quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A CRUZ, NOSSA GLÓRIA!


Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Já declarei minha frustração com o fato de que a cruz foi posta de lado no louvor e na pregação atuais. No visual, alguns a trocaram pela estrela de Davi. Nos cânticos, foi substituída por expressões vazias, como “voar nas asas do Espírito”. Há um cântico que fala do rio que salva. É a salvação aquática, não pela cruz. Muitos púlpitos pregam o trono do cristão na terra (riquezas, saúde plena, vida sem problemas), não o chamado de Jesus para tomar a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).
 A cruz é ofensiva ao pecador. Ela declara que nossos esforços nada valem para a salvação e que nossa virtude não nos justifica diante de Deus. A cruz diz o que somos sem meias palavras. Ela declara que somos pecadores e que precisamos do perdão que vem dela. Há hoje muito falatório com o nome do Espírito Santo, mas será que o Espírito leva a afastar-se da cruz e a perder o fascínio por ela? O Espírito apaga a cruz na vida da igreja? Sem a cruz a igreja não existe. Nossa redenção efetuou-se nela: “E eles cantavam um cântico novo: Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5.9). Somos o povo formado pelo sangue vertido na cruz.
A cruz declara a falência dos homens, mas também o poder de Deus: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (1Co 1.18). Para um mundo em trevas, a cruz não faz sentido, mas foi ela que Deus escolheu e que o Filho aceitou. É nela que o Salvador oferece perdão aos pecadores. Pregação que não exalta a cruz, culto não faz a cruz brilhar e cânticos que não avultam a cruz em nosso coração, falharam.
No salão de cultos da PIB de Nova Odessa está o texto de 1Coríntios 1.23: Bet mes sludinam Kristu krusta sisto (Mas nós pregamos a Cristo crucificado). Isto deveria estar impregnado na vida de cada igreja. Os judeus queriam sinais. Há cristãos com alma judia. Querem sinais de todo jeito. Os gregos queriam sabedoria. Há cristãos com alma grega. Querem filosofar. Deus propõe a cruz. Não há outro plano. É a cruz. Ela simboliza a religião verdadeira: a linha vertical, na direção de Deus. A horizontal, na direção dos homens. Graças à cruz podemos nos relacionar bem com Deus e com os homens.
Não se apague a cruz da nossa mente e do nosso coração. Somos o povo da cruz. Ela é a nossa glória. “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo…” (Gl 6.14).
De um fascinado pela cruz.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Artigo: A importância do planejamento estratégico para as organizações públicas – e o paradigma das metas x resultados pelo BSC e PDCA


Rinaldo Moraes – Economista da Sudam. Bacharel em Administração e Contabilidade. Doutor e Professor da UFPa do Curso de Pós Graduação em Gestão Empresarial.

            Movimento é uma palavra cara e chave no atual mundo das organizações – públicas ou privadas. Por movimento entenda-se uma categoria conceitual que se alinha, intensamente, a um modelo de gestão dinâmico – e que se opõe, do outro lado, a um padrão de gestão fragmentada ou mecanicista. Movimento se opõe, também, àquilo que está parado. E muitas organizações públicas estão estagnadas – e, portanto, alinhadas a um modelo de gestão burocrático-weberiano.
Os modelos de gestão de tradição fragmentada e que trabalham pensando no curto prazo – e que também não se antecipam às mudanças que o mercado e a sociedade impõem - são modelos estáticos que focam o improviso e, portanto, fazem parte de organizações que apresentam dificuldades em se reinventar ou perceber oportunidades. De uma outra forma: organizações estáticas e da cultura da subserviência - ou pouca inventiva - apreciam a zona de conforto. Mudança é um paradigma que assusta.
            De fato, mesmo, sair da zona de conforto é tarefa difícil para qualquer organização pública – e nunca será tarefa fácil para qualquer gestor. Ora, somos, na gestão pública, quase todos cartesianos ou funcionalista – e isto é reproduzido nos cursos medianos de administração ou nos próprios MBAs de elevada carga teórica e pouco conhecimento prático. Creio que todos os gestores públicos precisariam conhecer categorias do universo privado da gestão como vantagem competitiva, singularidade, valor, mercadologia e meritocracia para, assim, tentar colocar a casa de qualquer instituição em ordem. Ora, o mundo tornou-se profundamente dinâmico e complexo nos últimos anos – e, por isto, entenda-se um mundo em movimento que deve ser gerenciado por profissionais da gestão.
            Um mundo em movimento provoca impactos nas organizações públicas – e deve, sim, deixar os seus gestores atentos e preocupados. Havia um tempo em que a sociedade tolerava apenas o feijão com arroz – ou seja, o basicão da gestão pública em que o mínimo era aceitável. O planejamento estratégico, quando implementado, só focava a dimensão financeira e não enfatizava o confronto da trilogia indicadores x metas x resultado. Nesse mesmo tempo as mudanças demoravam a acontecer – e quase não aconteciam. O mundo, sem exagero, era mais estático e os gestores públicos não precisavam ter múltiplas habilidades – e nem precisavam conhecer a teoria da complexidade – onde a gestão deve ser exercida em um universo de interdependência e redes estratégicas.
            Nos últimos decênios, todavia, o mundo tornou-se mais dinâmico. Algumas empresas públicas tornaram-se mais inventivas – e mais inovadoras e mais focadas na sociedade pela efetividade e não apenas pela eficiência. Alguns governantes de países ricos abraçaram, de forma certeira, as teses capitalistas da formação da riqueza para as diversas classes sociais. Governos de países como Alemanha e Coréia do Sul, por exemplo, perceberam a necessidade de um estado focado em resultados – sem necessariamente ser um estado fraco.
            Na América Latina três países passaram a se destacar na nova realidade do movimento de geração de valor e resultado para a sociedade – Colômbia, Chile e Brasil. Sem dúvida, o nosso Brasil é o destaque pela imponência continental e pela dualidade de seu desenvolvimento nacional. Do Governo Collor, pela sua abertura comercial até o Governo FHC o Brasil experimentou fases sofisticadas de alinhamento ao movimento global: o mercado se ampliou e novos competidores foram percebidos pelo consumidor. De Lula para Dilma o movimento se intensificou – com grandes ganhos no quesito de melhoras nos indicadores sociais e também avanços econômicos e tecnológicos conforme conferidos por algumas empresas do mercado de capital.
            Há, todavia, no quesito da gestão pública, um grande desafio a ser vencido para o Brasil permanecer na rota do desenvolvimento social e econômico – a diminuição das disparidades regionais. Vários ministérios do Governo Federal – como o Ministério do Planejamento e Ministério da Integração - estão buscando melhorar o processo de gestão através da prática do planejamento estratégico e, pela sua execução, diminuir as disparidades regionais.
A busca para o planejamento estratégico ocorre quando o cenário que a organização – ou o próprio país – está inserido é de muita incerteza e estranheza. De fato, mesmo, o futuro é incerto e o presente é complexo até para as organizações públicas – e todas as ações, então, necessitam estar alicerçadas pela prática do planejamento conforme preceituam, inclusive, o PPA e a LDO. O que o governo federal deseja, na prática, é prestar contas para a sociedade e isto só pode ser realizado pela implementação do planejamento estratégico.
Digo que apenas pela implementação do planejamento estratégico se pode falar em monitoramento e avaliação de projetos – e fazer o inverso é um grande risco de não ter o que se avaliar. Como avaliar o que não foi planejado? Como definir metas se os indicadores não estão construídos? Como falar em indicadores se os objetivos estratégicos não podem ser mensurados – ou factíveis? Não, por acaso, uma ferramenta de medição de melhoria da gestão se dá pelo nome de PDCA[1] – primeiro se planeja, depois realiza-se o que foi planejado, em seguida confronta-se metas com resultados e, por último, faz-se a correção de rota se preciso for. Isto é uma gestão focada em processos.
            Nesta conjuntura toda – da necessidade do planejamento estratégico – é que surge uma ferramenta de pode contribuir para o alinhamento das estratégias organizacionais – de seus respectivos objetivos - até a operacionalização das ações de qualquer autarquia: o BSC ou Balanced Scorecard. Sim, é perfeitamente factível que essas organizações, pelo seu planejamento estratégico, façam um alinhamento com o mapa estratégico dos ministérios que estão vinculadas mas que, também, tenham os seus próprios objetivos estratégicos, indicadores e metas bem definidos. É daqui que nasce o plano de ação – portanto, é esta a única contingência de curto prazo que existe no tratamento da estratégia.
            A implementação do planejamento estratégico pelo BSC nas organizações públicas deve começar pela atualização e definição de sua missão, visão, valores e objetivos estratégicos dentro de quatro perspectivas: processos internos, sociedade local, servidores e finanças. Depois, avança-se para a construção dos indicadores e definição das metas da organização – ou de cada unidade. O último passo é a elaboração do plano de ação. Avisa-se que é perfeitamente possível a construção do plano de ação já alinhavado com o PDCA – e é por este que se deve trabalhar o monitoramento e a avaliação da gestão mediante confronto das metas que foram definidas e os resultados alcançados.
            Deve-se destacar, portanto, que a cultura de uma gestão focada no binômio indicadores x metas é fruto de um modelo de gestão alicerçado em resultados – e igualmente resultado de uma política de meritocracia e do próprio mundo em movimento. Portanto, antecipar-se, na gestão pública, pela execução do planejamento estratégico, é uma necessidade de sobrevivência das organizações públicas – dos três níveis de governo - neste Brasil cheio de incertezas, crises e riscos – mas também de oportunidades para gestores públicos ousados e empreendedores.


