terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nota de Agradecimento – Pela Gestão do CORECON-PA


Venho por meio desta nota agradecer as inúmeras manifestações que recebi nos últimos dias acerca das duas gestões que estive a frente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA), nos anos de 2010 e 2011. Recebi alguns telefonemas e muitas mensagens e e-mails. O reconhecimento do trabalho executado é a maior recompensa que poderia ter tido pela dedicação com que me empenhei no sentido de valorizar a categoria profissional dos economistas e fortalecer a Casa do Economista.
              Reitero que tudo o que fizemos nestes dois anos foi resultado de um esforço coletivo. Tivemos muitos colaboradores. Agradeço em especial aos Conselheiros: João Olinto Tourinho de Mello e Silva, Augusto Jorge Joy Neves Colares, Omir de Araújo Silva, Lílian Rose Bitar Tandaya Bendahan, Cassiano Figueiredo Ribeiro, Antonio Ximenes Barros, Ana Maria Souza de Azevedo, Luiz Carlos Carneiro Pinto, André Guilherme Dillon Reis, Giselle Arouck Lourenço Tavares, Patricia Maslova dos Santos Moreira Godoy, Marcus Vinicius Gomes Holanda, Sérgio Roberto Bacury de Lira, Teobaldo Contente Bendelak e Paula Frassinetti Gonçalves Campello.
Não poderia deixar de agradecer aos meus dois vice-presidentes, que sempre foram parceiros, conselheiros, incentivadores e apoiadores: Oberdan Pinheiro Duarte e João Tertuliano de Almeida Lins Neto.
             Nestes dois anos fiz muitos amigos, amadureci profissionalmente e me dediquei à categoria dos economistas do estado do Pará e a causas que consideramos fundamentais para o nosso desenvolvimento. Obrigado a todos os economistas do estado por terem me dado este privilégio.
Desejo, finalmente, a gestão que agora se inicia muito sucesso. Sei que estamos em boas mãos. Torno, entretanto, público o meu total apoio ao Presidente e Vice recém empossados, Antonio Ximenes Barros e Marcus Vinicius Gomes Holanda. Contem sempre comigo.
              Que Deus continue nos abençoando grandemente.
  

Presidência e Conselheiros do CORECON-PA são empossados durante solenidade


O Conselho Regional de Economia do Estado do Pará – 9ª Região (CORECON-PA) realizou na noite da última sexta-feira (27/01), a cerimônia de posse de sua presidência para o ano de 2012, bem como do novo terço de conselheiros efetivos e suplentes eleitos para o triênio 2012/2014.  O evento realizado no auditório Albano Franco da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA) contou com a participação de diversas autoridades, empresários, profissionais da área, executivos, consultores e acadêmicos.


 Durante a solenidade, compuseram a mesa de honra o Presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA), o economista Antônio Ximenes Barros; o Ex-Presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (CORECON-PA) e Conselheiro Federal, o economista Eduardo José Monteiro da Costa; o Secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (SEPOF), o economista Sérgio Roberto Bacury de Lira; o Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), Nilson Monteiro de Azevedo; o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região e Conselheiro do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, José Maria Quadros de Alencar; o Vice-Presidente Industrial da Associação Comercial do Pará (ACP), Clóvis Carneiro; o Diretor Administrativo e Financeiro do Sindicato dos Economistas do Pará (SINDECON), Hélio Santana Mairata e o Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Alex Bolonha Fiúza de Mello, que na ocasião proferiu a palestra sobre o desenvolvimento da economia paraense, intitulada “Os Desafios para o Desenvolvimento do Estado do Pará”.
Durante o seu discurso, o Presidente do CORECON-PA, o economista Antônio Ximenes, fez um breve relato sobre a profissão do economista e chamou a atenção para o processo de retração da profissão com fechamento do curso de economia nas faculdades particulares devido a baixa demanda.


 “Sabemos que o curso de economia é um dos cursos das ciências humanas que mais exigem dos aspirantes à profissão, mas aquele que de fato tem vocação e compromisso supera as dificuldades e faz carreira na profissão. Este recado é para os jovens estudantes de economia, digo isso por que o quadro de economistas do Pará não está se renovando na escala que precisa se renovar, porém é válido ressaltar que o mercado privado e o setor público precisam hoje e precisarão sempre do economista, por este ser o profissional que estuda para conhecer e interpretar os cenários da atividade econômica e planejar desenvolvimento”, enfatizou Antônio Ximenes.
O novo Presidente aproveitou a oportunidade ainda, para apresentar o plano de trabalho para o ano de 2012, que tem como foco a necessária prestação de serviço aos economistas e a sociedade e solicitar o apoio de seus parceiros institucionais e da sociedade civil organizada. “As últimas gestões do CORECON-PA têm enviado esforços para elevar o reconhecimento da profissão do economista junto à sociedade paraense e tem contribuído com o SINDECON-PA para que faça o mesmo. É com esta missão que a gestão que ora assume está comprometida em continuar e para cumpri-la, selecionamos como ferramenta de ação quatro linhas de trabalho: divulgação da profissão economista, valorização da profissão, qualificação e atualização profissional e ação social e lazer”.


