o candidato virar ladrão: É o seu voto que faz o ladrão virar político” (desconhecido).