[1]          O Ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) é uma ferramenta gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização, sendo composto das seguintes etapas: Planejar (PLAN). Executar (DO). Verificar, checar (CHECK) e Agir corretivamente (ACTION). 

Posse COFECON

Compartilho o convite para a solenidade de recondução da Presidência e posse da Vice-Presidência do Conselho Federal de Economia (COFECON) para o exercício de 2013, bem como posse dos Conselheiros Federais eleitos para o mandato de 2013/2015, que acontecerá no dia 20 de fevereiro de 2013 a partir das 19h30, no Memorial JK, na cidade de Brasília-DF.




Estudantes exigem ação contra antigos problemas


Fico feliz de ver os estudantes de economia da UFPA engajados nas questões relativas ao desenvolvimento do estado do Pará. Mais do que técnicos bem formados que dominem o ferramental econômico precisamos de cientistas sociais que não só saibam realizar diagnósticos sobre a economia e a sociedade paraense, mas que tenham condições de intervirem concretamente nesta realidade alterando a nossa trajetória de desenvolvimento. Como professor me sinto orgulhoso de vocês. Parabéns!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nova eleição para o Corecon-Pará


Como todos já devem saber o Conselho Federal de Economia (COFECON), anulou a eleição para o CORECON-PA determinando a abertura de novo processo eleitoral. Tenho sido bastante questionado por alguns economistas sobre a nulidade do pleito como Conselheiro Federal. A determinação da nulidade do pleito se deu em função de acusações de boca de urna, uso de máquina pública e de voto fora do horário eleitoral.
Tenho a esperança de que neste novo pleito as querelas pessoais sejam deixadas de lado em favor dos verdadeiros interesses da categoria. Espero que haja bom senso e de que esta nova eleição aconteça em alto nível, com debates efetivos sobre ações em prol da categoria.
A votação ocorrerá somente por correspondência. Os economistas receberão em seu endereço postal as cédulas de votação. Após votar os economistas deverão postar o voto por correspondência com a apuração ocorrendo no dia 28 de fevereiro na sede do COFECON em Brasília. Assim, pede-se que este procedimento seja feito com a máxima brevidade para que os votos cheguem a tempo da coleta para apuração.
Este é o momento de exercermos o nosso direito democrático como economistas. A participação de todos neste processo é fundamental!  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Tartaruga não sobe em árvore

Estava numa reunião hoje à tarde e escutei uma boa, destas que vale a pena anotar. Em determinado momento uma pessoa que estou aprendendo a admirar cada vez mais, dia após dia, disse: “- Tartaruga não sobe em árvore! Se ela está lá é porque alguém colocou!”

Quem você prefere? Quem te adula ou que te constrange?


Lembrando uma afirmação de Santo Agostinho, uma de minhas preferidas: “Prefiro aqueles que me constrangem, porém me corrigem, do que aqueles que me adulam e me corrompem!”

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

PPS promoverá debate sobre rumo partidário


O Diretório Municipal Partido Popular Socialista (PPS) em Belém realizará encontro na próxima terça-feira dia 23 de janeiro no Clube Monte Líbano, a partir das 19h para discutir os rumos do partido nos próximos anos. Na ocasião haverá a palestra “Os Novos Rumos do PPS na Política Brasileira” a ser proferida por Francisco Inácio de Almeida. O evento será aberto!

Currículo do palestrante

Francisco Inácio de Almeida, jornalista, membro da Comissão Executiva do Diretório Nacional do Partido Popular Socialista, diretor da Fundação Astrojildo Pereira (Instituída pelo PPS) e editor executivo da revista Política Democrática. É autor de vários livros, entre os quais se destacam “O perfil parlamentar de Roberto Morena”, “O último secretário” (sobre Salomão Malina), “Itamar Franco - Homem público democrata e republicano” (com Ivan Alves) e “O mensalão e o Estado de Direito”. 

PV anuncia que deverá ter candidato próprio ao governo do Pará e ao senado


Em reunião com lideranças da Região Metropolitana de Belém na qual o Partido Verde (PV) traçou o seu planejamento para os próximos dois anos, os verdes deliberaram por uma provável candidatura própria para governo do estado do Pará e para o senado. O pré-candidato a governo é o advogado e militante ambiental José Carlos Lima. 

PPS pode se fundir com novo partido de Marina Silva


Em meio às especulações de que a ex-senadora, ex-ministra e ex-candidata a presidência da república, Marina Silva, atualmente principal líder do Movimento Nova Política, deverá lançar agora no mês de fevereiro o seu novo partido, com o principal objetivo de concorrer novamente ao Planalto, há uma possibilidade de que este novo partido surja da fusão de seu movimento com o Partido Popular Socialista (PPS) que discute em nível nacional um processo de refundação de seus princípios e valores. Esta possível fusão está em discussão entre as principais lideranças nacionais do Movimento Nova Política e do PPS. 

domingo, 20 de janeiro de 2013

Corrupção vs. Honestidade


Movimentações para a eleição de 2014


O Blog Economia, Política e Religião já noticiou anteriormente acerca das especulações sobre uma possível composição do PT com o PMDB para a eleição de governador em 2014. Dizem que o atual ministro da saúde Alexandre Padilha (PT) comporia uma chapa com o ex-prefeito de Ananindeua Helder Barbalho (PMDB). Algumas análises apontam que caso isto ocorra o atual governador Simão Jatene (PSDB) ganhará a eleição ainda no primeiro turno. Para haver segundo turno, estas análises apontam para a necessidade de PT e PMDB lançarem chapa própria. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Amizade


Gostei de uma nota que saiu na Coluna do Bernardino Santos no Jornal O Liberal que transcrevo literalmente a seguir.

“Na sociedade competitiva em que vivemos, o elogio passou a ser uma regra em extinção. No trabalho, elogiar o colega pode significar depreciação de si mesmo em frente ao chefe (...) As amizades são movidas cada vez mais por interesses e contingências. Sobre isto dizia Voltaire: ‘Os malvados só tem cúmplices; os festeiros, companheiros de farra; os ambiciosos, sócios; os vagabundos tem contatos, e os príncipes, cortesãos – mas só as pessoas virtuosas têm amizades’.”  