Segundo o Vice-Presidente, o economista Marcus Holanda, a maior presença do Conselho em várias instâncias de promoção ao desenvolvimento do Estado é papel fundamental que vem sendo desenvolvido pelo CORECON-PA, através de Comissões Técnicas de trabalho que otimizam e potencializam a atuação por temática e pela disponibilidade de cada membro em colaborar com as ações. “Nossas reuniões são quinzenais, nos horários após as 18h, nas salas de reunião do CORECON-PA, sempre com a participação de instituições parceiras e estratégicas para desenvolver ações recíprocas em prol do fortalecimento de nossas instituições e das políticas de desenvolvimento do Estado”, ressaltou.
Marcus Holanda lembrou ainda, que “na agenda de trabalho elaborada através de evento de Planejamento Estratégico do Conselho estão, por exemplo, a maior interação com a sociedade no tangente a questões sociais pela elaboração de projetos para o terceiro setor com orientação gratuita pelos economistas voluntários do CORECON, além da promoção das grandes discussões econômicas como a implantação de usinas hidrelétricas no Estado, grandes obras de infraestrutura de transporte e logística na região, Lei Kandir, Políticas Fiscais, Política Industrial do Estado, além de instrumentos de Planejamento como Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei  Orçamentária Anual e Planejamento Estratégico, além de mercado de trabalho para o profissional economista”.


 Foram convidados para assinar o termo de posse, o Presidente Antônio Ximenes Barros, o Vice-Presidente Marcus Vinícius Gomes Holanda. Em seguida foram convidados os Conselheiros Efetivos Antônio Ximenes Barros, Nélio Geraldo Bordalo Filho, Maria Lúcia Bahia Lopes e os Conselheiros Suplentes João Tertuliano de Almeida Lins, Erick Douglas Dias da Costa e Pablo Damasceno Reis, os quais concorreram aos cargos pela Chapa “Consolidando Conquistas”. Na ocasião, os novos dirigentes do CORECON-PA receberam das mãos das autoridades presentes na mesa os seus respectivos certificados de posse.

Crônicas sobre a sociedade contemporânea (Parte 1): o bem comum e o interesse individual


Eduardo Costa

A sociedade contemporânea vive uma crise profunda de inversão de valores. Vivemos em um período chamado de Pós-Modernidade, que pode ser por diversos aspectos caracterizados, seja por meio da economia, da música, da arquitetura ou mesmo da cultura. Ao mesmo tempo em que fomenta-se uma “sociedade global”, vivemos o auge do culto ao individualismo. Não somos educados e nem incentivados a pensar no coletivo, no que é cívico, no bem comum. Somos educados dentro de uma cultura do “eu”. A política, por exemplo, contamina-se por esta prática quando a lógica do “servir ao público” é substituída pela do “se servir da coisa pública”. O Estado vive com isto a sua verdadeira privatização, quando a gestão pública passa a ser influenciada por grupos de interesses privados que “capturam rendas” por meio de obras e serviços públicos direcionados.
Em nossos processos eletivos, quando deveríamos estar pensando no bem comum, mais do que nunca os interesses mesquinhos e imediatistas afloram. Estimula-se a cultura da compra do voto, na qual o eleitor troca o seu poder de colocar um bom representante em um cargo público por um favor ou uma benesse imediata. O povo é manipulado. Usa-se a ignorância de alguns e a mesquinhez de outros dentro de uma cultura política viciada. O bem comum sucumbe ao interesse individual. Os nossos valores estão invertidos!

Programa Cidades Sustentáveis em Belém


Belém receberá pela primeira vez no dia 6 de fevereiro o Programa Cidades Sustentáveis. O encontro é organizado pela sociedade civil que aproveita as eleições municipais de 2012 para colocar a sustentabilidade na agenda da sociedade, dos partidos políticos e dos candidatos, oferecendo aos futuros políticos uma agenda completa de sustentabilidade urbana associada a indicadores como referências a serem seguidas pelos novos gestores públicos.
             Partidos políticos e pré-candidatos às eleições municipais podem aderir ao Programa Cidades Sustentáveis. O programa é complementado por uma campanha que tenta sensibilizar os eleitores a escolher a sustentabilidade como critério de voto e os candidatos a adotar a agenda da sustentabilidade.
            O encontro acontecerá no auditório do Tribunal Regional do Trabalho - TRT, na Praça Brasil.