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

COFECON divulga nova edição da Revista Economistas


1. O Conselho Federal de Economia (COFECON) divulgou a publicação da Revista Economistas – ANO III  – Nº9. Esta edição traz em seu destaque uma entrevista exclusiva com o Ministro da Fazenda Guido Mantega;
2. O Ministro Guido Mantega relata em sua entrevista os impactos que a economia brasileira recebeu da crise econômica que afeta o cenário mundial. Aponta as medidas adotadas pelo governo para combater os principais pontos críticos, mostrando as ações apropriadas e as medidas adotadas pelo governo para fortalecer a economia e a competitividade industrial do Brasil. Ressalta a solidez fiscal da economia brasileira, certo de que esta solidez é o nosso ponto forte, com um enfoque nos investimentos públicos, propiciados pelo crescimento econômico sólido que permite tais investimentos em áreas sociais;
3. Por fim, o Ministro Guido Mantega deixa sua mensagem aos economistas brasileiros, demonstrando que a consistência da nossa economia propiciará ao país alçar novos patamares de desenvolvimento e que a melhoria nas condições de boa parcela da população brasileira vem confirmar o nosso potencial de  desenvolvimento, aliando  o crescimento ao bem estar social;
4. Na seção Opinião Econômica, renomados economistas analisam o cenário econômico do país e a importância do profissional Economista. Segue a síntese dessa seção:
I. Quais são os principais Desafios para o Brasil hoje?  – O Economista Wilson Cano atenta para questões históricas, desafios internos e externos, elencando as medidas que deveriam ser adotadas na política econômica brasileira  a fim de atingir os objetivos e asmudanças necessárias para o desenvolvimento econômico de forma consistente e eficaz;
II. O Economista e seu lugar no mundo profissional – O Economista Rubens Sawaya aborda a formação acadêmica, enfatizando áreas como microeconomia, macroeconomia, política econômica, história econômica e o instrumental quantitativo matemático. Tais campos permitem ao estudante de Economia enveredar-se em diferentes tipos de atividades, agregando diversas especialidades dinâmicas e promovendo a formação de um profissional diferenciado, com um abrangente leque de oportunidades;
5. Nesta edição desta-se, ainda, o XXIII Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia, realizado em Belo Horizonte nos dias 12 a 14 de setembro, no qual grupos de trabalhos discutiram a formação e campo de trabalho do economista, a melhoria do sistema COFECON/CORECON e a conjuntura econômica;
6. Paralelamente foram realizados o VIII Encontro de Economistas de Língua Portuguesa e a II Gincana Nacional de Economia, além da entrega do Prêmio Brasil de Economia, que premiou os trabalhos científicos que obtiveram, em suas categorias, as primeiras colocações;
7. A edição traz também a participação do COFECON em debate na Câmara dos Deputados sobre “Políticas Públicas de Estímulo ao Consumo e seus Efeitos na Economia do Brasil”. Na ocasião, esta Presidência falou sobre os estímulos ao consumo como algo positivo no curto prazo, mas ressaltou que o que move a economia são os investimentos e lamentou a falta de planejamento na economia brasileira;
8. Comunicamos que a revista está disponível inteiramente para leitura na página eletrônica do COFECON, no seguinte endereço: http://www.cofecon.org.br/

Desejo uma boa leitura.

O imbróglio do Pedral do Lourenço, da Hidrovia do Araguaia e da ALPA


No ano de 2010, as vésperas da eleição presidencial, o então Presidente Lula foi a Tucuruí inaugurar as Eclusas de Tucuruí. A importância desta obra se dá pelo fato de permitir a plena navegabilidade da Hidrovia do Araguaia permitindo uma maior integração intra-estadual na medida em que irá consolidar mais um eixo de conexão do Sul e Sudeste do Pará com as regiões do Tocantins, Nordeste paraense e Metropolitana.  A hidrovia também permitirá a consolidação de um eixo alternativo para o escoamento de grãos do Centro-Oeste brasileiro. Após dois anos de inauguração das eclusas a hidrovia ainda não está em operação em virtude de não ter sido feita a derrocada do Pedral do Lourenço, que continua impedindo a navegação plena do Rio Araguaia. Lamentavelmente esta ação, que foi incluída e excluída do PAC, passa a ser fundamental para a verticalização da produção mineral por viabilizar a implantação da ALPA.
Acompanhei a luta da ex-governadora Ana Júlia (PT) ao cobrar da Vale ações mais incisivas no sentido de gerar emprego e verticalizar a produção do minério de ferro no Pará. A ALPA foi pactuada entre a Vale e o Governo do Pará, creio que com a interveniência do Governo Federal. Hoje, além de não termos viabilizado a Hidrovia do Araguaia, podemos estar, dia após dia, inviabilizando a consolidação do pólo metal-mecânico em Marabá. Fico me perguntando, este imbróglio está sendo causado por quê? O Pará não é espaço prioritário por parte do Governo Federal? As diferenças político partidárias entre o Governo Federal e Estadual estão inviabilizando o projeto? Falta interesse e emprenho do Governo do Estado no sentido de cobrar o andamento dos projetos? O que sinto é que no meio de todos estes questionamentos a população do estado do Pará continua a “ver navios”. Passa-se o tempo, vão-se os minérios e ficam aqui a pobreza e a miséria!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Nota Pública sobre Candidatura


Venho por meio desta nota pública declarar que NÃO serei candidato a nenhum cargo eletivo nas eleições de 2014. Trata-se de uma decisão pessoal e irrevogável, pois preciso dedicar um pouco mais de tempo para alguns projetos e principalmente para a minha família.   
Faço questão de tornar pública esta minha decisão em respeito àqueles que vêm em mim depositando confiança e expectativas na transformação de nossa sociedade através de uma nova política. Agradeço, mais uma vez, aos 1.467 eleitores que acreditaram na ultima eleição que é possível fazer política de forma diferente e que apostaram na renovação. Não conseguimos a titularidade da vaga para vereador, mas tenho convicção de que saímos vitoriosos do processo. Mostramos que é possível sim participar de um processo político sem se corromper, sem entrar no jogo da compra de votos e da troca de favores. Debatemos ideias e temos plena certeza de que plantamos uma semente.
Fico emocionado quando vejo alguma manifestação espontânea de apoio e de incentivo para não desistir. Tenham a certeza de que não desistiremos. Continuaremos, mesmo sem mandato e sem participar do próximo processo eleitoral como candidato, lutando por uma sociedade mais justa.
Manifesto também publicamente a minha não candidatura para acabar com a especulação de algumas pessoas de “alma pequena” que passaram a creditar tudo o que faço em função de interesses eleitoreiros. Fui candidato sim, mas antes mesmo de optar por uma candidatura já me envolvia em ações sociais, em atividades cívicas e na busca por uma sociedade mais justa. Não serei candidato, mas continuarei a me envolver com atividades que procurem mudar a nossa realidade social. Peço que estas pessoas evoluam e ao invés de ficarem criticando as ações de outros, procurem também fazer a sua parte.
Desta forma, tiro um peso de minhas costas, o terrível e mesquinho rótulo do interesse eleitoreiro. Se alguns veem apenas eleitores e votos, eu procuro sempre ver pessoas. Continuarei a fazer a minha parte.
Finalmente, deixo duas reflexões. Primeiro, não é porque não participamos diretamente de um processo eleitoral como candidato que não podemos ser um ator político importante. Cada um de nós pode, e deve, fazer a sua parte e exercitar o controle social sobre os nossos representantes eleitos e sobre as políticas públicas.  Segundo, por mais que saibamos que não conseguiremos mudar o mundo e acabar com as suas mazelas sociais, jamais podemos perder a utopia e o sonho de tentar fazê-lo.

Eduardo Costa

Repartição do FPE e do FPM: sinal amarelo para a sociedade paraense


Eduardo Costa

Causa-me espanto como algumas questões importantes para a sociedade paraense são tratadas com elevado descaso. Já havia anteriormente alertado, em outras oportunidades, sobre a importância da participação efetiva de nossos representantes eleitos, tanto na Câmara Federal quanto no Senado, nas discussões relativas aos novos critérios de repartição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Alertei que da forma como a discussão estava sendo encaminhada, influenciada principalmente pelas bancadas dos estados do centro-sul do país, o estado do Pará iria mais uma vez ser lesado no já esgarçado federalismo fiscal brasileiro em função dos critérios então discutidos serem desfavoráveis ao Pará.
Passado alguns meses, nada mudou. Pior, o assunto é ignorado inclusive pelo poder legislativo estadual. Aliás, já passou do momento da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) discutir seriamente este e outros assuntos, tais como o veto da Presidente Dilma a repartição dos royalties do Pré-Sal, a instituição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), as compensações pela perda de arrecadação do estado com a Lei Kandir e com a cobrança do ICMS de energia no local de consumo, e o fato das emendas da bancada do estado serem continuamente contingenciadas.
Especificamente em relação ao FPE e ao FPM o Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado inconstitucional o atual modelo de repartição e estipulou um prazo até o final de 2012 para que o Congresso Nacional discutisse a aprovasse um novo marco legal para a distribuição dos fundos.
Atualmente o FPE e o FPM são fundamentais para a sobrevivência, principalmente, dos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, que recebem 85% dos valores dos fundos. Desta forma, o repasse de verbas responde por grande parte do orçamento dos estados e municípios destas regiões.  Para se ter uma ideia no ano de 2012 o repasse foi da ordem de 70 bilhões de reais para os estados e 69,2 bilhões para os municípios.
Algumas incertezas pairam sobre o futuro da discussão do tema. Dada à dificuldade do Congresso Nacional votar o assunto há a possibilidade do STF legislar sobre o tema. Outra possibilidade é a judicialização do repasse na medida em que o prazo estabelecido para a definição de novos critérios já venceu. Assim, ou o Tribunal de Contas da União (TCU), que informa anualmente os percentuais de distribuição, mantém os percentuais atualmente vigentes, ou o repasse pode ser suspenso até o Congresso ou o STF deliberarem sobre o assunto. Acredito que esta é uma possibilidade remota, pois causaria uma crise federativa sem precedentes.
Contudo, para o estado do Pará esta discussão é ainda mais delicada. É fundamental uma articulação de bancada que não só impeça a diminuição da fatia do estado no bolo da distribuição, mas que garanta a inclusão de novos critérios favoráveis ao estado e que garantam o aumento do percentual de distribuição. Para isto, além de um adequado subsídio técnico para a discussão do tema, é importante a montagem de uma arquitetura política-institucional que permita que o Pará deixe de ser preterido nesta discussão e passe a ser protagonista do debate. Mas, isto depende, reintero, da capacidade de articulação política e do poder de convencimento de nossos representantes eleitos. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

A retórica e a hipocrisia

"A pior coisa em uma pessoa é a hipocrisia. Depois de uma belíssima retórica os seus atos são iguais aos que tanto criticam. O tempo é realmente o pai de todas as verdades. Se queres realmente conhecer a verdadeira intenção de algumas pessoas dê tempo ao tempo" - Eduardo Costa

VIDA CRISTÃ OU PIROTECNIA?


Isaltino Gomes Coelho Filho

Numa revista evangélica vejo uma propaganda camuflada de ação evangelizadora: 300 cristãos indo a Israel para “atos proféticos” para efetuarem “a unção do mar da Galiléia para que o avivamento chegue a todos os habitantes de Israel e oração no monte Carmelo para queimar toda a incredulidade e sofismas sobre Jesus, o Messias”.
Presumo que o conceito de “atos proféticos” tenha seu lastro nos atos de Isaías e de Jeremias (Is 20.1-4, Jr 19.1-10, por exemplo). Nos profetas, estes atos são chamados de “profecia simbólica”. Porque a profecia pode ser oral (“Assim diz Yahweh”), visual (“Que vês, Jeremias?”), simbólica (quando um ato simboliza o que Deus fará) e factual (quando um fato histórico é profético, como a Páscoa e o episódio de Números 21.4-8 profetizam a obra de Jesus). “Atos proféticos” têm tênue semelhança com profecia simbólica. Uma leve tintura bíblica, mas não é ensino bíblico para prática.
Nos profetas, tais atos foram usados por Deus para demonstrar algo que ele faria. Na reengenharia espiritual pirotécnica do neopentecostalismo, eles são causadores do que os gurus pretendem. Nos profetas bíblicos é uma revelação divina. Nos “profetas” atuais é uma determinação humana. Na Bíblia, Deus revelava o que faria. Agora, os homens determinam a Deus, com seus atos, o que ele deve fazer. Além da visão exagerada a seu próprio respeito, beirando à megalomania, os fazedores de atos proféticos têm uma visão distorcida das Escrituras. Na teologia cristã, cristalizada há séculos, a Bíblia é a Palavra de Deus, autoritativa e normativa. No neopentecostalismo, a Bíblia é indicativa. Ela indica ações que deram certo e que podemos repetir. Ela não é Palavra de Deus, uma revelação verbalizada e proposicional, acontecida na história, mas um depósito de práticas religiosas que podemos utilizar. Ela não mostra o Deus que age na história, mas revela práticas que devem ser repetidas. Neste enfoque, o poder não está em Deus, mas nelas. O foco é o agir humano. Este produz o agir divino.
O abandono da Bíblia como fonte de autoridade, o desprezo pelo seu estudo, o sarcasmo para com os que se aprofundam nela e a vaidade de se presumirem como oráculos de Yahweh e de não subordinarem seus insights ao crivo de outros, produzem esses gurus e suas pirotecnias. Um mínimo de razão (que não é pecado; Deus no-la deu): jogar azeite no mar da Galiléia vai produzir avivamento em Israel? É de avivamento ou de conversão que Israel precisa? Por que a deificação do azeite ou da unção? Ungem-se pessoas para vencerem o Diabo. O azeite “fecha o corpo”? Ou o Diabo é vencido conforme as orientações bíblicas (Ef 4.27, Tg 4.7 e outras)? Unção de mar faz alguém se converter ou é a evangelização e ação de Deus através dos crentes, na história e como ele deseja? A ideia de atribuir poderes mágicos ao azeite nada mais é que a visão pagã de que as coisas contêm energia espiritual. Produto do orientalismo que invadiu o ocidente com o movimento Nova Era, que nada mais era que o velho paganismo.
A pirotecnia é atraente por ser dramática. E porque é mais fácil fazer uma oração poderosa (geralmente aos gritos, pois estas pessoas associam poder espiritual a volume de decibéis) “para queimar toda a incredulidade e sofismas sobre Jesus, o Messias” que dobrar os joelhos em busca de autoridade espiritual e estudar para ter como argumentar com os judeus sobre o Messias. O neopentecostalismo é uma busca de atalhos, produto de uma cultura enraizada numa sociedade fast food, em que ninguém quer esperar. É pílula ou cirurgia para emagrecer, e não a disciplina ou tratamento. É o creme que reduz celulite enquanto a mulher dorme. Ou que faz nascer cabelo enquanto o homem toma seu chope.
A redução da vida cristã em toda a sua complexidade (mesmo na sua simplicidade) a atos pomposos eivados de pirotecnia espiritual está criando uma geração de cristãos preguiçosos, que não encaram a dureza da vida cristã nem praticam as disciplinas espirituais (leitura da Bíblia, oração, mortificação diária do seu eu, comunhão com os santos, etc.), mas buscam festa e artificialidade.
Evangelizar grupos específicos requer muito preparo espiritual e bastante estudo. Deus me deu o privilégio de dialogar com algumas pessoas de formação marxista, em meus estudos e no decorrer de meu ministério. Algumas delas foram batizadas, outras ficaram pensativas e outras mais fizeram o escarcéu habitual de quem se julga emancipado de Deus, e me consideraram um indigente mental. Foi duro, requereu estudos e até aborrecimentos. Nunca ungi O capital para ganhar algum deles para Cristo. Foi oração e preparo.
Se as coisas fossem assim tão fáceis, bastaria ungir o Lago Paranoá, a sede dos partidos políticos e os palácios de governos estaduais e municipais. Ah, sim: sem esquecer o Congresso e as câmaras estaduais e municipais. Mas não é assim que funciona. É pela atividade dos crentes, testemunhando, vivendo o evangelho, questionando atitudes erradas e denunciando o pecado. O modelo do Novo Testamento é o sal salgando a sociedade e não o azeite ungindo o mundo.
Sem dúvida que aparecerão trezentas pessoas para irem a Israel ungir o mar da Galiléia e gritar no monte Carmelo. Mas duvido que isso produza a conversão de um judeu sequer.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Para reflexão: um povo cúmplice