NADEZ EM ALTO ESTILO

Isaltino Gomes Coelho Filho

              Não é nudez. É nadez mesmo. É um conceito da filósofa Gertrude Stein. Ela criou o neologismo referindo-se ao vazio interior das pessoas, que lhes dá uma vida incolor. Elas necessitam de motivações, mas não querem causas que exijam engajamento. Também não querem estudar, e receiam coisas profundas. São superficiais e vegetativas. Alimentam-se do vazio e do nada. Isto é a nadez.
Quer ver exemplos de nadez? Selecionei, em três sites, notícias publicadas no dia 7 de janeiro. FOLHA.COM: (1) Fernanda Paes Leme curtiu o mar neste sábado; (2) DiCaprio apresentou nova namorada à mãe; (3) Marco Rizza se aborrece e levanta dedo para paparazzo. IG: (1) Famosos levam seus bebês ao teatro no Rio; (2) Cláudia Jimenez e Miguel Falabella jantam juntos no Rio de Janeiro; (3) Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert curtem peça. UOL: (1) Paula Abdul termina relacionamento com Braston; (2) Top Ana Beatriz Barros vai à praia com namorado; (3) Filme fez Scarlett Johansson parar de comer carne. Tirando-se DiCaprio, que conheço pelo filme “Titanic”, se trombasse com os demais na rua não saberia quem são. Vez por outra encontro alguns desses famosos em vôos ou aeroportos. São-me tão conhecidos como eu para eles. Um cantor chamou-me de alienado porque eu não sabia quem ele era.
São notícias típicas da cultura nadez. Dão às pessoas a sensação de estarem informadas, de estarem por dentro dos bastidores. Sabem coisas. Banais e inúteis, mas sabem. Ajunte-se a isto o prazer que bisbilhotar a vida alheia dá e eis a realização da pessoa da cultura nadez. Ela se sente ocupada e tem uma sensação de cultura. Seu vazio intelectual, emocional e espiritual é preenchido com o nada.
Parece-me, sem querer ser maldoso, que estão surgindo uma cultura e uma geração medíocres. Fui pré-adolescente e adolescente nos anos sessentas. Aquela geração foi às ruas protestar. A geração de hoje vai aos shoppings consumir. Aquela queria transformar o mundo. A atual quer o melhor do mundo. O ideal cedeu espaço para o desfrute. Falta de grandeza. Mas meu grande receio é que a nadez esteja migrando para as igrejas. As pessoas querem agito, mas não reflexão. Querem sensações, mas não estudo. Nada de “pesado” deve ser pregado. Sermão expositivo? Nada disso! Que tal algumas historinhas? A mensagem e o culto devem ser  “light”, como as notícias dos sites. O estudo bíblico cede lugar ao “compartilhamento”, um momento em que cada um conta uma história em que, geralmente, é o herói. Fui a uma reunião de estudo bíblico na qual as pessoas estavam sem Bíblia. Disseram-me, candidamente, que seu costume era o de compartilhar sua semana uns com os outros. É uma boa prática, mas não deveria receber o nome de “estudo bíblico”. O livro texto não era a Bíblia, mas as pessoas. Não se estudava a Bíblia. Papeava-se. Em muitos cultos nadez, as pessoas ouvem alguma coisa sobre Deus e cantam alguma coisa sobre ele. Mas nada “denso” (como alguém me  recomendou para pregar), nada comprometedor. Tudo suave. Tudo nadez. Alguns de nossos cânticos são nadez pura. O próprio enfoque da vida cristã não é mais o de ideal, mas o de desfrute: como ser abençoado, como conseguir o melhor na vida material, seguindo alguns bons conselhos espirituais. A vida cristã passou a significar uma vida tranqüila, cheia de coisas, e não o investimento da vida e dos bens no reino, num compromisso com o evangelho e com a igreja de Jesus. Nadez espiritual.
Nadez cultural já é lastimável. Mas nadez espiritual é pior. Ilude a pessoa. Leva-a a sentir-se realizada com migalhas que caem da mesa, e não com o pão farto. Leitor, você está na fase da nadez ou do tudez? Não tenho a envergadura de uma Gertrude Stein, mas deixe-me criar um neologismo. O tudez vem do esquecido hino “Tudo, ó Cristo, a ti entrego, tudo, sim, por ti darei”. Tudez dá realização. Nadez é engodo. Opte pelo tudez.