“O cidadão que elege um político corrupto não é vítima, é cúmplice” – Eduardo Costa

Belém 397 anos: uma pequena reflexão


Hoje a minha cidade natal comemora mais um ano de fundação. Como todo aniversário, deve ser uma data comemorativa. Contudo, não podemos perder a oportunidade da reflexão. Belém do Pará, que há cem anos era relatada pelos viajantes como uma cidade moderna, influenciada pelo Ciclo da Borracha, despontava com uma infraestrutura urbana sem igual no país. Fomos vanguarda em temos de planejamento urbano, iluminação pública, transporte urbano coletivo, saneamento urbano, sem falar na pujança cultural cujo símbolo passou a ser o nosso Teatro da Paz.
Porém, como resultado de uma elite econômica e administrativa de pouca visão, fomos ficando para trás ao longo dos anos. Hoje, nos temas que há cem anos éramos referências em termos de modernidade, somos referência em termos de atraso, descaso e ausência de visão pública de planejamento e gestão.
Sei que o que vou dizer é forte. Mas não posso me escusar. Depois de alguns anos de reflexão e análise, continuo afirmando que falta por parte de nossa elite dirigente, política e econômica, visão estratégica, capacidade de planejamento e gestão e, acima de tudo, compromisso com o coletivo e com os mais carentes.  Todavia, o povo não pode ser visto como uma vítima deste processo. O povo é cúmplice, principalmente porque elege recorrentemente os mesmos representantes.
Não resta dúvida de que o povo de Belém de uma forma dicotômica é a sua principal virtude e o seu principal problema. Não há no Brasil, quiçá no mundo, um povo tão hospitaleiro, afetivo, amigo, aberto, gostoso, como o povo de Belém do Pará. Lamentavelmente este mesmo povo está deixando muito a desejar em termos de participação cívica, controle social e maturidade democrática. Os representantes políticos democraticamente eleitos são reflexos de uma sociedade. Logo, se queremos mudar os nossos políticos, precisamos começar mudando a sociedade, o povo.
Que nesta data comemorativa fique esta reflexão. Parabéns Belém do Pará!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Aula inaugural da Faculdade de Economia da UFPA (2013)


Compartilho com todos aqueles que desejam aprender um pouco mais sobre economia ou sobre a conjuntura econômica atual o convite para a Aula Inaugural da Faculdade de Economia da UFPA com o prof. Dr. David Ferreira Carvalho. Destaco que na ocasião haverá a posse dos professores Dr. Armando Lírio e Dr. Danilo Fernandes respectivamente como Diretor e Vice-Diretor.



Cenário político para 2014 começa a ser desenhado no estado do Pará


Após as eleições municipais, que funcionam como uma prévia para as eleições estaduais, na medida em que os partidos e players políticos demonstram a sua força e a sua capilaridade, o cenário para 2014 começa a ser desenhado, mesmo que preliminarmente, no estado do Pará.
Tudo indica que o PMDB será a “noiva” a ser cotejada pelos projetos tucano e petista. Estrategicamente o Governo Simão Jatene teria, mesmo que não publicamente, deliberado pela aproximação com o PMDB de Jáder Barbalho. Como carta estratégica o Governo Tucano pode oferecer a vice-governadoria para o PMDB em 2014, que possivelmente deve indicar o ex-prefeito de Ananindeua Helder Barbalho. Contudo esta possibilidade tem provocado resistência de alguns na medida em que pode atrapalhar o “Projeto Zenaldo Coutinho para governador em 2018”.
Ademais, há fortes rumores de que o Senador Jáder Barbalho já teria tido uma conversa preliminar com o Governo Dilma Roussef no sentido do PMDB compor uma chapa com o PT. Este mesmo rumor dá conta de que o atual Ministro da Saúde Alexandre Padilha seria candidato a governador tendo como vice o ex-prefeito de Ananindeua.

Veremos...

Governo do Estado cria Secretaria Extraordinária de Articulação Municipal


Parabenizo o Governador Simão Jatene (PSDB) por ter criado a Secretaria Extraordinária de Articulação Municipal. Não há dúvida de que a relação entre o executivo municipal e o executivo estadual precisa se afinar para a construção de um modelo social alternativo, com políticas públicas articuladas em múltiplas escalas e pactuadas com a população. A agenda federativa a ser vencida no Pará é enorme e desafiadora. Torço por um bom trabalho do colega economista Sérgio Bacury. Sei que ele tem competência e ânimo para realizar um bom trabalho.
Vale somente rememorar que no Governo Ana Júlia (PT), a então criada (e extinta logo no início do Governo Tucano) Secretaria de Estado de Integração Regional, que teve como secretário o Cientista Social André Farias (hoje professor da UFPA), da qual eu tive o privilégio além de elaborar o projeto de criação de ser o secretário adjunto, tinha, dentre outras missões institucionais, as mesmas hoje atribuídas a nova secretaria. Destaca-se naquele momento a criação da Sala das Prefeituras, a Política Estadual de Apoio ao Desenvolvimento de Consórcios Públicos, a Política de Apoio ao Desenvolvimento de Agências de Desenvolvimento Regional, os planos de desenvolvimento regionais (Marajó, Xingu, Tocantins e Lago de Tucuruí), os agentes de integração regional, o Fórum de Gestores Regionais, o Fórum de Prefeitos, os Centros de Integração Regional (Santarém e Marabá), o Atlas da Integração Regional, e uma lógica proposta diferenciada para a operacionalização do Fundo de Desenvolvimento do Estado do Pará (FDE).
Pena que a agenda proposta foi interrompida com a mudança de governo. Espero que a nova secretaria, com humildade, retome aquela agenda proposta, pois para além das picuinhas político-partidárias, há uma população, principalmente no interior do estado do Pará, extremamente carente e ávida pela presença do Estado e de políticas públicas. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Desafio da economia do estado do Pará agora é superar o fosso social

Compartilho a entrevista que foi publicada no Jornal Diário do Pará no Caderno A6 no último domingo dia 06 de janeiro.


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Salmo 1 - Uma reflexão sobre os justos e os ímpios


Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha. Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá. 

Reflexão
O Salmo 1 traz uma bela reflexão sobre o nosso círculo íntimo de influências. O líder insensato pode se perder por causa de um círculo íntimo corrupto dando ouvidos a conselhos errados. Porém, o líder sábio além de meditar constantemente na palavra busca orientações em um circulo íntimo correto que lhe proporciona: estabilidade, suporte e alívio interior, resultados e produtividade, força e durabilidade e sucesso. Para reflexão: em que círculo você está buscando orientações? 

domingo, 6 de janeiro de 2013

Estado do Pará: o quintal do Brasil


A capa do Caderno Poder do Jornal O Liberal de hoje, domingo dia 06 de janeiro de 2013, é um duro alerta sobre o espaço que o estado do Pará hoje ocupa na federação brasileira. Somos um estado periférico, de um capitalismo periférico, que só é lembrado quando da necessidade de dar suporte a acumulação de capital no centro-sul do país. O fato de apenas 5% das emendas da bancada do estado ter sido viabilizada pelo Governo Federal mostra de um lado o local que o Pará ocupa na federação brasileira, e de outro o total desprestígio que a nossa bancada está submetida. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A TRÍPLICE CONVERSÃO DO CRISTÃO


Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Oscar Cullmann disse que os cristãos necessitam de três conversões. A primeira é do mundo para Cristo, o arrependimento. A segunda, para a igreja, o compromisso. A terceira, para o mundo, o testemunho. O termo “conversão” é usado no sentido de mudança radical na vida.
Um cristão é um convertido a Cristo. Não se nasce cristão. Deus tem filhos, mas não netos. Não se é cristão por geografia ou por nascer em lar cristão. Cristão é quem crê em Jesus e o segue: “As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão. Ninguém poderá arrancá-las da minha mão” (Jo 10.27-28). O cristão ouve a Jesus, é conhecido por ele, segue-o e tem a vida eterna.
A segunda conversão é à igreja. Ela é obra do sangue de Jesus: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5.9-10). Quem rejeita a igreja alegando seus defeitos é arrogante e não entendeu o evangelho. Presume-se perfeito. Faz-se juiz da igreja. É ruim de convivência e culpa os outros. Está em pecado. Mas é tão orgulhoso que nem nota isso. A igreja é imperfeita, mas um dia será perfeita: “Quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele” (1Jo 3.2).
A igreja local não é uma faceta do corpo de Cristo. Ela é o corpo de Cristo: “Pois bem, vocês são o corpo de Cristo, e cada um é uma parte desse corpo” (1Co 12.27). Não se pode seguir a Jesus sem ser igreja. Quem o segue já é igreja e deve amá-la: “Porque ninguém odeia o seu próprio corpo. Pelo contrário, cada um alimenta e cuida do seu corpo…” (Ef 5.29). Ame a igreja, corpo de Cristo, do qual você faz parte. Isto é compromisso. O convertido a Cristo é convertido à igreja.
A terceira conversão é para o mundo. É o testemunho. O monasticismo surgiu na Igreja Católica no século IV, como busca de santidade fora da sociedade. O protestantismo recusou esta visão alienada e insistiu na vida social. Como Jesus, a igreja não é do mundo: “Assim como eu não sou do mundo, eles também não são” (Jo 17.16). Mas é enviada ao mundo, como Jesus: “Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei” (Jo 17.18).
Ela deve ser diferente do mundo. Mas não pode se alienar. Deve mostrar Jesus ao mundo. O valor do sal não é no saleiro, mas na comida. Sal guardado não salga. O cristão deve ser apaixonado pela vida. Deve viver os valores de Jesus onde está. Há pastores apaixonados por conventos, mas ele não é nosso campo de ação. É o mundo.
Você se converteu do mundo para Cristo. Converta-se à igreja. Converta-se ao mundo. Foi salvo? Engaje-se na igreja, e testemunhe ao mundo. Não use apenas palavras. Use o caráter.

Discurso de posse do Deputado Estadual Augusto Pantoja

Compartilho o discurso de posse do Deputado Estadual Augusto Pantoja na Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Foi um discurso qualificado e forte. Tocou na ferida de muitos e gerou desconforto em  alguns. Precisamos de mais parlamentares desta estirpe. Vale a pena conferir.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Augusto Pantoja toma posse como Deputado Estadual


Estive hoje na posse do Deputado Estadual Augusto Pantoja (PPS). Suplente do Deputado João Salame (PPS), Pantoja assumiu a vaga no parlamento estadual com a eleição de Salame para a Prefeitura de Marabá. Advogado e professor de história do ensino médio, Pantoja destacou-se por sua atuação como vereador. Foi um dos vereadores mais atuantes na Câmara Municipal de Belém e foi um dos poucos vereadores que se engajou diretamente na luta contra a divisão do estado do Pará. Tenho certeza que logo Augusto Pantoja irá se destacar na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) por sua qualificação e por seu compromisso na construção de uma sociedade mais justa. Desejo sucesso ao companheiro Augusto Pantoja nesta nova empreitada de sua vida.



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Artigo: O bem-estar e o Economista


Por Fernando de Aquino Fonseca Neto (*)


Na série Comunicados do Ipea, em seu n°158, “2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável?”, divulgado em 18 de dezembro de 2012, é inserido um indicador social para muitos ainda inusitado, “níveis de felicidade”, obtido seguindo a padronização internacional já estabelecida de solicitar às pessoas de uma amostra representativa que atribua uma nota de 0 a 10 sobre sua satisfação com a vida corrente. Apesar de algumas reconhecidas limitações na interpretação dos resultados, esses indicadores quantitativos de felicidade vêm se disseminando vigorosamente nos últimos anos.
Em seu recente livro “Felicidade S.A.”, o jornalista Alexandre Teixeira se refere a um artigo da antropóloga Susan Andrews, que chama atenção para o que considera uma epidemia de estudos sobre felicidade. Ela computa 200 artigos acadêmicos sobre o tema nos primeiros cinco anos da década de 80, contra 27.335 nos 18 meses encerrados em agosto de 2011. Certamente, não há como dissociar essa epidemia do maior questionamento da regra “mais dinheiro, mais felicidade”, decorrente do efeito-riqueza provocado pela dramática desvalorização de ativos na crise do subprime. Mas a felicidade seria passível de tratamento apenas por filósofos, psicólogos, antropólogos e sucedâneos? Não necessariamente.
Sobre felicidade, que no jargão dos economistas se aproximaria a “utilidade” ou “bem-estar”, vale realçar que em vários manuais de economia esta disciplina tem sido definida como “a ciência do bem-estar”. Eduardo Giannetti, um dos poucos economistas no Brasil que vinha explorando o tema já em 2002, em seu livro “Felicidade”, pontua que esta seria a principal finalidade da teoria econômica. “De Petty a Turgot, no Século XVIII, a Keynes, Friedman e Samuelson, poucos economistas dignos de nota discordariam”. Mas o que esse profissional, com imagem pública, e até mesmo auto-imagem, associada ao gerenciamento de carteiras de ações e títulos, planejamento econômico-financeiro, projetos de investimento e coisas do gênero teria com o bem-estar das pessoas? Essa questão não estaria mais relacionada a profissionais da área de saúde? Dependerá do enfoque. A saúde física e mental são atributos importantes para o bem-estar do indivíduo, mas não esgotam a questão muito menos garantem a melhor vida ao nosso alcance. Deste ponto, muitos se apressarão em concluir que faltaria apenas a capacidade de consumo, de onde entraria o papel do economista – elaborar e aplicar políticas que favoreçam a ampliação dessa capacidade e de seu alcance a maior número de indivíduos.
Contudo, saúde física e mental e capacidade de consumo representariam todas as condições relevantes para o bem-estar do indivíduo? É difícil ter certeza. Assim, precisamos ir além dessa postura de suprir o que presumivelmente determinaria esse bem-estar, passando a tratá-lo de modo mais direto. Nesse sentido, um marco foi o recente documento da ONU, World Happiness Report, que propõe um criterioso levantamento do que seria um “estudo emergente da felicidade”, revelando uma vigorosa participação dos economistas em tais estudos. Tomando por base o referido Relatório, das 281 referências incluídas, a maioria, em torno de 150, são do período 2008-2012, assim como também em torno de 150 referências são de periódicos ou séries da área de economia.
Com todas as dificuldades dos estudos multidisciplinares, sobretudo no que diz respeito à linguagem e peculiaridades metodológicas, chegando ao ponto de vários de seus resultados não irem muito além de uma justaposição das diversas abordagens, tem sido fundamental a participação dos economistas na exploração dessa temática. Ressalte-se o viés cartesiano de buscar identificar objetivamente as relações e quantificar indicadores de qualquer natureza, até os tão subjetivos quanto “felicidade”. O citado Relatório, editado pelo eminente economista Jeffrey Sachs, não poderia deixar de carregar tal viés.
O documento da ONU se apoia em Daniel Kahneman, Prêmio Nobel de Economia em 2002, para diferenciar duas modalidades de bem-estar, o “percebido”, acessado com indagações sobre como as pessoas avaliam suas vidas, como é o caso dos “níveis de felicidade” do citado trabalho do Ipea; e o “sentido”, aferido com o monitoramento de como os participantes da pesquisa se sentem, em pequenos intervalos, ao longo do dia, o que pode ser medido a partir de respostas ou de dosagens de determinadas substâncias no organismo. Também a partir de Kahneman, o economista André Lara Resende, em seu artigo “Bem-estar e húbris”, pontua que “Os dois conceitos só coincidem se - como assume a teoria - as pessoas desejam o que lhes dá satisfação e têm satisfação quando obtêm aquilo que desejam. Essa coincidência está por trás da hipótese de racionalidade dos agentes econômicos.(...) [Contudo,] o grau de satisfação, ou de frustração, com a própria vida depende de coisas que não estão correlacionadas com aquelas que determinam o bem-estar cotidiano”. Dentre as regularidades empíricas identificadas nessa “epidemia de estudos sobre felicidade”, vale destacar:
1. A hipótese de utilidade marginal da renda decrescente é amplamente observada, sobretudo quando se identifica que quanto mais pobre é o país, mais favoráveis os efeitos do crescimento econômico sobre os níveis de bem-estar de sua população. A partir de certos níveis de renda, os ganhos de bem-estar deixam de superar os efeitos adversos da abundância, muitos dos quais associados às condições de vida em grandes metrópoles.
2. A desigualdade de renda e riqueza importa. O crescimento da renda agregada e a redução da pobreza não bastam. A revolta decorrente da percepção de que os seus pares estão mais bem sucedidos economicamente compromete o bem-estar das pessoas de várias maneiras. Em um amplo e prestigiado estudo epidemiológico, “The Spirit Level”, Wilkinson e Pickett mostram que todos os indicadores de saúde física e emocional estão negativamente correlacionados com a desigualdade. Em “Fairness and Redistribution: the Case of Latin American Countries”, o economista Erik Figueiredo mostra que a perda de bem-estar decorente da percepção de desigualdade de renda e riqueza é ainda maior em países como os da América Latina, onde a crença de que ela decorreria de diferenciais de mérito, em termos de habilidade e/ou empenho, não estaria tão bem estabelecida. O artigo relata evidências empíricas curiosas, como a resposta à pergunta de se o entrevistado acharia justo que entre dois indivíduos, da mesma idade e profissão, realizando as mesmas atividades, um deles ganhasse mais que o outro por ser mais rápido, eficiente e confiável. 47% dos latino americanos, e 46% dos brasileiros não acharam essa diferença de remuneração justa.
3. Ainda com base nos resultados dos abundantes estudos empíricos recentemente realizados, além da pobreza e da desigualdade o “bem-estar sentido” dependeria da saúde, emprego e socialização do indivíduo, o que indica medidas complementares de promoção desses atributos. Em relação ao emprego, vale salientar que não se trata apenas da renda gerada para o indivíduo, mas também pelo sentimento de inclusão proporcionado. Tal condição foi aferida pelos níveis de bem-estar sentido pelos que estão com seguro-desemprego serem muito mais baixos do que os dos que estão empregados ganhando renda equivalente. Quanto à socialização, vale destacar medidas que melhorem a mobilidade urbana, criem espaços públicos de convivência e mantenham um policiamento eficaz.
4.  O “bem-estar percebido”, por sua vez, estaria associado a objetivos alcançados. Nessas circunstâncias, em um jogo com resultados negativos o êxito de alguns implicará em fracasso de  outros. Em grande parte dos casos concretos, como no caso da competição nos mercados, existe uma tendência de muitos perderem, os losers, e haver uma perda líquida de bem-estar. Assim, quanto mais forte for a cultura competitiva em uma sociedade, mais casos de “mal-estar percebido” ocorrerão. Observe-se que, no referido trabalho do IPEA, embora seja chamad atenção para o nível de felicidade maior no Nordeste que nas demais regiões, uma avaliação dos números revela um decolamento para baixo do Sudeste e as outras com níveis similares. Nessa perspectiva, dois determinantes podem ser importantes para tal descolamento, uma cultura e mercado de trabalho mais competitivos naquela região e as condições de vida mais estressantes nas duas maiores regiões metropolitanas do país.     
Uma questão crucial para todos os interessados na elevação dos níveis de bem-estar social é que tal agenda tem aparecido associada ao chamado “Desenvolvimento Sustentável”, como é o caso do próprio World Happiness Report. As idéias e propostas dos defensores dessa abordagem têm sido muito controvertidas. O próprio termo “sustentabilidade” vem sendo adotado com significados distintos, em geral de duas formas, para expressar “sustentabilidade temporal”, que não teria porque carregar controvérsias, e “sustentabilidade ambiental”. Mesmo neste último significado, quando se trata de combate à degradação ambiental local e à utilização racional dos recursos naturais não renováveis, pode-se identificar um certo consenso no debate público. Em relação à ideia de que a humanidade está afetando  as condições climáticas globais, inaugurando uma nova época geológica, o Antropoceno, muitos especialistas se opõem frontalmente. Desse modo, é mais prudente para os não especialistas se manterem céticos.
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(*) Doutor em Economia pela UnB e Presidente do Corecon-PE.

Confira o perfil dos novos gestores da Prefeitura de Belém do Pará

Cargo
Nome
Perfil
Ouvidoria Geral do Município (OGM)
Antônio Alberto Taveira dos Santos
Advogado e Pós-graduado em Direito do Estado. Foi advogado da Carreira Jurídica do Banco do Estado do Pará (Banpará) e Assessor da Caixa de Previdência do Banpará com ampla experiência em gestão empresarial.
Auditoria Geral do Município (AGM)
Sérgio de Amorim Figueiredo
Formado em Administração Pública e Empresarial, Pós-graduado em Gestão. Integrou como servidor a equipe de  Acompanhamento de Metas e Resultados do Governo do Estado do Pará pela Secretaria Especial de Estado de Proteção e Desenvolvimento Social, com experiência em Auditoria Interna Privada e Consultoria de Negócios.
Secretaria Municipal de Economia (Secon)
Marco Aurélio Nascimento
Advogado, pós-graduado em Direitos Difusos e Coletivos. É Promotor de Justiça de Defesa do Consumidor desde 1994, trabalhando no Ministério Público do Estado do Pará com atuação em diversos municípios do Estado do Pará, como Curionópolis, Marabá, Bragança, Peixe-boi e Belém.
Secretaria Municipal de Finanças (Sefin)
Suely Azevedo
Formada em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com especialização em Planejamento Estratégico e em Finanças Públicas. Durante 20 anos ocupou a diretoria de Planejamento Orçamento e Finanças da Secretaria de Estado Orçamento e Finanças (Sepof) e por oito anos exerceu a função de Secretária Adjunta da mesma Secretaria. Suely Azevedo também foi Secretária de Planejamento e Finanças do Tribunal de Justiça do Estado do Pará - TJE-PA (2003-2012).
Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão (Segep)
Teresa Cativo
Possui larga experiência na administração pública e esteve à frente da Secretaria Extraordinária de Estado para Projetos Estratégicos do Governo do Estado do Pará na gestão de Simão Jatene, além de ex-secretária de estado de Meio Ambiente. Antes de assumir a Segep, Teresa Cativo esteve à frente da equipe de Transição de Zenaldo Coutinho.
Secretaria Municipal de Habitação (Sehab)
João Cláudio klautau
Formado em Administração de Empresas e especialista em Marketing e Finanças. Há dez anos é professor da Universidade da Amazônia (Unama) no curso de Relações Internacionais e atuou como Gerente Regional de Habitação da Caixa Econômica Federal nos últimos sete anos.
Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel)
Thales Costa Belo
Oficial da Polícia Militar, bacharel em Direito e pós-graduado em Gestão Estratégica. Já foi coordenador geral do Sistema Penitenciário do Pará, Secretário Adjunto de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), presidente do Conselho Gestor do Programa de Proteção a Crianças Ameaçadas de Morte- PPCAM/Pará, presidente do Conselho de Política Criminal e Penitenciário do Estado do Pará, diretor presidente do Fundo Social da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Pará, além de Comandante do 1º Batalhão da PMPA.
Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj)
 
Leonardo Maroja
Advogado, pós-graduado em Processo Civil e foi Procurador Chefe da Prefeitura Municipal de Belém durante os últimos sete anos.
Secretaria Municipal de Administração (Semad)
Augusto César Neves Coutinho
Advogado, especialista em Direito Eleitoral. Foi vereador de Belém por dois mandatos exercendo vários cargos na Câmara Municipal de Belém, inclusive na condição de integrante da mesa diretora. Ocupou importantes cargos no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), sendo hoje, vice-presidente do Diretório Municipal do Partido. Foi também coordenador geral de várias campanhas políticas do PSDB, incluindo a que elegeu Zenaldo Coutinho Prefeito de Belém. Augusto Coutinho tem vasta experiência em Gestão Pública e Privada
Secretaria Municipal de Educação (Semec)
Nelly Cecília Rocha
Professora, escritora e Membro Imortal da Academia Paraense de Letras (APL). É Licenciada em Letras, Português e Inglês pela  Universidade Federal do Pará e é especializada em Língua Portuguesa e Comunicação, Tendências da Linguística Moderna, Iniciação à Pesquisa Linguística,  Metodologia do Ensino Superior e Filosofia Contemporânea. Além das especializações é mestre em Letras: Teoria Literária e tem os créditos do doutoramento em Ciências da Linguagem. Nelly Cecília é professora universitária aposentada da UFPA e professora de Literatura Portuguesa e Teoria Literária da Universidade da Amazônia (Unama), onde é coordenadora do Curso “Arte da Palavra".
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma)
 
Maria Cristina César de Oliveira
Advogada, mestre em Instituições Jurídico-Políticas e Doutora em Direito. É professora de carreira da Universidade Federal do Pará (UFPA) onde ocupou também o Cargo de Procuradora-geral da Instituição por 10 anos. Atualmente é Consultora Geral do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Sua tese de doutorado é baseada nos Princípios Jurídicos e na Jurisprudência Socioambiental.
Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan)
Luiz Otávio Mota
Engenheiro Civil e Sanitarista, professor universitário, Luiz Otávio Mota Pereira já foi presidente da Companhia de Saneamento do Pará, Amazonas e Mato Grosso do Sul; já exerceu a função de Secretário Municipal de Saneamento e atua como Consultor em Engenharia Sanitária e Ambiental.
Secretaria Municipal de Saúde (Sesma)
Joaquim Pereira Ramos
Foi vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) durante os dois últimos mandatos. É formado em medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e possui duas pós-graduações: em Administração Hospitalar e Medicina Esportiva. Além disso, Joaquim Ramos é especialista em ortopedia.
Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb)
José Eduardo Beliche de Souza Leão
Arquiteto formado pela UFPA. Foi Secretário Adjunto de Obras do Estado, posteriormente arquiteto da mesma Secretaria. Foi presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Presidente do Sindicato Nacional dos Escritórios de Engenharia e Arquitetura.
Guarda Municipal de Belém (Gbel)
Sandro Augusto de Sales Queiroz
Sandro Queiroz é aspirante Oficial desde 1994, Bacharel em Direito, especialista em Segurança Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e possui curso Superior de Polícia pelo Instituto de Ensino de Segurança do Pará (IESP).
Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur)
Fábio Haber
Advogado especialista em Direito Agrário e Ambiental, foi Comissário durante 4 anos do Juizado da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Estado; Presidente do Conselho de Política Criminal e Penitenciária do Estado do Pará; Diretor Jurídico da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos  - Sejudh; Chefe de gabinete da liderança do PSB na Câmara Municipal de Belém (2005-2006) e na Assembleia Legislativa do Pará (2007-2010).
Coordenadoria de Comunicação da Prefeitura (Comus)
Iran de Souza
Jornalista profissional. Formado pela UFPA em 1990. Tem experiência em rádio, jornal impresso, televisão, assessoria de imprensa e marketing político. Foi diretor da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e até o momento chefiava a Assessoria de Imprensa e Divulgação da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).
Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém
Erick Pedreira
Mestre e Doutor em Odontologia pela USP e Professor Adjunto da Faculdade de Odontologia da UFPA há 9 anos. Além de ter sido Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal do Pará.
Companhia de Desenvolvivemento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem)
Rosa Cunha
Arquiteta, Mestre em Planejamento e Desenvolvimento e Professora universitária. Foi Superintendente da Fundação Municipal de Assistência ao Educando (FMAE), ocupou importantes cargos no Município de Belém e no Estado do Pará, como Secretária Estadual de Educação e Diretora Superintendente do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (DETRAN). Posteriormente assumiu a Diretoria geral do Departamento Nacional de Trânsito. Rosa Cunha possui ampla experiência em gestão pública, educação, planejamento urbano e gestão de transporte e trânsito.
Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel)
Maisa  Sales Gama Tobias
Engenheira Civil,  especialista em Gerenciamento do Transporte Fluvial pela Universidade Federal do Pará (1992), Mestre em Engenharia Civil, com ênfase em Geotecnia e Transportes pela Universidade Federal da Paraíba (1990), Doutora em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo (2000), com ênfase em Planejamento e Operações de Transportes e Pós-Doutora em Planejamento Urbano e Regional.
Fundação Papa João XXIII (Funpapa)
Nilda Paula
Pedagoga, Assistente Social e Bacharel em Direito. Além disso, possui especialização em Gestão Escolar. Nilda Paula também trabalhou na Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN) e foi assessora especial do Governador Simão Jatene na Casa Civil (2011-2012).
Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel)
Heliana da Silva Jatene
Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (UFPA) com especialização em Pesquisa Social pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e em Demografia pela Pontifície Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e mestra em Sociologia pela Universidade de Campinas (Unicamp). Foi professora da UFPA e ocupou importantes cargos públicos. Foi Diretora de Estudos e Pesquisas Sociais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Superintendente do Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência (CBIA) e Diretora Geral da Escola de Governo do Estado.
Agência Distrital de Mosqueiro (Admos)
Ednei Sousa Calixto
Comerciante e mora há mais de 25 anos no Distrito de Mosqueiro. Possui experiência em trabalhos comunitários e por muitos anos coordena atividades comunitárias e religiosas em todo o Distrito de Mosqueiro